Parte 1

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O último dia do verão ficou marcado para os moradores de Flindsbooks, uma cidade outrora esquecida e pacata se tornou a mais frequentada depois do que houve naquele dia.
Os tios de dois garotos órfãos haviam sido misteriosamente assassinados naquele dia.
Kaio, atônito, não conseguia parar de olhar aquela tragédia.

__ Onde está seu irmão?- perguntou um amigo.

__ Na casa de um colega, ele nem sabe o que aconteceu.

__ Vamos buscá-lo e avisar a ele.

Um flash de luz penetrou o olhar de Kaio e ele despertou. Álex, em pé em sua frente fixava o olhar no irmão.

__ Outro pesadelo ou o mesmo?

__ O mesmo.- Falou Kaio Alister ainda pensativo.

__ Sabe Kaio.- Começou o irmão.__ Andei pensando e acho que você tem razão.

__ Sobre exatamente o quê?

__ Eu achei melhor ir com você no cemitério macabro que você falou.

__ Então você quer mesmo que a gente filme um fantasma?

__ Sim. Se nós ficar famoso podemos descobrir quem matou nossos tios.

__ É o que eu quero.

__ Vamos agir. Tem mais de um mês que aconteceu e a polícia não descobriu nada.

__ Ótimo. Vamos amanhã mesmo.

__ Tudo bem. Vamos descobrir quem matou nossos tios.

__ Mas você sabe que não pode contar nada para ninguém né?

__ Sim.- Respondeu Álex.

Na manhã seguinte os meninos já caminhavam para a floresta, como havia combinado eles queriam poder gravar a aparição de algum ser sobrenatural para ficar famosos e assim com dinheiro no bolso solucionariam o misterioso caso de Elisabete e Malcone Alister.
A caminhada foi um tanto duradoura e cansativa, Kaio era o que estava mais empolgado para gravar, levara naquele dia uma bolsa com muitas coisas, provavelmente roupas, pois seu objetivo era passar mais de uma semana por ali.
Álex alister estava um pouco sem muita vontade de acampar, ainda mais sozinho com o irmão, nem pudera avisar ninguém sobre o acampamento porque o irmão o-impedira.
Gravar uma assombração em uma floresta cerrada e à procura de um cemitério abandonado que estava no interior daquela mata fazia todos os pelos do corpo de Álex arrepiar, mas a vasta lembrança dos assassinatos de seus tios não deixava que ele dissesse não.
Ele, assim como o irmão queria saber quem fôra a mente doentia que pudesse ter assassinado seus tios, e mais o porquê.
Chegaram na floresta lá para o meio-dia, não sentiam fome porque já passara as horas comendo biscoitos que haviam levado para lá. Sentaram em um chão coberto por folhas úmida de um orvalho da noite anterior.

__ Finalmente chegamos. - Falou Kaio retirando de sua bolsa um revólver, isso fez com que Álex ficasse um pouco assustado.

__ Você trouxe um revólver seu louco?

__ Calma aí surtadinho, eu trouxe para nós se proteger, não sabemos o que podemos encontrar aqui.

__ É, você tem razão.- Suspirou Álex aliviado. __Vamos logo gravar essa assombração e dar logo o fora daqui.

Kaio riu, ver o irmão tremendo de medo o-deixava fora de si.

__ Calma, a gente não pode chamar um fantasma assim. Para eles aparecer tem que haver um sacrifício né?

__ Sacrifício?

__ Calma Álex, não é um sacrifício que você está pensado, é tipo ser uma isca entendeu?- Explicou Kaio.

O Garoto da foiceOnde histórias criam vida. Descubra agora