Denúncia Anônima!

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Gente, essa fic será curtinha, no máximo doze capítulos, depende de como eu vá dividir. Ela já foi toda escrita, portanto, as atualizações não irão demorar, mas claro, depende muito da interação de vocês.

Eu quis fazer algo no estilo terror, por causa do halloween, mas não sei se deu certo kkk. Enfim, foi muito divertido escrever cada capítulo. Aliás, ela aborda algumas coisas que podem ser sensíveis a algumas pessoas, como religião, maneiras de adorar e etc... Então, caso não se sinta confortável, basta não ler.

É isso. Relevem os erros e tenham uma boa leitura!❤️

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Apesar de ter plena consciência de sua existência, não é um hábito rotineiro das pessoas pensarem nas dezenas de diversidades que habitam no mundo. Bom, ao menos não todos os dias. No entanto, é óbvio que as notam ao longo das horas vividas, porém, é algo já tão mastigado que sequer tem importância em certos momentos.

A luz amarelada e bastante tremida que iluminava aquele galpão abandonado no meio do nada era apenas mais um detalhe esquisito diante dos olhos castanhos da detetive Minatozaki, que no momento encontrava-se totalmente perplexa. Ao longo de seus cinco anos de carreira, nunca tinha visto algo como aquilo e fora por tal constatação que um arrepio gélido lhe subiu a espinha e a fez chacoalhar o corpo como se, de fato, algo ruim tivesse agarrado-se às suas costas.

A situação era a seguinte, naquela noite, perto das onze e meia, horário em que sempre encerrava seu turno, o telefone da delegacia tocou, preenchendo as paredes silenciosas com aquele barulho ligeiramente irritante demais. Uma ligação para uma denúncia anônima sobre gritos e movimentações suspeitas em uma estrada desativada a oeste de Seul.

Fora Sana que atendeu a chamada e, mesmo que tenha ficado frustrada por ter seu horário de saída adiado, ela não ignorou o trabalho.  Chamou mais três companheiros e juntos partiram para o endereço dado. Ao chegarem lá, depararam-se apenas com uma estrada de terra batida, escura e vazia, cercada por muitas árvores. E quando estavam a ponto de irem embora, convencidos de que a denúncia não havia passado de um trote de mau gosto, um grito estridente, desesperado, esquisito, ressoou por entre as copas e troncos das árvores. O que foi o bastante para despertar a todos que prontamente empunharam suas armas e partiram em busca da origem do som. Fora então que encontraram um enorme galpão a quase duzentos metros, floresta adentro.

Minatozaki viu perfeitamente bem quanto dois de seus companheiros gesticularam no próprio corpo ao se benzerem, o que era pra lá de compreensível, afinal, o que estava diante deles não era algo que pudesse ser visto por qualquer um.

Na parede de fundo do local havia um enorme altar e no centro um grande pedaço de madeira no qual estava esculpido um sorriso, mas não um sorriso qualquer, mas um malandro, aquele que quando você bate o olho sabe que não pode confiar sob hipótese alguma. Era arrepiante, sinistro, maldoso.

Havia dezenas de oferendas em volta, muitas delas na cor verde e vermelha, mas sem dúvidas o vermelho vivo dentro de uma pequena vasilha dourada era o que mais se destacava. Sana respirou fundo algumas vezes e quando enfim criou coragem para se aproximar para saber se era, de fato, sangue ou não, sua atenção fora abruptamente redirecionada para um pequena porta ao fundo que fora aberta violentamente e por onde uma jovem ruiva saiu correndo desesperadamente em sua direção.

"Sana!?"

"Sana!?"

"Sana!?"

__Sana!?

__Sana!?

__Sana!? Acorda logo, mulher! – com aquela frase que foi dita praticamente aos gritos, a detetive finalmente despertou para a realidade, sendo retirada daquele sonho, ou melhor dizendo, lembranças de mais cedo, ou mais tarde, dependendo de como se queira analisar, pois ainda eram três da madrugada.

The Halloween Witch - SaiDa Onde histórias criam vida. Descubra agora