Capítulo.Um

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- Você conseguiu uma amostra do que ele estava tomando antes de colapsar? - Perguntou Snape quando a diretora McGonagall adentrou seu escritório.

- Por sorte senhorita Granger foi inteligente em trazer com ela o copo de cerveja amanteigada que o senhor Potter estava bebendo. - A diretora deixou um vidro fechado sobre a mesa do moreno.

- Alguma ideia de quem possa ter feito isso? - Snape precisava do máximo de informação para fazer um antídoto.

- Alguns dizem ter visto Belatrix saindo do Três Vassouras pouco antes do Potter colapsar. - Explicou a mulher com calma.

- E eu achando que depois que derrotássemos o Lord das Trevas ele estaria seguro. - Snape pegou o vidro transparente e começou a observar o líquido em seu interior.

- Nem todos foram capturados ainda. - Relembrou Minerva.

- E alguns além de serem julgados inocentes ainda recebem uma Ordem de Merlin. - Snape disse com raiva em sua voz.

- Severus! Você nos ajudou, você protegeu Potter, ele nunca deixaria você acabar em Azkaban. - Minerva odiava quando Snape fazia tão pouco caso de si mesmo.

- Eu deveria ter morrido na casa dos gritos naquela noite. - Severus não olhava para a mulher.

- Mas não morreu. - Minerva já estava cansada da conversa. - Se precisar de algo mais para encontrar a cura para o que quer que aconteceu com Potter, procure a Papoula.

A mulher não esperou resposta, apenas saiu da sala de Snape. E o homem odiava quando a diretora agia de uma forma tão parecida com Dumbledore.

Como se Severus pudesse esquecer que teve sua vida salva por Potter, e pela maldita poção que ele e Granger haviam preparado com o veneno de Nagini. Um veneno que Snape não sabe até hoje como os dois haviam adquirido.

*

Severus passou longas horas examinando e testando o que havia na bebida de Harry. E quando descobriu dois dos ingredientes não ficou nada feliz, na verdade o homem ficou preocupado. Hemeróbio e Tentáculo Venenoso, nenhuma poção feita com esses dois ingredientes era algo bom.

E o pior, era que Snape não fazia ideia de que poção usava esses dois ingredientes. Era como se todo seu conhecimento fosse inútil. Mas ele não deixaria Potter morrer para uma poção depois de ter protegido o garoto por tantos anos.

O homem precisava de mais informações sobre como a poção estava agindo em Potter, e quanto tempo ele tinha para evitar que o dano no garoto fosse permanente.

Em pouco tempo ele havia saído das masmorras e estava na enfermaria, vendo que o moreno estava deitado na cama junto de seus amigos. E para a infelicidade de Snape, Harry parecia muito pior do que o homem imaginava.

- Senhorita Granger, senhor Weasley.

Os dois alunos olharam para o professor, eles não queriam sair de perto de Harry mas era necessário. Para o bem de Harry o casal faria de tudo para ajudá-lo, incluindo deixá-lo com Snape.

Assim que os dois alunos saíram da enfermaria, Snape colocou feitiços de proteção para que ninguém escutasse a conversa deles, e transfigurou a cadeira ao lado da cama de Potter em uma confortável poltrona para se sentar.

- Como você está? - Perguntou o homem.

- Desejando estar morto. - A face de saudável que Harry tinha em frente aos amigos foi deixada de lado, o menino não estava nada bem.

- Eu consegui descobrir o que foi usado na poção, mas eu ainda não sei que poção é essa.

- Se você não tem ideia eu posso simplesmente aceitar a minha morte. - Harry se deitou outra vez na cama, ficando deitado de lado olhando para o professor.

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