Capítulo 2

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Dias atuais

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Dias atuais

Chefe, a carga já está no galpão — afirma. Caminho em direção a porta, saindo da sala vejo todos os caras armados espalhados pela casa.

— Certo Caíque, onde está minha filha? — pergunto pela minha cria.

— Está com a bab — Caíque não termina a frase pois avistamos a babá de Manuela, descendo as escadas correndo e gritando. — qual foi coroa, que escândalo é esse — aponta a arma na direção da velha.

— Qual foi fi, abaixa essa arma aí, desse jeito vai matar a coitada da véia — digo. Os cara começam a rir, caique abaixa a arma e eu caminho na direção da senhora de idade.

— Qual foi o b.o tia, desembucha.

— Sua filha é um terror, essa menina precisa de uma mãe senhor, ela é terrível, não me obedece e só faz o que não é pra fazer — explica, ela junta as mãos como se estivesse rezando.

— Ela não precisa de uma mãe! Está rodiada de pessoas que amam o suficiente — aponto o dedo na direção dos meus amigos. — se a senhora não dá conta da minha filha, é só ir embora tia, ninguém tá prendendo a senhora aqui não.

— Eu vou embora filho, mas você não pode se negar a conhecer novas pessoas por causa do seu passado, eu tenho fé em deus que você ainda vai achar a mulher certa e casar com ela, e ter mais um filho. — ela coloca a mão em meu rosto. Ela logo sai pela porta e avisto minha filha descendo as escadas.

— Papai — gritou correndo em minha direção.

— Oi minha vida — a pego no colo — o que você fez pra sua babá sair tão assustada? — pergunto, ajeito o laço que estava na sua cabeça.

— Oi titios — acena para os caras que logo mandam um tchau com a mão pra ela — então papai, eu apenas disse que ela estava muito velha pra ser minha babá.

Solto um riso.

— Você não pode tratar as pessoas assim querida, não é legal. — aliso sua bochecha.

— Me perdoa papai, não vou ser mais mal-educada. — ela sussurrou. Percebo que ela solta um riso e pisca para o caíque.

— Vamos dormir que amanhã você tem aula — desço ela do meu colo, subimos as escadas e fomos em direção do quartinho dela. — durma bem meu anjinho.

— Papai espere, quando eu vou ter uma mamãe, papai? É muito triste ver as mamães dos meu coleguinhas indo buscar eles na escolinha, e dando beijinho nas suas bochechas. elas vão sempre nas festinhas deles, afinal, as mamães fazendo isso né papai. eu também quero ter essa experiência papai, quero ter uma mamãe que cuide de mim! eu me sinto uma menina infeliz por não ter uma mãe, no dias das mães eu não — não a deixo terminar de falar, ouvir que minha filha não é feliz apenas comigo me dá um aperto no peito.

— Papai está aqui com você querida, eu vou nas suas festinha da escola, nunca falto nenhuma. — seco uma lágrima que escorria pela sua bochecha — vá dormir minha diana. — saio do seu quarto, e vou em direção ao meu quarto.

Me sento na cama, e penso em como minha vida mudou tanto, entrei no crime, matei várias pessoas, perdi meu filho e meus pais..., tudo desmoronou.

Flashback.
— Amor, eu cheguei — gritei.
Não ouvindo sua resposta, subi para nosso quarto, abro a porta e me deparo com uma cena terrível, as mãos de Sofia estavam suja de sangue e o nosso filho deitado na cama com uma boça de sangue ao seu redor.

— Que merda você fez, Sofia, o que você fez! — entro em desespero. corro na direção do meu filho e, não sinto sua respiração e nem seu coração batendo — sua vagabunda, você matou meu filho — grito. Me viro na sua direção e a vejo sorrindo.

— Agora a gente pode viver em paz, liam. Não vai ter mais essa criança chorando toda hora — ela solta um riso. — eu nunca gostei dele, ele estragou nossa vida! Só você que não quer Enxergar isso, amor.

Caminho em sua direção a fazendo recuar, ela bate suas costas na parede e percebo sua respiração ofegante.

— Vai ser foder sua vadia, se o meu filho morreu, tu vai morrer também. — declaro. aponto o dedo na cara dela, pego meu celular e ligo para as mulheres do corre. — tu vai morrer só de lapada de madeira sua vadia. — puxo ela pelos cabelos e a levo pra sala, Manuela não estava em casa, então elas podiam fazer o que quiser com essa vagabunda.

As meninas logo chegam e a levamos para o fundo da casa.

— Quero que a matem só de lapada de madeira, tampa essa boca dela e mata essa desgraçada. Ela matou meu filho. ela matou o Felipe, então mata ela.

Saio dali escutando os gritos dela. Entro em casa e subo as escadas indo em direção ao nosso quarto, paro na entrada da porta e observo o corpo do meu filho. Sinto meus joelhos tremerem, caio no chão e choro como se não ouve-se manhã. no dia seguinte já tinham sumido com o corpo.

Estávamos no enterro do meu moleque, queria que ele descansasse o mais rápido possível.

— Não chora papai, eu estou aqui com você — ditou Manuela enquanto seca minhas lágrimas.

Eu só vou focar em você e nos meus corre de agora por diante, minha piveta.

Flashback off.

Volto pra realidade quando lembro que vou ter que ir atrás de uma nova babá para Manuela,

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