A luz da câmera acendia vermelha, apagava e acendia novamente, posta sobre um tripé exatamente ao lado da cama de Jaehyun. Não havia nada ali antes dele ir para a academia horas antes. Agora, além da câmera assustadora e dos fusíveis de luz queimados, uma caixa preta amarrada com fita vermelha estava sobre a cama.
Com cautela, ele olhou ao redor do cômodo em busca da presença de alguém escondido ou de mais alguma surpresa, mas todo o resto parecia igual sob a lanterna de seu celular. A janela ainda estava aberta liberando passagem para o vento balançar as cortinas brancas de leve, mas era o segundo andar, ninguém conseguiria invadir por ali. Principalmente numa casa tão segura.
Finalmente seus passos o levaram até a caixa, seus olhos não conseguiam desviar da câmera, como se esperando descobrir quem a tinha montado ali. Seus dedos tocaram a superfície lisa da caixa preta deslizando até as laterais para levantá-la e sentir seu peso. Era quase leve. Realmente havia algo ali dentro.
Os olhos castanhos de Jaehyun encararam a câmera novamente e uma sobrancelha se ergueu, questionando seu invasor através da filmagem.
Com a mão esquerda, Jaehyun puxou a fita vermelha lentamente, fazendo mais suspense do que seria aceitável para qualquer um de seus amigos. A fita deslizou pela cama e só restava levantar a tampa para saber o que havia dentro.
Jaehyun prendeu a respiração. Contou até três, sem desviar o olhar da caixa desta vez, e levantou a tampa.
Seus ombros tensos caíram relaxados, e um sorriso surgiu em seu rosto na direção da câmera que ainda piscava enquanto seus dedos roçavam a textura do tecido dentro da caixa. Com uma risada divertida, ele levantou a fantasia de dentro da caixa mostrando para a câmera.
— Ha, ha. Obrigado por todo o suspense! — ele zombou, olhando a coisa na sua mão em seguida. Havia mais na caixa: um chapéu pontudo preto e tinta de pintura facial da mesma cor. As roupas pareciam ter um caimento medieval em tons de preto e violeta extremamente escuros.
Jaehyun virou a roupa novamente para olhar melhor e um papel caiu de algum lugar. Ele se agachou para pegar o pedaço rasgado de papel do tapete e leu rapidamente: USE. Virando o outro lado do papel, havia um endereço.
Sorrindo novamente, ele virou o papel para a câmera.
— Que medo! Buh! Vocês não vão me assustar! — Jaehyun conhecia a floresta daquela região e o que tinha ali. A Catedral St. Augustine estava abandonada desde quando ele tinha um único dígito de idade, com os anos as invasões aumentaram gradualmente: maconheiros, traficantes, todo tipo de coisa ilegal; como as festas secretas dos universitários de Pouver.
Muita coisa acontecia naquela catedral e na floresta ao redor dela. O píer depois, era extremamente velho e a praia deserta. Tinha um clima perfeito para a festa de Halloween deste ano.
Jaehyun jogou a fantasia na cama e se aproximou do tripé, em frente a câmera.
— Fechem os olhos, queridos. — Puxando sua camiseta do corpo, ele pôs o tecido suado sobre a câmera e sorriu, satisfeito com seu monólogo. Depois disso, foi direto para o banheiro tomar um banho.
🎃
Ele sabia que ele tinha chegado. Seus amigos riram e o cumprimentaram em suas fantasias, sem perceber a pessoa os observando no meio das pessoas na festa.
O estranho encapuzado girou a câmera que tinha pegado há algumas horas, enquanto Jaehyun estava tomando banho, e olhou para a tela. Sua luva de couro preta acariciou de leve o rosto aparecendo nela. Jaehyun não fazia ideia de que ele estava escondido embaixo de sua cama o dia todo.
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Historietas Assombradas Para Crianças Mal Criadas
HorrorSejam todos bem vindos a uma coletânea de contos tão aterrorizante que irão fazer vocês chorarem pedindo pela mamãe. Sejam todos bem vindos às Historietas Assombradas.