𝐌𝐢𝐥 𝐁𝐞𝐢𝐣𝐨𝐬 | Woosan

꒰ㅤ꒰ㅤ🫙 ིྀㅤ ᴄׂᴀᴘׁׅɪ́ᴛ͟ᴜʟׄ͡ᴏ̥ 5 ˚ㅤ၄၃ㅤʾ

- O San não veio hoje! Você não ficou sabendo? - Mingi falou a Wooyoung, era uma surpresa e tanto ver o garoto ali no restaurante atrás de San, justamente naquele momento.

- Não tô sabendo do que? Ele está bem?

- O Sr. Choi está na cidade, chegou ontem!

Três dias haviam se passado, três mínimos dias em que Wooyoung e San não haviam se falado desde o beijo, mas para Wooyoung ainda era uma eternidade, e agora sabendo que o pai do melhor amigo estava na cidade, só piorava a situação, coisas boas nunca saiam de visitas como essa.

-Mingi, quando foi a última vez que você teve notícias dele? - Wooyoung perguntou preocupado.

- Ele ligou hoje de manhã avisando... Achei que você estivesse com ele! - Mingi notou quando a fisionomia de Wooyoung mudou, os olhos se enchendo de lágrimas - Woo, tá tudo bem?

- Malditos sentimentos esses guardados na droga do meu coração! - Wooyoung soltou a frase que não fazia sentido algum na mente de Mingi - Eu preciso ir, Mingi, obrigado.

Pela vontade de Wooyoung ele saia daquele restaurante com destino até a casa de San imediatamente, mas não podia, tinha uma prova extremamente importante pela parte da tarde, e ele não poderia deixar de fazer, aquela altura do campeonato Wooyoung nem sabia se teria cabeça para tal matéria, mas precisava tentar.

[...]

- Ainda morando nesse fim de mundo? - O homem falou com o tom amargo olhando a casa em volta - Pensei que já estivesse rico, já que escolheu brincar de cozinha né!

A relação de San com o pai não era das melhores, na verdade nunca tinha sido, e desde a morte de sua mãe as coisas só pioraram, até que finalmente o homem mais velho se mudou para longe de si, mas sempre que aparecia por ali era um verdadeiro inferno.

Quando San iniciou suas aulas na faculdade o homem virou uma fera por descobrir que seu filho único estava cursando gastronomia e não administração, alguém precisava estudar para cuidar dos ramos da empresa, mas San nunca quis, ele nunca desejou nada que fosse daquele homem cujo ele chama de pai.

- Já acabou com seu teatro? Estou ocupado! - San respondeu pegando algumas latas de cerveja que tinha pela mesinha da sala.

- Ocupado com a bebedeira ? - o homem olhou enojado - Ou será que seu cachorrinho de estimação te deu um pé na bunda ?

- Cala a sua boca! - San falou alto no momento seguinte em que ouviu a provocação - Pensa duas vezes antes de falar dele!

-E você pensa duas vezes antes de falar assim comigo seu moleque! - O homem rebateu sua fala com ações, acertando um tapa em cheio no rosto do filho.

- O que é? Veio aqui para me bater de novo, ou alguma das suas vadias faltou ? - San não tinha medo, ele falava sem nem pensar, já não conseguia mais sentir remorso algum por tratar aquele homem daquela forma.

- Seu filho da puta! Você ainda vai perceber que toda essa farsa não vai te levar a nada seu idiota - O homem disse pegando sua bolsa e dando as costas - Quando precisar de mim, será tarde demais!

- Vai para o inferno! - San gritou alto jogando a garrafa de vidro que tinha em mãos, a quebrando na porta no segundo em que o homem saiu.

Estava com raiva, se sentia só, e nem mesmo poderia pedir a ajuda de Wooyoung depois daquela situação, se bobear Wooyoung nem mesmo iria o querer ver mais, seu coração doía mais do que o tapa que havia recebido, estava preocupado com toda a situação com o melhor amigo, e mesmo na pior do jeito que estava, só queria saber se Wooyoung o perdoaria.