Onde Virgínia odeia os Marotos.
E onde tem que lidar com um dos participantes do grupo, em seu quinto ano.
Sua ideia sobre eles, sobre seu comportamento e suas brincadeiras, tudo jogado nas mãos de Lupin, que está disposto a fazê-la mudar de ideia...
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O quarto em que Nia se arrumava, na enorme Mansão Rosier, estava imerso na suave luz do final da tarde enquanto ela se preparava para ser madrinha de casamento de sua grande amiga, Emma Thorn, que em breve seria Emma Rosier. O vestido elegante se ajustava perfeitamente ao seu corpo, e seus cabelos estavam cuidadosamente arrumados em uma trança solta que caía sobre um ombro.
Enquanto admirava seu reflexo no espelho, Nia não pôde deixar de pensar sobre o significado do amor e do casamento. Ela recordou os casamentos de seus pais e avós, eventos marcantes que ecoavam nas paredes de sua memória. A ideia de unir duas almas, de compartilhar uma vida com alguém, sempre a intrigara.
Os vestígios da melodia da cerimônia flutuavam pelo quarto, fazendo Nia sorrir ao pensar na felicidade que esperava pela amiga. Enquanto ajustava delicadamente o colar, seus pensamentos se voltaram para Oliver, seu namorado loiro de olhos azuis. O amor deles era um constante florescer, uma jornada de descobertas e compreensão mútua.
No entanto, aquele pequeno burburinho anterior voltava a chiar em seus pensamentos, a ilusão infantil que um dia tivera de se casar com seu melhor amigo.
—— O que é o amor? —— ela se questionou em voz alta, deixando a pergunta pairar no ar. Não era uma indagação nova, mas naquele momento, enquanto se preparava para celebrar o amor de outros, a pergunta ecoava com uma intensidade diferente.
Seus pais sempre a inspiraram com sua união, um casamento marcado pela paciência, companheirismo e uma paixão que resistira ao teste do tempo. A avó de Nia, com seus olhos cheios de sabedoria, costumava contar histórias de amor que atravessavam gerações, cada casamento um fio na tapeçaria de sua família.
Ao ajustar as flores no cabelo, Nia começou a vislumbrar um futuro além do momento presente. Imaginou-se casada, criando uma família e transmitindo o legado que seus pais e avós haviam compartilhado com ela. A ideia de ter uma filha, de ensinar sobre amor e compromisso, tornou-se um vislumbre reconfortante.
Contemplando o reflexo, Nia se viu usando um vestido branco, segurando a mão dele enquanto trocavam votos diante de amigos e familiares. A visão trouxe um calor reconfortante ao seu coração, uma sensação de completude que a fez sorrir.
—— Será que algum dia eu e Oliver...?—— seus pensamentos vagueavam enquanto o som da música da cerimônia se intensificava, ecoando a alegria do momento em que estava prestes a participar.
Nia pegou o buquê, um delicado arranjo de flores que exalava uma doce fragrância. Enquanto observava as pétalas coloridas, pensou nas muitas histórias que aquele buquê testemunharia ao longo dos anos. Ponderou sobre o que seria escrever sua própria história de amor, sobre as páginas que viriam a ser preenchidas.
O som dos passos de Oliver se aproximando quebrou sua contemplação. Ele entrou no quarto, os olhos se iluminando ao vê-la.
—— Uau, você está incrível, Nia —— disse ele, admirando-a.
