👽 •• PRÓLOGO •• QUEM TEM MEDO DE UM SEGREDO? ••👽

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Alverne Dourado, Sexta-feira, 12 de Abril de 1991, 06h15min


Nem mesmo a forte chuva conseguiu impedir uma fuga.

Olhando para trás, um homem alto e ofegante corria desesperado por entre os pinheiros azuis da floresta. O céu, meio nublado, tomava as cores da manhã, onde as estrelas aos poucos desapareciam em meio ao claro céu. Entretanto, ali, na floresta, ainda reinava uma escuridão que apenas os espessos galhos das árvores formavam.

O fugitivo disparou ao ver feixes de lanternas em sua direção. Apertou a capa preta com o logo de um triângulo bordado acima do peito. Com toda a velocidade possível, ele percebeu que havia chegado em uma clareira, onde uma cabana improvisada ocupava espaço em meio a pequena charneca.

Suas mãos empurraram a porta, quase a botando abaixo com sua força. A fechou com uma pancada e deslizou por trás da mesma, ofegante e recompondo o fôlego perdido após sua corrida de mais de dez minutos.

A luz de um lampião se acendeu. À frente do fugitivo, um rapaz usando calças rasgadas e uma camiseta de uma banda de grunge estava sentado em uma mesa. Em seus braços, algo chamou a atenção do homem:

— É a criança?

— Sim. — disse o rapaz, ninando um recém nascido em seus braços. — É uma menina.

O homem levantou devagar e foi até o rapaz de cabelos escuros. Se abaixou ao lado dele e encarou a criança, que começou a chorar. Ele tomou o bebê dos braços do jovem e perguntou:

— E cadê a Lara?

O rapaz abaixou a cabeça e declarou:

— Ela não sobreviveu, da forma como você previu.

O homem suspirou. Acariciou o delicado rosto da criança, que não chorava nem se mexia. Estava serena e quieta nos braços sujos do mesmo. Seus dedinhos pequenos se soltaram de trás do enxoval que o cobria e envolveram um único dedo do do homem, que sentiu lágrimas em seus olhos.

— Hawyrth, o que você vai fazer? — ele levantou a cabeça e questionou. Perdido, ele grunhiu quando o rapaz refez sua pergunta:

— O que nós vamos fazer?

Um enorme trovão tremeu a casa por alguns segundos. O homem aproveitou aquele som para pensar. Após o estrondo, explicou:

— Hawyrth, você vai precisar proteger a criança. Pegue esse garoto e saia daqui.

— É uma menina! — corrigiu o rapaz, tão desesperado quanto o fugitivo.

Um som de apitos se aproximou da casa. Pela única janela empoeirada e embaçada da cabana, o homem pressentiu o fim.

— Agora Vá, Hawyrth, a tire daqui! — ele implorou, devolvendo a criança para os braços do rapaz.

Mas Hawyrth não se moveu. Decepcionado e confuso, ele abaixou a cabeça e pediu:

— Você precisa vir com a gente, Wynster.

Ouvir seu próprio nome o fez se arrepiar. Seus fortes braços envolveram Hawyrth em um abraço de despedida.

Hawyrth abaixou o capuz e vislumbrou o rosto do pai. Um rosto perfeitamente forte, pele clara e cabelos verdes e longos caídos pelas costas. Na testa, a marca da família Darcruxyperion se formou entre as sobrancelhas também verdes. Os olhos cintilantes e da mesma cor, derramaram algumas lágrimas que o alienígena sequer imaginou que conseguiria.

Pai, eu não vou te deixar. — declarou Hawyrth.

Mas não adiantou. Wynster ficou de pé e arrumou a longa capa preta em seu corpo enquanto explicou:

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⏰ Última atualização: Nov 07, 2023 ⏰

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Identidades Extraterrestres: Segredos Alienígenas Parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora