our plans

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Lorraine suspira, sendo acolhida apenas pelas cobertas e travesseiros naquela cama. Os dias estavam frios e chuvosos. Era época de chuva em Monroe, os dias eram úmidos, Lorraine mal tinha oportunidade de lavar roupas e estende-las nas cordas de seu quintal. No entanto, o lado bom era que Ed, toda vez que voltava do trabalho, trazia bolinhos direto do mercado. Naquele sábado, Ed voltaria cedo do serviço.

Lorraine fechou os olhos, tentava cochilar para não ter que olhar as trovoadas que soavam no outro lado da janela. Ela segurava um terço com as mãos, rezando mentalmente pela vida do marido longe de casa, ainda mais porque, bom... Era uma tempestade.

— Lorraine!? — Ed gritou do andar de baixo. O homem, com botas molhando o piso, largou do guarda-chuva, olhando para a escada da casa. — Lorraine? — Ed a chamou novamente. Ele pensou que ela estivesse dormindo.

Ele suspira, tirando o casaco meio molhado, agora, subindo a escada ansioso por ver a mulher. Ele tinha sacolinhas entre os dedos, com um sorriso no rosto, abrindo a porta levemente. A viu deitada toda encolhida na cama, abraçando um travesseiro e com um rosário enrolado nas mãos.

– Lorraine...? – Ed se aproxima, vendo-a abrir os olhos levemente. Os olhos grandes o fitava e um sorriso encantador no rosto se formava.

– Ed! – Ela sussurra, largando o travesseiro. – Graças a Deus! – Ela disparou, abraçando-o enquanto sorria, ele riu com sua animação ao vê-lo, e retribuiu o abraço dela.

– Demorei muito?

– Bom... Você demorou um pouco.

– Desculpe, foi a tempestade. – No momento que dissera, os céus lançaram uma trovoada. – Você está bem?

– Estou. – Ela diz. – Melhor agora, que você está aqui. – Ela tocou em seu pescoço, olhando-o com um sorriso no rosto. – Eu estava preocupada.

– Eu sei... Eu sei que deveria ter chegado mais cedo, mas... – Ele pausou, remexendo as mãos, tirando-as da cintura da esposa. – Eu trouxe o seu bolinho. Este é de laranja com recheio de chocolate.

– Chocolate... – Ela sorriu, vendo Ed tirar o doce da sacolinha. – Obrigada, amor...

– Não há de quê. – Ele sorriu.

Lorraine pegou no bolinho, sorrindo para a embalagem.

– Judy também sentiu sua falta. – Lorraine disse, acariciando a barriga bem redonda naquele vestido.

– Minha filha... – Ed sorriu, agachando-se para conversar com a menina que crescia saudavelmente no ventre da esposa. Da linda menina que haviam feito.

Ele tocou na barriga dela, sentindo as mãos da esposa acariciando seus cabelos enquanto ele beijava seu ventre.

– O papai também sente sua falta. Todos os dias. – Ele diz, conversando com a bebê. Lorraine estava na vigésima oitava semana de gestação e se sentia bem com aquilo.

A sensação de Lorraine era ser uma casa de uma forma meio literal. Ela guardava um ser dentro de si, que crescia rapidamente, a sementinha que ambos plantaram juntos.

Ed levantou-se, dando um selinho rápido na mulher e a ver com um sorriso no rosto. Lorraine sempre gostava de tê-lo daquela forma. Todos os dias. Em todas as horas.

– Não vejo a hora de tê-la em meus braços... – Lorraine comenta, sentando-se na cama. Seus pés estavam inchados, a parte favorita do dia de Lorraine era deitar-se na cama.

– Também estou ansioso.

Lorraine deu sorriso.

– Venha cá. – Com o dedo indicador, Lorraine o chamava para se juntar a ela naquela cama vazia. Ed no entanto, negou.

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