Ghost

21

Após ter conhecimento da má alimentação e insônias do irmão, Junhui optou por voltar para casa e cuidar de seu irmão, Jungkook havia se entregado quase que totalmente as drogas, mal comia ou dormia, estava quase o tempo inteiro sob efeito de algo ilícito, tanto Taehyung como Junhui temiam pelo pior com o Jeon mais velho.

No momento estava apenas Junhui em casa, o cachorro estava na parte externa com o esquilo e o Kim, enquanto o mais novo arrumava seu quarto ele achou um de seus livros favoritos e então sentou no chão para folhear o livro.

— Aqui, achei! — Falou animado enquanto lia as escrituras daquela página. — Ok, tenho que sair... — Fechou o livro com o marcador naquela página específica e saiu do quarto indo até o quintal. — Tae, vou ter que dar uma saída rápida, olha os dois por favor, não deixa o Bimbo ir para longe, se tiver entendido derruba esse cogumelo da casinha do Bimbo. — Falou e viu o cogumelo cair. — Ótimo, aproveita para colocar de volta, eu volto em 20 minutos.

— Que safado! — Taehyung falou incrédulo com o mais novo. — Só podia ser irmão do Jungkook, o sangue não nega, duas pestes. — Falava rindo e negando com a cabeça enquanto pegava o cogumelo para colocar no lugar.

Junhui saiu de casa praticamente correndo, queria aproveitar o tempo que o irmão estava no escritório para desenvolver sua ideia e fazer uma surpresa para o mesmo, ao voltar notou que a garagem ainda estava vazia, sinal de que Jungkook ainda não havia chegado, então o mais novo correu para seu quarto e preparou as coisas que iria fazer.

— TAEHYUN!! — Berrou do quarto.

— Me chamou? Ah é eu sempre esqueço que você não me ver nem escuta!

— Caralho, caralho, caralho. — Bagunçou os cabelos deixando o Kim confuso com sua ação. — Deu certo, porra! — Falava eufórico e o Kim o olhava ainda confuso. — É, realmente seu irmão é sua cara.

— Eu sei, o Min-gyu parece bastante comi... Espera! Você tá me vendo? — Ficou boquiaberto com aquilo.

— Sim, eu consigo ver você, não é demais? — Sorriu enorme.

— Mas como? Você tá vivo, né? Não fez nenhuma besteira, né?

— Não fiz, eu tô vivo sim, eu ainda tenho esse livro de quando eu tentava prender você. — Mostrou o livro. — E nele tinha um feitiço que me faz ver você.

— Você era louco, mas eu me divertia muito com suas tentativas fajutas.

— Obrigado, eu acho! — Sorriu mínimo.

— Agora podemos conversar livremente.

— Siim. — Falou empolgado.

— Ótimo que agora você me ouve, seguinte, por mais que você me trazia diversão, fazer aquelas coisas para tentar me prender, prejudicou bastante a mim e ao meu amigo!

— Desculpa, não foi minha intenção... Pelos deuses, agora eu posso te pedir ajuda para falar com meus pa...

— Não! — Interrompeu o mais novo. — Já disse ao seu irmão e ele te falou, mas agora falando diretamente com você, não tem como, eles foram para o outro lado, o paraíso, eu estou preso no limbo e quando passamos para o outro lado, esquecemos as coisas vividas em vida.

— Aah... Tudo bem, eu acho. — Suspirou triste. — Bom, pelo menos agora posso ver você.

— E me ouvir!