𝓛𝓸𝓿𝓮 𝓶𝓮.

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  Dazai se distanciou de Nikolai, que permanecia abraçado ao braço do (agora morto) Fyodor, ele sentia um pouco de pena do palhaço, sabia perfeitamente como era disfarçar o amor por uma pessoa dizendo que queria matá-la. Afinal, fez isso por anos.

  Ele se aproximou de Chuuya, que continuava em guerra com suas presas de vampiro, muito provavelmente haviam sido coladas com supercola por Mori, "aquele homem é o demônio." Dazai pensou enquanto ria da situação em que o ruivo se encontrava.

–Para de rir Dazai de merda! O chefe colou essa porcaria... –Chuuya disse desistindo de tirar as presas.

–Não precisa se preocupar com isso Chibi, elas devem sair em uma semana. –O maior brincou, se deliciando com a expressão incrédula de seu ex-parceiro.

–Vem me ajudar a tirar esse treco dos meus dentes! Tá dificil de falar com isso. –O ruivo pediu, mesmo que contra sua vontade.

–O que você disse? Eu não escutei! –Mentiu Dazai colocando uma de suas mãos no ouvido.

–EU NÃO VOU REPETIR! –O mais velho gritou se irritando com Osamu.

  Ele sorriu enquanto se aproximava mais de Chuuya, que estava quase espumando de raiva pela boca. Nesse momento Dazai podia jurar que viu o ruivo como um pequeno e nervoso pinscher. Osamu se ajoelhou na frente do mais velho e disse:

–Eu não posso te ajudar se você não abrir a boca Mi amor.–

  Logo depois de terminar a frase Chuuya abriu a boca contragosto, um pouco confuso pelo apelido usado, já fazia algum tempo que não era chamado por ele.

  Se passaram alguns minutos, que para Chuuya pareceram horas, até que Dazai conseguisse tirar as presas da boca do mais velho, que reclamava sempre que o moreno as puxava.

–Não foi tão ruim assim né Chuuya! Saíram facinho, facinho.– O maior disse se sentando ao lado do outro.

–Da próxima vez que você vier no meu apartamento no meio da noite com um plano maluco desses eu te mato... –Chuuya, ou Chibi, como Dazai gostava de chamá-lo, virou a cara para o mar que os cercava. O mais alto, que observava Chuuya, colocou uma mecha dos cabelos cor de fogo atrás da orelha do outro que o fitou confuso pelo ato.

  –O que foi isso? –Ele perguntou.

  –Eu costumava fazer isso quando estávamos na máfia, não se lembra?–Osamu questionou olhando o mais baixo nos olhos.

  –Antes era diferente... –O ruivo desviou o olhar para o chão, logo depois fechando os olhos.

  Dazai sorriu com melancolia e continuou olhando seu ex-parceiro por mais algum tempo, apreciando seu rosto angelical e os macios fios vermelhos que voavam com o vento.

  –Se você parasse de me encarar eu agradeceria, isso tá estranho até pra você Mackerel. –Chuuya disse revirando os olhos.

  –Não posso nem olhar meu ex-parceiro?

  –Você poderia olhar todo dia se não tivesse me abandonado na mafia. –O mais baixo disse com frieza.

  –Eu nunca quis abandonar você na máfia Chuuya. Você era, e é a pessoa mais importante para mim. Mas eu não podia ficar na lá depois que o Mori mandou matarem o Oda, o próximo iria ser você, e eu não suportaria ver você morto por minha causa, então eu sai, você acha que eu me afastei por que quis? –Osamu disse colocando uma de suas mãos na bochecha de Chuuya. –Eu te amo, sempre vou amar, mas se for preciso te deixar ir para sua própria segurança, eu faço sem pensar duas vezes. –Completou o moreno cujos olhos lacrimejavam pela primeira vez em muito tempo, atraindo a atenção de um ruivo um tanto surpreso.

  –Se fosse isso a gente poderia ter fugido, ninguém teria nos procurado! –Chuuya falou um pouco alto com a voz embargada.

–A máfia é sua família, eu nunca te pediria para fazer algo assim por mim, te deixar foi doloroso tanto para mim quanto para você, mas eu nunca te pediria para abandonar algo que você ama.–

  Chuuya, que tinha algumas lágrimas solitárias descendo pelas bochechas, abraçou Dazai com uma força que não sabia que tinha, tendo seu abraço prontamente correspondido pelo mais alto que deixou um beijo carinhoso e suave na cabeça de seu ruivo, agora choroso.

  –Eu te amo Dazai de merda.– Admitiu enquanto abraçava com força seu idiota preferido.

  –Eu também me amo. –Dazai brincou para aliviar o clima, logo depois recebendo um doloroso soco de seu amado. –Parei, parei, yo tambien te quiero mi amor.– [Eu também te amo meu amor]

  Nenhum dos dois confessaria isso facilmente, porém ambos sabiam que não se odiavam tanto quanto diziam para si mesmos e para os outros. Nós, observadores desse jovem casal, sabemos que suas aventuras não acabaram por aí, já que eles eram imãs de problemas, mas depois dessa noite, podem ter certeza que a infame dupla Soukoku nunca mais se separou.

  E toda noite os dois desfrutam da companhia um do outro, seja estando em silêncio ou conversando sobra coisas aleatórias, ou até mesmo na cama. O futuro dos dois sempre foi imprevisível, alguns dizem que eles fugiram juntos para morarem longe de tudo, que compraram um apartamento perto da praia, mas o que todas as versões têm em comum, é que todas retratam o amor de dois opostos extremos.

Fim.

----------Notas da autora----------

Oi gente! Espero que tenham gostado da história! Não esqueçam de votar e comentar para me motivar, se acharem algum erro no capítulo podem falar.

☙ Obrigada por lerem! ☙


𝓛𝓞𝓥𝓔 𝓜𝓔  ||Soukoku|| ☙Onde histórias criam vida. Descubra agora