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Segunda, 22:46PM
RJ📍Mayara on.
Assim que cheguei a nanda já me deu um super abraço, anos que convivo aqui mas nunca consigo esconder a timidez, fiquei na sala fofocando com a tia Nanda enquanto o Cauã tinha ido tomar um banho pra ficar com a gente mas pelo visto teve compromisso porque o radinho dele apitou e ele saiu voado pra boca.
As vezes eu fico um pouco apreensiva quando o Cauã vai fazer os corre dele mas infelizmente não posso fazer nada pra tirar ele dessa vida, ele é uma pessoa extremamente teimosa e cabeça dura, já tentei convencer ele de sair dessa vida mas é isso que ele quer então nada que eu disser vai mudar.: Então tia Nanda se acha que o Cauã vai demorar?
- pergunto meio apreensiva saindo da cozinha com um potinho de brigadeiro e morango nas mãosNanda: Ah minha querida eu não faço a mínima idéia, tem dias que ele consegue voltar cedo mas tem outros que ele fica a noite toda naquele lugar.
- conseguia sentir a tristeza na voz dela, deve ser horrível ter um filho nesse mundo: Ai tia eu já falei tanto com ele, não sei mais o que falar sabe mas eu tô aqui Nanda, se precisar de algo é só chamar.
- passo o morango no brigadeiro e mordo um pedaço dessa mistura dos deuses.Nanda: Ah garota, você foi a filha que o mundo me deu, amo você
- ela diz com um sorriso no rosto me abraçando de forma desajeitada pelo fato de estarmos sentadasEscuto um barulho na porta, a mesma abre revelando o Cauã meio alterado com os olhos vermelhos e a feição meio perdida.
Nanda: Filho, você está bem?
- ela levantou e foi em direção o mesmoCauã: Saí da minha frente caralho, vem encher meu saco não
- deu um grito que fez com que a Nanda se encolhesse e saísse da frente dele: Que porra é essa Cauã? Encheu o cu de droga e ta gritando com a sua mãe, desde quando? Ta ficando maluco caralho?
- fui pra cima dele gritando e dando uns tapas no braço deleNanda: Não precisa disso minha filha
- ela segura meu braço tentando me tirar de perto dele: Que não precisa o que tia, desde quando o Cauã virou esse viciado nojento?
Cauã: Você me chamou deq sua vagabunda?
: Vagabunda? Lava a sua boca pra me chamar assim, vagabunda é as piranhas que você come por ai seu idiota
- dei um tapa estalado no rosto dele e ela levantou a mão pra me bater: BATE, QUERO VER SE TU É HOMEM DE VERDADE PRA ENCOSTAR UM DEDO EM MIM, BATE CAUÃ BORA
- levantei a voz e senti meus olhos se enchendo de lágrimas, levanto o olhar pra encarar ele e reparo em sua pupila dilatada e fundo dos olhos bem vermelho.Acho que aos poucos ele foi recuperando a consciência e se ligou na situação que estava acontecendo, olhou nos meus olhos e sentiu que tinha vacilado, apenas abaixou a cabeça e subiu indo provavelmente pro quarto dele.
Nanda: Filha, pode ir embora, eu cuido dele
- ela se aproxima de mim tentando se acalmar e me acalmar também, eu estava praticamente chorando: E te deixar sozinha com ele tia? Deixa que eu vou lá ajudar ele
- limpei as lágrimas que insistiram pra cair e fui em direção a escada porém a Nanda me puxouNanda: Toma cuidado tá querida
- solta meu braço após dizer calmamente com um pequeno sorriso: Pode deixar
- retribui o sorrisoSubi as escadas devagar e caminhei o quarto dele que estava com a porta meio aberta, entrei no quarto e ele estava encostado na varanda olhando pro nada, fui me aproximando e escutei um barulho de choro bem pequeno, antes dele perceber minha presença eu abracei ele por trás e fiquei fazendo carinho em sua barriga.
: O que aconteceu? Por que você se drogou daquele jeito?
- falei calma escutando as lágrimas dele diminuindoCauã: Ameaças novamente
- disse baixinho com a voz falha: Ameaçaram a tia Nanda dnv?
- ele concordou com a cabeçaCauã: Não só ela - dei a volta ficando em sua frente o encarando confusa - Ameaçaram você, tiraram fotos suas na escola e na rua perto do mercado
- assim que ele disse meu corpo arrepiou: Ontem quando eu fui comprar os morangos no mercadinho do seu João eu senti alguém me observando
Flashback on
Saio de casa descendo as vielas pra ir no mercadinho, assim que passo por um beco sinto alguém me olhando, sabe aquela sensação de alguém te observando? Essa mesmo, olho pra trás mas não vejo ninguém apenas uns dois vapores fazendo ronda por ali, ignorei aquilo tudo e fui andando meio rápido até o mercado, comprei tudo que eu queria e assim que coloquei o pé pra fora do mercadinho a sensação se tenha voltou e novamente aqueles valores estavam lá mas não desconfiei deles porque pode ser o Cauã que mandou pra fazerem a minha segurança.
Flashback off
: Foi só isso, mas eu não consegui ver ninguém diferente
- quando eu terminei de falar a feição do Cauã mudou e conseguia ver o nervosismo nítido neleCauã: Porra, eu não coloquei vapor nenhum na tua cola Mayara tem traidor nessa porra
- fiquei em choque e me assustei com o barulho dele batendo no batente da varanda: Cauã calma, eu tô bem e tô aqui viva
- puxei ele da varanda e sentei ao lado dele na camaCauã: Não dá ficar calmo não pretinha, posso nem imaginar perder minha coroa e nem você
- abriu a gaveta na mesinha do lado da cama e pegou um baseado: Ah não, tu não vai fumar mais não
- tiro o negócio da mão dele e devolvo pra gavetaCauã: Ah qlf pretinha, só umzinho não mata último prometo
- tenta pegar dnv mas eu dou um tapinha na mão dele: Antes de você pensar em fumar, você deveria descer e pedir desculpas a sua mãe, ela está abalada com a situação que você causou lá embaixo, vai se desculpar logo
- percebo seu olhar se misturar com tristeza e culpaCauã: Odeio ser impulsivo, ficar descontando as coisas nela me deixa péssimo mas eu não sei controlar minha preocupação
- levanta da cama e sai em direção a porta: Vai lá, vou tomar um banho e depois eu desço, seja delicado com a sua mãe viu pretinho.
- grito entrando no banheiro e escuto o barulho da porta batendo.
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Amizade Colorida
FanfictionMayara e Cauã tem tudo para ser um casal clichê mas pra mim clichês não tem graça, e a história deles está longe de ser sem graça.