pétolas de flor.

9 1 0
                                    


Kim Minjeong;

Caminhei pelas ruas da cidade, perdida em meus pensamentos, enquanto as pétalas de flores caíam ao meu redor. A doença Hanahaki, uma manifestação dolorosa do amor não correspondido, se apoderava de mim. Cada respiração era uma luta, e lágrimas amargas se misturavam com as pétalas em minha pele.

O perfume das flores se intensificava, acentuando a tristeza que me envolvia. O amor não correspondido por Karina deixava meu coração em frangalhos. Sentia-me sufocada pela presença constante das pétalas, e a visão de Karina ao lado de Ningning era um golpe cruel.

Em um parque tranquilo, sentei-me em um banco. A solidão era palpável enquanto eu recordava os momentos compartilhados com Karina. Sorrisos, risadas, até mesmo lágrimas partilhadas, tudo parecia distante, perdido no passado.

De repente, a voz alegre de Karina cortou o silêncio. Olhei à distância e vi Karina com Ningning. Meu coração apertou com uma dor insuportável. A flor que estava em minha garganta implorava para sair.

Karina percebeu minha presença e se aproximou, um sorriso amigável no rosto.

─ Minjeong, como você está?"

Sua voz era um eco distante enquanto o peso do sofrimento esmagava minha alma.

─ Estou bem. ─ respondi com um sorriso forçado.

Ningning, notando minha tristeza, perguntou com preocupação

─ Você está mesmo bem? Parece que algo está te incomodando.

Hesitei por um momento, mas a verdade queria se libertar.

─ É complicado ─ murmurei, desviando o olhar.

Karina franziu a testa levemente.

─ Minjeong, se precisar de alguém para conversar...

As palavras de Karina ecoaram na minha mente. Será que ela realmente se importava, ou era apenas uma cortesia educada? O dilema martelava em minha cabeça.

Enquanto caminhávamos pelo parque, sentia o peso da doença aumentar a cada passo. A visão de Karina e Ningning juntas era uma tortura constante, mas eu preferia sofrer a perder as lembranças preciosas que carregava comigo.

Dias se passaram, e percebi que não podia mais adiar a decisão. A doença Hanahaki tinha tomado conta de mim, e a dor era insuportável. A ideia de esquecer Karina era mais aterradora do que a própria morte.

Diante da escolha difícil, decidi escrever cartas. Cartas para Karina, expressando todo o amor que não podia mais esconder. Cada palavra era uma gota de minha alma, uma despedida silenciosa que ecoaria além da vida.

No dia seguinte, entreguei as cartas a um amigo de confiança, com a esperança de que chegassem a Karina após minha partida. O sorriso melancólico que dei ao entregar as cartas era a despedida final.

No hospital, deitei-me na cama, rodeada por flores. Meu olhar fixava o teto branco enquanto as pétalas se aglomeravam ao redor. A cirurgia era uma opção, mas recusei. Preferia morrer com a imagem de Karina em minha mente do que esquecer completamente o amor que nutrira.

As cartas foram entregues a Karina, que as leu com lágrimas nos olhos. A revelação tardia do meu amor a atingiu como uma flecha no coração. O arrependimento a consumiu, e as pétalas caíram lentamente à sua volta.

A notícia da minha morte chegou como uma tempestade para Karina, uma tempestade de emoções indescritíveis. A dor da perda misturou-se ao arrependimento, e as pétalas de Hanahaki flutuaram pelo ar, testemunhas silenciosas de um amor que agora só existia nas lembranças.

Uma flor para o meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora