the colors - o começo de tudo.

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Dia 07/02/22 Segunda Feira.

A minha mãe sempre em ensinou a sorrir, mesmo tendo um dia ruim. Mas desde do dia em que a perdi, nunca mais consegui.
Meu despertador tocou, indicando que era 05hrs da manhã. Levantei, ainda meio sonolento e fui me batendo nas coisas até chegar no banheiro. Aquela água fria sempre me despertava. Infelizmente. Eu odiei esse uniforme, ficará bom em mim? Minha tia sempre me diz que eu tenho um corpo muito magro. E isso me abala bastante. O cor do uniforme parece ser feio, mas eu não tenho como saber disso. Agora é a hora de me apresentar?

Bom, eu me chamo Lee Felix mas minha tia costuma a me chamar de Yongbok, bem, me chame do que quiser. Tenho 17 anos e bom, eu sou um mono. "Ah, o que é um mono?" Eu não irei explicar por que eu estou com preguiça. São literalmente 05 da manhã, vocês acham o que?

Tudo bem. Eu enxergo tudo em preto e branco, isso é óbvio. A minha mãe também tinha esse "problema". Mas a minha mãe conseguiu enxergar as cores depois que encontrou o meu pai. Alguns médicos disseram que pessoas monas enxergam as cores depois de encontrarem a sua alma gêmea. Talvez eu não acredite nisso, nesse negócio de alma gêmea.

-Yongbok, já está acordado? -Minha tia perguntou, e eu suspirei baixo.

-Sim, tia. -Respondi, terminando de vestir o meu uniforme.

Me espantei assim que abri a porta do meu quarto, minha tia estava parada de braços cruzados. Usava uma roupa formal, como sempre. Seus cabelos longos batendo na cintura. Que inveja.

-Não se atrase hoje, é seu primeiro dia de aula. -A mulher falou, me fazendo assentir.

-Tudo bem, não irei me atrasar. -Balancei a cabeça suavemente.

-Estou indo trabalhar, deixei ovos mexidos para você. -Minha tia passou a mão em alguns fios do meu cabelo.

-Yongbok, se algo acontecer. . . Por favor me ligue. -Ela era uma mulher bem protetora, mas eu entendo ela. Eu sou o único sobrinho que ela tem.

-Espero que não aconteça nada comigo, tia. . . -Eu a respondi, com a voz meio frágil.

Antes dela sair, me deu um beijo na testa, fazendo ficar com a marca de seu batom vermelho chamativo. Entrei em meu quarto, para arrumar a minha mochila.

Quando desci, havia um prato com ovos mexidos em cima da mesa, eu o cobri com um guardanapo, não estava com fome. Sai de casa, limpando a marca de batom que a minha tia deixou em minha testa, me certificando de trancar a porta da frente. Andei até o ponto de ônibus, encontrando algumas pessoas com o mesmo uniforme que eu. Como eu sei disso? Bem, eu olho pelo modelo e pelo nome escrito.

O ônibus não demorou muito para chegar, parece que todos me odeiam, quando entrei no ônibus, vários olhares se viraram para mim. Eu me senti pressionado, estava me sentindo um presidiário indo ser executado. Fui ate o banco do fundo, me sentando perto da janela. Olho para o céu, vendo aquelas nuvens se movendo lentamente. As vezes eu sinto vontade de enxergar as cores, mas idai? Eu nasci assim e irei morrer assim.

Por que as pessoas tem que ser tão barulhentas? Ainda é o primeiro dia de aula. Todos parecem tão feliz. Eu lutei para encontrar a minha sala, senti um arrepio percorrer por todo o meu corpo, quando vi que terei que entrar naquela sala barulhenta. Eu não gosto de barulhos, principalmente quando são pessoas que estão fazendo. A única cadeira vazia era do lado de um garoto, que se encontrava dormindo.

Eu queria está assim, dormindo. Comecei a ficar nervoso, as pessoas não paravam nunca e parecia que o sino iria demorar dois séculos para tocar.

-Oi! -Olhei para cima e vi um garoto, seu sorriso ia de orelha para orelha.

The Colors -Hyunlix Onde histórias criam vida. Descubra agora