Capítulo 6

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Emily

Essa voz, meu Deus.

Viro-me e encontro dois pares de olhos azuis um tanto quanto surpresos e meus levemente arregalados.

Não pode ser, o filho de uma égua está aqui diante de mim, com o seu cabelo levemente bagunçado, o seu terno todo preto com exceção da camisa branca e a ausênsia da gravata.

Irresistivelmente, maravilhosamente lindo.

— Você está atrasado meu filho. — sou tirada dos meus pensamentos quando ouço a voz da Clara mas  os meus olhos ainda presos nele.

— Tive um pequeno contratempo na empresa mãe, me desculpe. — sua voz rouca chega nos meus ouvidos me causado mais um arrepio.

Que coisa é essa?

— Não deveria trabalhar tanto querido. — ele agora me encara com curiosidade — É... deixa-me apresentá-los. — desvio o olha para a dona Clara — Esse aqui é meu lindo filho Nathaniel. — voltei a olhá-lo — E essa é a Emily meu filho, uma amiga da família.

— Nathaniel Salvarote. — ele diz estendendo a mão para mim.

— Emily Mendes.

Faço o mesmo pegando a sua mão, e quando elas se tocam sinto um choque eléctrico que percorreu todo o meu corpo, pode ser apenas coisa da minha cabeça mas acho que ele também sentiu visto que depois soltou a minha mão sem parecer rude.

— Emily... muito prazer. — disse meu nome de uma maneira tão linda que meu estômago revirou e eu apenas acenei ignorando a sensação.

— Ela é linda, não é filho?

— Sim mãe, muito linda. — Clara sorri.

— Bem eu vou deixá-los para que se conheçam melhor, com licença. — e só então lembrei que a mãe dele estava ali.

Novamente acenei em concordancia e ela se foi me deixando com o homem que quase me atropelou.

Engraçado.

— Então você é amiga da minha família. — disse ele se aproximando um pouco.

— É... e eu pensando que nunca mais veria o sr. arrogante. — digo baixo mas pelos vistos ele acabou escutando.

— Sr. arrogante? — ele questiona com um sorriso nos lábios.

E que sorriso. Balanço a cabeça.

— Er... quer dizer... — me enrolo um pouco — Você não foi muito... gentil depois de ter quase me atropelado.

— Pensei que já tivesse esquecido isso garota.

— Garota? — pergunto irritada pelo apelidinho.

— O que foi? Não gostou princesa?

Semi cerrei os olho, suspirei cruzando os braços e desviei o olhar, não vou falar mais com esse homem.

— Mio Dio. — falou — Você está irritada princesa?

— Dá para você parar com esses apelidos? — ele me analisou um pouco e respondeu.

— Tudo bem princesa, eu paro. — reviro os olhos que homem mais irritante.

Logo vejo que as pessoas começam a se sentar para assistir o espetáculo preparado para hoje e lembro que deixei meus amigos esperando.

— Eu preciso ir, meus amigos estão me esperando, com licença.

Digo e começo a andar em direção a minha mesa sem esperar por sua resposta. Que homem maluco, irritante mas muito lindo, primeiro quase me atropela e agora vem com apelidos, misericórdia.

Nathaniel Salvarote - ESTÁ SENDO REESCRITOOnde histórias criam vida. Descubra agora