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Meu nome é Sara, tenho 28 anos, sou morena, de cabelos ondulados e longos, tenho 1,66 de altura.
Trabalho no ramo de TI e viajo o mundo representando minha empresa que fica no Brasil.
Consegui alguns dias de férias e decidi aproveitar parar visitar meus pais que fica numa região de serra. Ligo para casa apenas para avisar que estou a caminho. Escuto minha mãe e minha irmã gritando de alegria no fundo da ligação, enquanto falo com meu pai.

Chego na rodoviária dentro do previsto. O ônibus estaciona e já vejo meu pai no lado de fora, desço do ônibus pego minha mala e corro em sua direção. E pula de alegria quando me vê.
—Obrigado Deus por ter trazido minha menina de volta! -diz ele me erguendo do chão, num abraço apertado.
—Que saudade paizinho, que saudade!"- estou soluçando.

Estou de volta ao lar onde cresci.  Desço do carro e minhas melhores amigas,  vem ao meu encontro. Minha irmã mais velha e minha mãe correm pela grama em minha direção, as mulheres que mais amo e admiro, no mundo todo. Elas estão com os olhos inchados e cheios de lágrimas, certamente estão chorando desde a hora que avisei que estava chegando.
—Minha menina, você está em casa! -diz minha mãe soluçando e tremendo muito.
—Ela voltou mãe, ela tá aqui! -diz minha irmã me abraçando junto com minha mãe.
—Eu pensei em fazer surpresa, mas não sei como está os corações de vocês, então preferi não arriscar!- digo chorando e rindo ao mesmo tempo.
Levo um tapa na bunda da minha mãe.
Meu pai já levou minha mala para dentro e está na porta chorando igual criança, minha mãe e irmã me acompanham para dentro ainda  com os braços ao redor do meu corpo.
  Sou recepcionada da melhor forma, já passa do meio da tarde, e minha mãe preparou um café incrível. Já comi nos mais diversos restaurantes do mundo, mas nunca achei comida mais saborosa que a de minha mãe.
Como um pedaço de bolo de milho acompanhado de um café maravilhoso enquanto conto um pouco do motivo da minha vinda, minha família me abraça e me apoia, dizendo que vai ficar tudo bem.

O sol  já se pôs, quando me sento perto do meu pai no lado de fora da casa. Ele está acendendo a churrasqueira, eu  bebo um vinho e fico vendo as estrelas. Coloquei um vestido florido e vesti um casaquinho fino apenas por conta do vento. Estava com tanta saudade de casa, desse clima tropical.
—Mamãe não deixa eu ajudar lá dentro pai!- digo rindo
—Você sabe que sua tarefa é a louça né? -Diz com expressão séria.
—A pior parte, claro!- digo fazendo bico.
Meu pai ri balançando a cabeça, eu me levanto e vou até ele é o abraço.

Escuto uma moto estacionando perto de nós.

Simon?

Olho para meu pai, surpresa

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Olho para meu pai, surpresa.
—Foi sua mãe!-diz ele levantando as mãos, com um sorriso estampado no rosto.
—Esse cara não sente frio? -Falo baixinho para mim mesma.  Vendo meu ex tirar o capacete e vir sorrindo até nós.
—Por sua expressão, imagino que não sabia que eu estava vindo né? Me desculpe Sara, sua mãe ameaçou ir na empresa me buscar pela orelha!- diz coçando a cabeça.

A camiseta preta justa demais para seu peitoral, e a moto Harley, são novidades para mim, essa  é uma nova versão do Simon, que eu ainda não conhecia. Meu costumava se vestir com camisas sociais e jeans largos. O tempo fez bem pra ele.
—Tudo bem Simon, sei como é minha mãe, me desculpe por isso!- digo dando de ombros.
Minha mãe o faz vir aqui, sempre que pode na verdade, chama para um almoço, para aniversários, ele vive aqui, então meio que sabia que ela ia chamar ele.
Seguimos conversando comendo, bebendo, dando  muita risada,  estou relaxada, não me sinto desconfortável perto do meu ex.
Assim que acabamos de comer, entro em casa para lavar a louça. Simon vem logo atrás de mim.
—Vou te ajuda!- diz
Eu agradeço.
Ele lava a louça e eu fico na tarefa de secar e guardar.
—Todos nós sentimos sua falta!- diz ele.
—Eu também senti muita  falta de casa, todos os dias! -digo fugindo do rumo da conversa, mas ele insiste.
—Eu senti muito sua falta, demorei pra me recuperar da nossa separação Sara! - ele para de lavar a louça e se vira para mim, sério.
Sua expressão não é mais do garoto que conheci na faculdade, ele me enxerga de outra forma e também consigo ver como ele mudou, não só na aparência. Mas não vou deixar a conversa tomar esse rumo, já estou bem certa do meu caminho, e gosto de como tenho vivido.
—Ahh Simon, fala sério, vi você curtindo um monte nas festas e publicando no seu Instagram! - digo rindo e pego um pouco de espuma e  passo no seu nariz.
Ele me olha sério.
—Merda! - digo já correndo, mas ele é mais rápido, me agarra  por trás, com as mãos molhadas e cheias de espuma, meus pés saem do chão.
—Sara, você realmente acha que é rápida mocinha? - diz ele fingindo estar bravo.
Eu estou rindo tanto, que chega a doer minha barriga.
—Me solta seu brutamontes! - digo rindo.

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