002 - Viagem no tempo

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{Agosto/2023}

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{Agosto/2023}

Os dias foram passando e as coisas até que estavam melhorando. A única coisa que não saia da minha cabeça era a morte do amigo dos meus pais.

Isso estava me enlouquecendo e eu não intendia o porquê. O que alguém que eu não conhecia tinha de tão importante pra ocupar minha mente por tanto tempo?

Já fazia quase duas semanas e virou parte do meu dia a dia dormir ouvindo aquela música. Era estranho, mas no fundo eu sabia que é só uma obsessão que iria passar. Agora eu estava falando com Cléo sobre a semana.

"Você não sabe nem a cara dele, pra que tudo isso?" Minha amiga pergunta após eu desabafar sobre essa obsessão maluca.

"E você acha que eu sei? Estou tão confusa quanto você." Falo e vejo um sorrisinho surgir do em seus lábios.

" E se ele era gostoso e sua mãe quase namorou ele? Já pensou... Seu pai era pra ser ele, se o mesmo não tivesse morrido." - Não seguro minha casa de nojo e susto com sua fala.

"Que horror Cléo! O cara morreu!"

"Exatamente!" Passamos um tempo sem falar mais nada. "Mas, falando sério agora... Se nossos pais escolhessem outras pessoas no passado, nós teríamos nascido filhos deles? Tipo, da mãe ou do pai?"

"Não me confunde mais Cléo Marks, minha cabeça já tá muito bagunçada!"

"Foi mal! Mas não deixa de ser uma coisa a se pensar..." "Bom, me mostra a tal música aí" A olho e solto um sorriso.

"Você não vai gostar..."

"Não perguntei isso, vai, mostra!" Levanto uma das minhas sobrancelhas e coloco a música. "Ah, não é tão ruim assim"

"Não é ruim, só não é como as de hoje em dia." Falo enquanto a música acaba.

"Por mais que eu te ame, vou ter que resumir isso tudo em um grande SUPERA!" Ela fala e eu respiro fundo.

"Prometo que vou tentar!"  Nos despedimos e como já eram quase oito da noite, descido descer pra jantar.

Chegando lá, vejo minha mãe e meu pai sorridentes e conversando coisas aleatórias do dia deles. Eles pareciam felizes. Quando entro na cozinha tomo um susto vendo meu irmão encostado na bancada da pia, com um copo na mão.

— Credo, parece que viu um fantasma. — Ele fala rindo.

— Talvez porque com a falta de frequência que você vem aqui, estava se tornando um. — Vou em direção a geladeira e pego um suco, logo depois abro um dos armários e pego um típico miojo.

— Depois não reclama quando morrer de câncer por conta de tanta besteira que se come. — O olho com tédio.

— Você reclama de tudo também, né? Não posso comer o que eu quero, não posso fumar... daqui a pouco vai controlar o que, meu sono?

Malditos Olhos - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora