Existe uma lenda, de Uma pequena casa ao lado de um lago, onde vivia duas irmãs e a mãe.
O pai das meninas morrera em uma guerra, deixando a mãe para cuidar das duas sozinha.
As irmãs eram como ímãs, sempre juntas, brincavam juntas, comiam juntas e dormiam juntas.
A mãe praticava uma reza uma vez por mês, com as irmãs, rezavam na frente de um pequeno altar feito a mão, que continha duas velas e uma caixa. A mãe contava historias que essa caixa poderia conter 20 pessoas dentro dela para proteção de algum desastre, e apenas àpos o perigo ter passado, era para abrir essa caixa.No pequeno bosque onde as meninas brincavam, a mais velha encontrou um coelho machucado, cuidara dele o melhor que pode, e depois dele saltitar de volta para seu lar, a mais velha foi para casa contar do acontecido.
O tempo ia passando, as meninas crescendo. e mais frequentemente, a mais velha via o coelho que tinha socorrido, ele aparecia em tempos de raiva e tristeza para a menina.
Logo após, sua mãe e irmã começaram a maltratá-la, do dia para a noite, como o apagar de uma vela, sentiram uma inveja e raiva sobrenatuaral diante a irmã, falavam injúrias após injúrias para a jovem, comentavam sobre tudo que fazia, -seu andar, suas roupas, sua expressão- falavam que nunca seria aceita pelo Deus para qual rezavam.
E, em uma noite em qual a mais velha dormia tranquilamente, a mãe e a irmã raptaram-na e colocaram-na na caixa tão sagrada por elas, jogaram-la no lago do lado à pequena casa.
A mais velha afundava cada vez mais fundo, com a água infiltrando cada poro da caixa, seu pânico aumentava a cada segundo, enquanto ouvia os abafados risos de sua famila, uma vez amada.Ela se sentiu mais leve, e ar fresco novamente, a caixa se abriu no bosque em que ia, engasgou-se com o ar, e respirava com força e viu uma criatura à sua frente, não parecia com nada que tinha visto antes em sua vida, porém algumas de suas características lhe pareciam familiares... A criatura falou:
"Eles, a qual tentaram tirar-te a vida, te transformarei em algo novo, para dar-lhes sua vingança. Aceitará a vingança ou não, não mudará o destino de sua metamorfose"
Suas palavras pareceram tocar em sua cabeça, como uma música alta, batendo em seu cérebro, mas mesmo assim aceitou por medo, sentiu-se quente, como se seu corpo estivesse sendo esquentado lentamente.
A criatura foi transformando-á devagar, sua pele rosada, agora levemente avermelhada, suas faces irregulares, mas belas, se transformaram em lisas, quase sem nenhum relevo, esticaram-na seu corpo e pernas, e, a pedido da menina, tentara criar um vestido, mas como não podia mover seus braços, a criatura enlargou-os também.
Agora, tão grande como um pinheiro, a jovem, percebendo seu predicamento, a qual sempre engoliu por esperança de que sua família voltaria a ser o que era antes, a desatou em fúria e em angústia a destruir a casa onde uma vez morara.Não viu sua mãe e irmã, por mais que procurava, mas não era mais importante.
Sua raiva e tristeza agora submetidas novamente, a garota e a criatura desapareceram, junto com história que criaram.