Cataclisma

Sangue Real

Minha cabeça doía.
Minha última memória era dentro do avião sendo chacoalhado com algum tipo de turbulência, me encontrava denovo num lugar extremamente escuro e gelado mas com algum tipo de barulho de vozes ao longe, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa as luzes do ambiente se acendem e uma porta de correr enorme começa a se abrir com um barulho metálico que me dava até uma dor ao ouvir:
- Quem são vocês?! Cadê a minha família!? Aonde diabos eu tô?
Uma pessoa vestida com uma roupa que cobria seu corpo inteiro, quase como uma armadura caminha devagar com uma bandeja na mão em minha direção:
-Essa é a sua refeição de hoje, sem mais perguntas.
Por sorte a bandeja que ele me entregou tinha bastante comida, o suficiente pra eu não morrer de fome.
Perdi a noção do tempo e parei de contar depois do dia 90.
Não sabia por que eu estava ali, não sabia o que tinha acontecido com a minha família e com o meu namorado, deduzi que haviam matado todos eles, sofri pelo luto mas isso não foi nem de longe o pior que aconteceu. Abusos e experimentos se tornaram comuns e diários depois do dia 60, perdi toda a minha esperança na minha vida e agora eu era só um objeto, como uma proveta ou um bico de bunsen...
Comecei a ouvir vozes e sentir meu corpo estranho dia após dia, depois de um tempo que parecia uma eternidade eu comecei a apresentar características paranormais, como mexer as coisas com a mente, mas eu nunca dei atenção e nem explorei mais do que necessário isso, a esse ponto eu já havia perdido toda a esperança.

Depois de algum tempo eu conheci um shake árabe, aparentemente o comandante do grupo terrorista que me manteve como refém por tanto tempo.
- Seu trabalho será destruir completamente a maldita israel, você é uma arma e se sequer pensar em se voltar contra seus donos um sofrimento sem fim estará lhe aguardando, então sugiro que não tente nada de espertinho. - diz aquele homem alto e tão importante enquanto caminha pra saída.
Esse dia estava cada vez mais próximo de chegar.