liberdade

152 26 16
                                    

Na faculdade, tudo parece relativamente normal, Porchay conversa com seus amigos, Kim dá sua aula sobre música clássica tailandesa

Seus olhos eventualmente se encontram algumas vezes,  Chay fica vermelho... Não porquê tem uma paixonite platônica por seu professor de música, e sim porque no dia anterior tinha transado loucamente com seu professor e o melhor amigo de seu professor

Ainda estava em fase de processamento tudo que aconteceu e a mais nova e brilhante ideia de Macau: Transar nas mesas daquele bar

Chay já imaginava a trilha sonora... Gemidos e no rádio, Jeff Satur.
Talvez eles colocassem "Comedy" Chay achava que essa música era perfeita para o momento

Por falar em momento, quando foi que Kim chegou em sua mesa?
Aqueles olhos, aquele sorriso, tudo o desconcentrava, ainda mais quando lembrava que na noite anterior, o pau dessa mesma pessoa estava dentro de si

Chay sorri, e Kim fala algo em seu ouvido
—Qual o motivo do sorriso maroto, my Boy? —Kim fala sussurrando, deixando o garoto todo arrepiado

—My boy?— pergunta Porchay, feliz com o novo apelido

—Como eu deveria chamar alguém que rebolou lindamente no meu pau a algumas horas atrás?

—Kim! —Chay grita e todos olham

—XIII... Nós estamos em aula, conversamos mais tarde

—Okay, agora me de licença,PROFESSOR

Kim dá um sorriso largo, pareciam duas crianças travessas aprontando algo

Já no bar, vemos Macau, ele usava sua típica regata preta, do estilo "não preciso de academia, sou naturalmente gostoso"

A limpeza e organização ficaram por conta dele, já que no dia anterior ele deu folga aos seus dois funcionários

Macau está em pé, com sua mandíbula encostada no cabo da vassoura, refletindo e ainda sem acreditar que depois de tantos anos de amizade, ele tinha finalmente experimentado o pau de seu melhor amigo

Macau não era apaixonado por Kim, não estava apaixonado por Chay também
Bem, ele era um aventureiro, adorava se aventurar em camas estranhas por aí.

Não negara que o sexo com aqueles dois foi maravilhoso, o contraste da ingenuidade de Chay e experiência de kim, fizeram tudo se tornar perfeito

Talvez fosse pela bebedeira, ou talvez pelo desejo, ele não sabe, só sabe que quer e precisa ter aqueles dois de novo

Seria esse seu mais novo vício?
Ao contrário de seu melhor amigo, Macau não era de se apaixonar, sonhar em casar ou ter uma família no alto da montanha, com gatos, cachorros e passarinhos

Ele queria poder ser livre, transar sem que as pessoas o julguem

Era do tipo bissexual relativo, se quisesse transar com uma mulher, foderia ela até que suas pernas tremessem

Se quisesse transar com homens, faria o mesmo com eles ou se sentisse vontade, desejaria que suas pernas ficassem bambas

Macau não era adepto a relacionamentos, nem se quer abertos, ele não gosta de rótulos, ele não gosta que impunham nomes  em coisas

Ele gosta da sensação de ser livre, da liberdade de poder ser quem ele quiser
Sem julgamentos, sem pudor..

E como uma amizade com alguém tão sonhador, professor de música e que é o completo oposto dele durou e dura tantos anos?
Simples, o diálogo sempre foi a melhor saída
E bem ou mal, Kim tem um certo domínio sobre o amigo

De volta a faculdade, a aula acabou e como era de se esperar, aqueles dois ficaram sozinhos na sala de aula, não demorou nem dois minutos para estarem colados um na boca do outro, quase que arrancando suas roupas ali mesmo

Deveriam se acalmar, se alguém chegasse naquele momento, estariam os dois ferrados

O celular de Kim toca, era Macau

—Alô, eu gostaria de falar com a pessoa que eu transei ontem a noite, ele se encontra?

—Vixi senhor, você vai precisar ser mais específico...

—Ah vai a merda Kim, hein me diz o meu Chayzinho tá com você?

—Seu? Seu uma ova, e sim ele tá... Inclusive você atrapalhou nosso momento, diga o que você quer, símbolo de inutilidade

—Credo, que grosseria, e como assim  vocês estavam se pegando sem mim? Que tipo de traição é essa?

—Quanto drama, você não tem outras pessoas pra pegar não?

Chay apenas escuta aquele diálogo e da risada, era divertido pra ele saber que tinha aqueles dois aos seus pés naquele momento

—Sim, Kim, eu tenho outras pessoas para pegar, porém eu quero o Chay e você agora.
Eu tô ligando pra saber se vocês vem aqui mais tarde

—Chay, Macau quer saber se vamos lá mais tarde?

—Diz pra ele que hoje eu não vou poder, preciso ir para casa, meu irmão vai me matar se eu passar mais uma noite fora

—Ué, mas você não morava sozinho?

—Moro, mas ele aparece lá em casa as vezes e fica por dias, falando nisso, ele está procurando um novo emprego

—Macau, Chay não vai poder ir, eu falo com você mais tarde, tchau

Sem pensar duas vezes, Kim desliga o celular e volta ao que tava fazendo com seu "aluno"
Não deixa de pensar que Macau faria uma piadinha naquele momento se os vissem

"Chay adora pegar na flauta de seu professor" seria uma péssima piada, mas de tão ruim que era, se tornaria engraçada

—Você falou que seu irmão está procurando emprego, qual a profissão dele?

—Bartender...

—Oh, eu posso falar com Macau para ele encaixar seu irmão

—Você não é nem louco, se meu irmão sonhar com o que aconteceu entre a gente, ele nos mata sem pensar duas vezes

Kim apenas concorda em não falar sobre o irmão de Chay, e continua com os beijos

Foi um dia consideravelmente normal, dada às circunstâncias de tudo que estava acontecendo

Yes, Sir. Onde histórias criam vida. Descubra agora