Quente por dentro

Capítulo Único

Ali estava Harry, sem ter nenhuma reação naquele momento e nem conseguir se mexer para sair daquela situação, no mínimo, constrangedora. Ali dentro do banheiro dos monitores não haveria nenhum barulho, se fossem dias normais, mas o local tinha barulhos estranhos o suficiente para chamar a atenção do garoto.

Algo na mente de Harry dizia para eles afastar sem ver a imagem do que produzia aqueles barulhos, ou melhor, quem produzia aqueles barulhos. O problema era que o seu corpo acabou andando em direção ao barulho com a vontade de saber quem era o dono daqueles barulhos, ou confirmar quem era o dono de tais sons. Achegando-se a uma pilastra do banheiro tentando ser o mais silencioso que pode, ele viu a pessoa.

Ele estava ali completamente entregue ao momento com seus olhos fechados, seus cabelos loiros grudados na testa e seu corpo magro suado chamava tanta atenção quanto os movimentos que ele fazia em suas partes. Harry ficou ali parado sem saber o que fazer ou o que sentir, mas seu corpo acabou agindo da forma como qualquer outro adolescente reagiria, bombeando sangue para certas partes.

Ele não conseguia decidir o que achava pior, estar observando Draco naquele momento tão íntimo ou ter aquele tipo de reação. Ele ficou parado e não sabia o motivo de ainda continuar ali. Por algum motivo, não conseguiu desgrudar os olhos do loiro e por um momento, percebeu que o rapaz quase havia o visto.

Ao perceber que estava reagindo daquela forma e que poderia ser pego, ele acabou se culpando e decidindo que era melhor sair do local naquele instante. Se virando e dando mais uma olhada para a cena, ele então saiu completamente perplexo, enquanto se repreendia por estar bisbilhotando em momentos tão inoportunos. Em parte, ele não tinha culpa de te encontrado aquela cena erótica, mas também se sentia culpado pelo seu corpo ter reagido de tal forma.

“Eu fui só tomar um banho e encontro aquilo. Ele nem parecia ter vergonha ou medo de alguém ver… aquilo” Resmungou ele enquanto subia as escadas para a torre da Grifinória. Naquele momento, estava tentando negar para si mesmo que era sua culpa bisbilhotar e negar que talvez tivesse uma leve vontade de ter continuado no recinto até o final. “Ele poderia simplesmente usar o banheiro da Sonserina, fazer isso no quarto”, reclamou, por fim, ao dizer “tapewarm” para a mulher-gorda, que era a senha para entrar na torre, adentrando o salão vazio da Grifinória.

Dirigiu-se até sua cama, onde teve sonhos estranhos relacionados ao loiro que vira mais cedo, o que o fez dormir mal. Ao perceber que sua ereção noturna estava começando a ficar dolorida, se rendeu a vontade de fazer o mesmo que o loiro, se aliviar. Se recusando veementemente a pensar em Draco e tentando pensar nas coisas que ele sempre pensava quando queria fazer aquilo.

Quando acordou na manhã seguinte, parecia nem ter dormido direito, logo percebendo que era tão visível que Hermione e Rony perceberam assim que o olharam.

“Você está bem?” Hermione pegou à mesa do café e Harry resmungou, enquanto olhava para o loiro que estava a duas mesas de distância. Ainda achava que tudo havia sido um sonho e passou o dia voltando ao momento em que se encontrara no banheiro presenciando tais cenas.

Assim que Draco percebeu que o Harry o encarava, fez sinal com a cabeça de forma rude, como se o dissesse para sequer olhar para ele. Harry acabou se virando, já que não queria confusão e nem revelar

o motivo de olhar feio para o maior. Seus pais iriam detestar se ele recebesse qualquer reclamação extra de Snape e mexer com Draco era conseguir essa reclamação.

Suas aulas passaram rapidamente, por sorte naquele dia ele não teria aulas com Snape e nem com Lupin, pois não queria ter de olhar Draco. Ele sempre foi bem nas aulas do amigo de seus pais e o amava, mas naquele momento ele não queria ter de olhar para o loiro.