Narração

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- ⏰

Nos preparavamamos para o último jogo, nosso último jogo do campeonato, era agora ou nunca

E pro nosso desespero a final e contra as lionesses

Não sei se estamos prontas

- Ei - Apolo me chama, me fazendo voltar a realidade - vai dá tudo certo, calma

Meu coração se aquece, agradeço pelo apoio e ele sai do vestiário

- Meninas - Athena nos chama - estamos prontas ok!?. Vai dá tudo certo - ela nos motiva

Saimos no vestiário e entramos
em campo, nossa escola grita ao
entrarmos, se reparar bem o chão treme pelos pulos e gritos que eles davam

Nos preparamos em nossas posições e assentindo umas para as outras, levantado o dedo mindinho

Um ritual nosso antes de qualquer jogo

Dou um beijo em cada pulso meu e toco um o dedo indicador no chão

Um ritual meu antes de qualquer jogo

O árbitro apita e então começamos o jogo

- ⏰

O placar tava empatado

Sim, empatado

Faltavam-se poucos minutos, estávamos nos pênaltis

Pênaltis, tivemos que ir para os Pênaltis

Se acertamos esse, levamos a vitória, caso contrário a vitória é delas

A bola tá com Athena, ela fará o pênalti

A torcida fica a nossa espera, todos nervosos e é possível ver alguns roendo as unhas, eles estão em silêncio, todos quietos, não se ouve um grito apenas a respiração pesada de ambas as torcidas, todos ali esperavam o apito
do árbitro, para que Athena chutasse a bola

O árbitro apita e Athena dá pequenos pulinhos no chão, correndo até a bola e por fim a chuta em direção à rede

A bola acerta a rede, fazendo a mesma balançar e o grito da torcida da East High se ouve Gritos, pulos, gunguzela, assobios e palmas, tudo de uma vez só, para um time só

Para o meu time, ganhamos no nosso último campeonato na East High, eu não poderia estar mais feliz, encerro o meu último ano escolar, sendo campeã no campeonato mais esperado por
todos naquela escola.

O árbitro apita, anunciando o fim do jogo, o fim do nosso último ano no campeonato da escola

É oficial a vitória é da East High

A escola toda se levanta da arquibancada indo até a quadra

Pulamos juntos em um grande círculo, a mesma sensação de liberdade corre nas minhas veias, mas dessa vez ela tem
uma pitada de saudade

Saudade, acho que essa é a palavra pra definir esse ano

Decido parabenizar Athena pelo gol, mas paro no caminho assim que vejo Thalía, que estava sentada esperando a namorada terminar de falar com os professores

Depois que os professores vão , ela se levanta e corre para
os braços de Athena. Athena por sua vez abre os braços e a garota da um pequeno impulso, ficando assim no colo de Athena

Sinto tudo desabando de uma vez só

A ficha de que eu nunca vou ter Athena cai, pra ser sincera e nunca tive ela, eu nunca fiz ela se sentir da mesma forma que ela se sente quando tá com Thalía

Sinto o som dos gritos se afastarem, como se estivessem longe, minha visão fica turva e de repente sinto lágrimas quentes descendo pelo meu rosto, não
as impeço, prometi a mim mesma que me deixaria sentir

Não importa o que eu esteja sentindo

Eu ia me permitir só sentir

A voz eufórica de Gaia se transforma em uma voz de preocupação, que me pergunta se tá tudo bem

- Gai me ajuda... por favor - pedi com a voz embargada pelas lágrimas e desespero

Gaia me apoiou em seus ombros me levando até o vestiário

Ela me senta em um dos bancos e pede pra uma das meninas que estava ali, pegar água

- Se acalma Lilith - Gaia me pediu com a voz calma e me entregando o copo de água - eu tô aqui com você ela diz encostando as nossas testas - vai ficar tudo bem. Eu prometo - Suspiro pesadamente e recebo um beijo na cabeça - tá tudo bem pequena. Eu te amo - ela se separa de mim soltando o meu cabelo, deixando assim meus cachos soltos

Um alívio corre o meu corpo

- LILITH - os gritos de desespero de Luna, Tabitha, Sky, Apolo e Zeus se unem

- Meu Deus, essa porra vai acabar matando ela qualquer dia desses - Luna diz se aproximando- você tá bem ? - assunto devagar com a cabeça

- Lili - Tabitha me chama e todos se afastam e sem pensar duas vezes corro para os braços dela

- Eu tô com medo Thata - digo e sinto as lágrimas voltando

A aperto como nunca tinha apertado antes

- Medo de que meu amor !? - ela faz carinho na minha cabeça

- Medo de nunca mais ter ela de volta. Medo de nunca amei ter uma conversa que preste com ela, medo dessa coisa me matar, sei lá o que isso seja. Eu tenho medo de um dia desistir de tudo - digo enterrando a cabeça no pescoço de Tabitha - tudo sempre me leva a ela, não importa quantas vezes eu tente esquecer, minha mente sempre vai voltar nela. No verão
eu não me achava boa o suficiente pra ela, aí a Thalía aparaceu e aí eu percebi que eu nunca havia sido o suficiente pra ela. Eu amo ela, mas eu não aguento mais
sentir dor, a dor da saudade machuca. O pior de tudo é que eu nem sei o que se passa na cabeça dela, afinal ela nunca tocou no assunto - sinto um alívio
por finalmente tá falando tudo que tava preso na minha garganta desde Dezembro. Ou melhor, desde do fim do verão

Heather Onde histórias criam vida. Descubra agora