MARAISA POV
Eu acordei com alguém mexendo em mim, abri meus olhos devagar e era Maiara, ela não tinha percebido que tinha acordado
-Mai .minha voz ficou um pouco fraca, ela levantou a cabeça e olhou e abriu um sorriso e parou o que estava fazendo, tentei me levantar, mas meu corpo ainda estava dolorido
- Não se levanta ela segurou meus ombros - Você ainda ta muito fraquinha
-Há quanto tempo eu to dormindo? - eu tinha perdido totalmente a noção do tempo
- Um dia .ela levantou e foi até a porta
- espera um pouquinho que eu já volto .ela saiu provavelmente foi chamar os outros, meu corpo estava muito dolorido, mas consegui me sentar na cama, vi que alguns hematomas e pequenas queimaduras, então eu ouvi eles falando e finalmente eles entraram no quarto, primeiro Mai, seguida por Luisa, Matheus e Juliano, eles foram se espalhando pelo quarto, Luisa e Mai sentaram na ponta da cama uma de cada lado e então Marilia entrou e encostou no criado mudo ao meu lado- Como você está? - Luisa falou
-Como alguém se sente depois de ser torturada? - falei sarcasticamente
- Já ta de deboche, então ta melhor . Marilia retribuiu o sarcasmo
-Me responde Mendonça ela virou pra mim - como é torturar uma pessoa e depois cuidar dela?
-Tecnicamente quem te torturou foi o Phil e... ela falava ironicamente
-Marilia! - Luisa a repreendeu - Para com a ironia
-Tudo bem, eu não vou falar mais nada .ela fez um sinal como se estivesse trancando a boca
- Maraisa nós não... - Juliano começou a falar e apontou para os quatro -... Sabíamos que Marilia ia fazer isso.
-Pensamos que era só aquela encenação - Matheus continuou
- E tentamos avisar a ela que esse não era o melhor jeito para saber se você estava com El loco ou com a policia - Eu olhei para Marilia e ela estava de cabeça baixa
- Resumindo, não tivemos nada a ver com a tortura, foi tudo culpa da Marilia
-Obrigada Luisa, quer me då um tiro também não? - ela falou de maneira sarcástica novamente, como alguém conseguia ser tão sarcástica?
Eu quero-levantei a mão rindo, mas aquilo fez minha barriga doer então eu me encolhi pela dor.
- Calma ae baixinha o doutor disse pra você pegar leve - Juliano falou
-Então Maraisa, como já deixamos as coisas bem claras, te contando que tudo foi culpa da Marilia e não nossa - ela apontou para os quatro e aquilo me fez
rir e então ela se levantou e os outros também iam caminhando até a porta
- Nós já vamos, Marilia tem algo para te falar- Tenho não - ela disse quase que imediatamente, os outros acenavam me dando tchau enquanto iam saindo
- Não me faça te obrigar - ela encarou com um jeito que até eu fiquei com medo e depois fechou a porta com força.
-Qual a necessidade disso? - ela falava rindo o que me fez rir também, ela se virou para mim e ficou me encarando, ela suspirou e sentou do lado da cama O pessoal acha que eu deveria pedir desculpas
- Você pode fazer melhor do que isso - Luisa gritou do lado de fora da porta
-Que merda Luisa, se você ia ficar ouvindo porque saiu do quarto? - ela andou e abriu a porta
-Eu só queria me certificar - ela disse saindo de frente a porta e Marilia fechou a porta e riu novamente, ela se sentou novamente na cama
Olha Maraisa, eu realmente sinto muito, o Phil fez uma burrada e agora não da para voltar atrás-O Phil? .eu a interrompi, nós rimos, maldita Mendonça tentando fazer o clima mais leve com suas ironias
- Você não poderia apenas ter plantado uma escuta em mim?-Você a encontraria em menos de cinco minutos, devo admitir você é espertinha, mas não mais do que eu era como se eu estivesse conhecendo o lado legal da Marilia
- Agora você confia em mim?-Eu sabia que a resposta era não, mas acho que aquela tortura pelo menos serviu pra ela ficar mais mansinha e os outros ficarem do meu lado, ponto para Maraisa
-Sim !. ela falou seria
- Mentirosa - ela deu uma risada, porque estávamos agindo como duas adolescentes?
-Ta bom, mais ou menos - nós duas rimos
- Como Luisa disse "confiança se adquire" . ela imitou a Luisa e ficamos quietas por alguns segundos, acho que ambas ficamos esperando Luisa gritar de trás da porta, mas não aconteceu- Você achou um quarto vago pra mim agora né? - falei enquanto finalmente reparava que aquele quarto era diferente do outro, com mais moveis, tapete no chão, sofás e uma cama bem confortável
- Na verdade esse é meu quarto - ela riu e eu fiquei meia impressionada
-E você ta dormindo aonde? - Uma casa como aquela deveria ter quartos vagos o suficiente pra ela dormir ou pra ter me colocado em um desses quartos
-Por ae .ela riu
-Ua, você parece realmente arrependida - falei sarcasticamente
-Há-há - ela fingiu uma risada, logo lembrei que estava com vontade de fazer xixi, mas acabei me distraindo, eu tinha esse dom, fui me mexendo para levantar, meu corpo ainda estava dolorido, então soltei pequenos gemidos de dor
- O que você ta fazendo? - ela ficou em pé me olhando- Preciso ir ao banheiro - Já estava na ponta da cama e coloquei meus pés no chão
Você quer que o Juliano te carregue? Eu a encarei
- Você quer que eu te
carregue?. Ela deu um sorriso malicioso, dei um tapinha no braço dela que riu, ela me deu a mão e eu fiquei de pé, ela me levou até a porta do banheiroEu consigo daqui - dei um sorriso e entrei fechando a porta Pode deixar eu estou alerta aqui fora, se eu ouvir qualquer barulho não vou hesitar em invadir esse banheiro .ela falou de um jeito brincalhão que eu não pude deixar de rir, como ela conseguia ser tão idiota, mas tão legal ao mesmo tempo, por um momento eu deixei minha raiva passar. Não demorei nem cinco minutos, abri a porta e ela estava deitada de bruços com alguma coisa na mão, parecía estar lendo, me aproximei e ela nem percebeu, estava muito focada lendo instruções de uma pomada
- Nossa você ta muito alerta ein - falei brincando e ela se sentou na cama
-Você sabia que uma das reações alérgicas dessa pomada é manchas vermelha, mas aqui diz que ela retira manchas de queimaduras, que são vermelhas...ela levantou minha blusa e mostrou minha barriga, que tinha algumas manchas vermelhas por causa da queimadura. Então se você estiver uma reação a essa pomada, como vamos saber quais são as manchas da queimadura e as da reação da pomada? . Ela estava lendo novamente a pomada, eu fiquei apenas calada, agora sei porque ela sempre fazia os planos, ela era bem criativa, eu fiquei sem entender o que ela quis dizer e fiquei em silencio
- me lembre de não chamar mais esse doutor, ele é meio doido e sabe como eu descobri isso?-Um doido reconhece o outro? - falei rindo, mas ela ainda estava focada na pomada, então de repente ela do nada parou de ler e me olhou
-Você ta com fome? - eu fiquei sem entender, ela mudou de assunto tão rápido, ela levantou da cama
-Um pouco . E guardou a pomada para queimadura do bolso da calça
- Serio que você vai roubar minha pomada para queimadura? .apontei para ela que sorriu-Depois eu te devolvo . ela abriu a porta -Vamos descer sair um pouco desse quarto, to cansada daqui . ela ficou me esperando passar pela porta, meu corpo ainda estava dolorido e eu não sabia se conseguiria descer a escada, ela descia na minha frente e quando chegou no meio da escada acho que ela percebeu e se virou pra mim
- Você não vem?- Acho que não consigo .ela revirou os olhos e subiu novamente, depois parou do meu lado e me pegou no colo e começou a descer a escada
- Você tem que parar de fazer isso.
- Se quiser posso te deixar, descer o resto - ela falou rindo. Ela era tão legal quando queria, não podia deixar de rir quando ela agia assim, chegamos no final da escada e lá estava Luisa e Matheus estavam conversando, mas logo olharam para gente e primeiro eles ficaram de boca aberta, mas depois começaram a rir, Marilia fechou a cara e me colocou no chão
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The Mission - MALILA
Aksi"Meu nome é Carla Maraisa Pereira, tinha 22 anos e sou uma agente condecorada do FBI, trabalhei em grandes casos, prendi bandidos, traficantes e terroristas no mundo inteiro, consegui o reconhecimento bem rápido pois eu sempre fui muito esforçada, e...