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O vento forte do Canadá atingiu suas madeixas rosadas, levando-as para trás de sua cabeça. O cheiro era encantador e o lugar merecia todos os elogios que ouviu durante sua viagem. Mal tinha pisado na cidade e o aeroporto lhe trouxe inúmeras imagens; pelo fato de haver tudo no só lugar. Era como está em todas as cidades ao mesmo tempo. E isso merecia ser escrito, descrito e colocado em prática quando tivesse um tempo.
Ao pisar fora do aeroporto, sentiu suas forças se renovarem, estava em uma cidade desconhecia, longe de sua casa, mas muito bem recomendada, com o mapa e os endereços de onde iria ficar. Chamou o primeiro taxi que viu, dando-lhe o endereço do hotel que se hospedaria. O taxista para sua surpresa, falava sua língua, e não demorou muito a encontrar o hotel que ficaria duas noites, pelo menos, era o que pretendia fazer.
— Seja bem-vinda ao Cand-s Hotel. – Uma mulher lhe desejou ao encostar-se ao balcão para fazer o checape de sua reserva. — Senhorita Haruno, correto? – Ela confirmou balançando sua cabeça. — Sim, sua reserva foi feita há dois dias, e seu quarto está pronto.
— Agradeço. – Pegou seus documentos e esperou um carregador chamado por Sanni, para lhe ajudar com as malas. O silêncio às vezes a incomodava, mas se agradou do respeito que recebeu do carregador até seu quarto. O lugar era elegante, charmoso e muito bonito, ao dispensar o carregador, Sakura andou pelo quarto de hotel, dando de frente com a grande cama King-box, pronta para ser usada coberta por lençóis de cama verdes, combinando com as cortinas que balançavam com o vento, bailando em seu ritmo.
Aquilo lhe agradou, era confortante, relaxante, digno de uma escritora que precisa do silêncio para trabalhar em seu segundo livro. Voltou a sua mala pegando-a do hall de entrada, trouxe até a cama para que pudesse abri-la e pegar o que precisava.
Como chegou á noite na cidade, não dava tempo e nem deveria ser o momento certo para passear pelos lugares turísticos. Decidiu então, tomar um banho quentinho e se enfiar debaixo das cobertas para ter uma boa noite de descanso, assim no dia seguinte, estaria com mais disposição.
Como de costume, na madrugada daquele dia, Sakura acordou para se espreguiçar e relembrar onde tinha parado de escrever seu livro. Já estava em reta final do primeiro quando precisou de uma pequena inspiração, viajou para uma cidade pequena, em seu estado, se agradou de muitas coisas e no fim, teve o que tanto queria.
Agora com o segundo, não era diferente, já quase no fim, completava sua viajem de 100 dias depois de passar em algumas cidades que lhe deixaram abismadas com sua beleza e formosura, com costumes diferentes e pessoas de diversas personalidades.
Em passos rápidos, ela pegou o notebook em cima da mala, perto do sofá, do lado esquerdo do quarto. Sentou no mesmo tufando o peito ao abrir na página. A mocinha estava à espera do seu príncipe encantado, mas essa mocinha era uma mulher adulta e com conceitos formados, depois de conquistar todos os seus ideais sonhos e ter o que buscava. O que resta para uma vida que tem tudo? Boa resposta: o amor.
