Às vezes parece que eu estou destinada a ser assim, a seguir regras pro resto da minha vida. Meu pai tinha esse pensamento, que eu deveria seguir regras,e minha mãe falava que eu não deveria escutar isso, ela dizia que eu deveria seguir o meu coração com sabedoria.
Meu nome é Elizabeth Butler, tenho 16 anos e sou uma princesa. Meu pai e eu estávamos indo para o velório da minha mãe pela tarde, na qual havia falecido.
Era muito triste ver o corpo de Tate Butler, dela em um caixão, totalmente sem vida, e pálida, era como se eu tivesse perdido uma metade de mim. Meu pai chegou comigo e me abraçou.
Era um momento muito ruim para todos naquele dia, em que perderam a sua rainha. Eu fiquei muito arrasada com essa situação, eu não parava de chorar em momento algum.
Quando o velório acabou pela parte da noite, meu pai nos levou para comer, porque ele sabia que se a gente fosse para casa agora, eu não sairia do quarto por nada, nem para comer.
Então nós fomos em um restaurante, para nos alimentarmos antes de chegar em casa, eu não queria comer, mas ele me forçou, disse que era para eu comer alguma coisa antes de irmos para casa.
Pedir somente uma salada, e um frango para comer, eu não queria comer muita coisa, eu só queria ir para casa, me jogar na cama, e dormir como se não houvesse amanhã.
Quando chegamos em casa, fui diretamente para o meu quarto, fechei a porta quando cheguei nele, e fui me preparando para o meu banho. Coloquei meu roupão, e fui diretamente para a banheira, e coloquei uma música bem calma para ouvir.
Mas então, escutei um som estrondoso, o som da janela quebrando. Eu desliguei a música rapidamente, e peguei meu roupão para ver o que tinha acontecido. Logo em seguida, me deparei com um menino entrando pela janela e caindo no chão.
Me assustei quando ele entrou pela janela, e simplesmente, dormiu, ele não aparentava estar desmaiado. Peguei algo semelhante a um palito, que estava ao lado da porta e o cutuquei, para saber se ele ainda estava acordado. Ele não se mexeu, parecia realmente estar desmaiado.
Peguei um lençol do closet e um travesseiro, e coloquei no chão. Levei ele mais para dentro, deixando ele dormir, o embrulhei e ajeitei o travesseiro. Ele não parecia ser alguém ruim, era só um moleque aquele garoto.
Fechei a porta, e fui me deitar. Fiquei pensando nele, “Quem deve ser aquele garoto e o que ele estava fazendo? Entrou de repente pela janela do meu quarto, como se alguém tivesse jogado ele aqui dentro.”
Não sei que horas ele vai acordar, talvez pela manhã ele acorde, mas eu preciso me preparar, não sei o que ele vai fazer ou falar quando acordar, mas é melhor eu estar preparada para quando ele acordar.
Dormi com algo semelhante a uma barra de ferro que tinha atrás da porta, tentei ficar acordada, mas não consegui, fechei meus olhos e adormeci, sonhei por toda a noite.
Lembrei de um momento que aconteceu comigo há anos atrás, quando eu vi um menino, eu o reconheci de algum lugar. Quando eu era criança, eu sempre vivia dentro do meu quarto. Só havia uma janela na qual me possibilitou ver tudo que acontecia do lado de fora, então, eu vi meninos brincando com uma bola, lá fora, um deles me chamou muito atenção, o nome dele era Diego.
Ele estava brincando com os amigos, parecia que ele era o mais novo, porque todos eram mais altos, e possuíam vozes bem mais grossas que a dele. Ele era o único pequeno.
Fiquei olhando eles brincarem, até que o Diego percebeu minha presença, e viu que eu estava olhando para ele, então ele deu um tchau para mim, mas então, meu pai entrou no quarto e fechou a cortina da janela rapidamente, e ordenou que eu nunca mais acenasse para moleques de rua, “Eles podem ser bandidos” ,disse ele. Me entristeci ao ver meu pai fazendo isso comigo.