Linhas Invisíveis - Theo's Version

dez | milagre

"Estou com medo que você fuja se eu disser o que eu queria te dizer

Talvez eu só tenha que esperar, talvez isso seja um erro

Eu sou um tolo, talvez eu só seja um tolo

Garota, o que você faria, você iria querer ficar?

Se eu dissesse: "Eu quero ser o último"

Baby, deixe-me ser o seu

Deixe-me ser o seu último primeiro beijo"

Last First Kiss | One Direction

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Aproveitei o meu horário de almoço para preencher o formulário de inscrição para o estágio no próximo semestre. Quando terminei, resolvi ligar meu celular, que estava desligado durante a aula. Assim que terminei de ligar, meu celular encheu de notificações de chamadas perdidas e algumas mensagens que recebi nesse período, mas uma delas me chamou mais a atenção, era da doutora Valéria, que também havia ligado algumas vezes e já senti meu coração ficar inquieto.

📲 Dra. Valéria: Oi, Theo. Tentei te ligar e não consegui, imagino que esteja em aula. Você pediu para te avisar sobre tudo do Paçoca, e ele passou mal hoje pela manhã, quando puder passar na ONG ou me ligar, eu te explico melhor.

Saí correndo da R.U e só passei na sala para pegar minha mochila, no meio do caminho mandei uma mensagem para a Diana, caso ela quisesse ir comigo até a ONG.

📲 Diana, mudança de planos. A doutora Valéria avisou que o Paçoca não tá bem. Então, tô indo agora para a Ong ver ele.

Digitei a mensagem aflito, sentindo meu coração batendo rápido e uma preocupação enorme com o Paçoca. Não demorou muito Diana me respondeu.

📲 Lil'moon: Estou na biblioteca. Te espero aqui na frente. Vamos juntos.

📲 Ok.

Montei na moto e fui o mais rápido que pude ao encontro de Diana, quando eu cheguei lá ela já me esperava, e parecia tão preocupada quanto eu. Parei ao lado dela e nem tirei o capacete, apenas peguei o outro que estava pendurado no guidão da moto, e entreguei a ela.

— Ela chegou a falar alguma coisa? — Diana perguntou pegando o capacete que eu lhe oferecia e o colocou na cabeça em seguida.

— Não muito. Ela só disse que ele passou mal. — informei e ela montou na moto atrás de mim. — Se segura, Diana, porque eu vou bem rápido.

Acelerei a moto assim que ela segurou na minha cintura, fui o mais rápido que pude e pouco tempo depois, eu já estava estacionando a moto em frente a ONG. Saímos depressa e corremos para a entrada tirando o capacete no caminho, vi Maitê na recepção e ela olhou confusa para nós dois, que entrávamos aflitos.

— Gente. O que aconteceu? Que afobação é essa? — ela questionou sem entender o motivo do nosso desespero.

— A doutora Valéria me avisou que o Paçoca não estava bem — respondi sem conseguir conter o nervosismo.

— Ah, sim. Ele teve um quadro de vômito durante a manhã, mas a doutora já o medicou. Ela até pediu pra gente te ligar Theo, para tranquilizá-lo, mas o celular só chamava.

— Eu vim o mais rápido que pude e nem me dei conta de atender o celular. — respondi sem graça, enquanto ajeitava meu cabelo com os dedos.

— Tá tudo bem, Theo. Eu também fiquei nervosa e nem raciocinei direito. Queria chegar logo pra saber do Paçoca. — Didi disse apertando de leve o meu ombro para me confortar e eu respirei mais aliviado — O que ele teve, Maitê ?