Close - malila

first date

N REVISADO

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Maraisa P.O.V

Chocada. Foi assim que fiquei quando entrei no apartamento de Marília. Era simplesmente enorme e lindo. Para quem passou a vida quase toda trancada em um ligar minúsculo, aquilo era incrível.

As paredes claras, os móveis bonitos e aconchegantes, uma parede totalmente de vidro dando mais claridade e uma vista linda.

Alguns dias se passaram e eu não poderia estar mais feliz. Meu pai passou dois dias conosco e Marília cada dia mais conquistava minha família e a mim com sua atenção, seu carinho e cuidado. E hoje estou nervosa pois ela cismou desde que minha mãe disse que meu aniversário foi a algumas semanas atrás e ela disse que iríamos comemorar hoje. Como já estou melhor, ela disse que iríamos sair. Pediu permissão para minha mãe que depois de saber se não teria perigo de algo nos acontecer deixou que eu fosse com ela.

Estava nervosa porque andei conversando muito com Luísa, e ela insistia em me" ensinar a arte do amor," segundo as palavras dela, e me explicou sobre relacionamentos e encontros e disse que o que eu e Marília teríamos era um encontro, o que me deixou nos nervos. Nunca imaginei que teria um encontro algum dia, mas eu não poderia pensar em ninguém melhor do que a lila pra ter meu primeiro encontro.

~X~~¤~

Estávamos no seu carro já algum tempo, e eu me perguntava onde Marília estava me levando. Luisa me disse que geralmente em encontros a pessoa te leva para jantar em restaurantes ou em cinemas ou parques, essas coisas e seja lá onde ela estava me levando era um pouco longe.

O caminho estava sendo silencioso, somente quebrado por uma músicas que tocava baixinho no carro. Eu estava nervosa e podia ver que ela também estava, mas o silêncio ao seu lado não era estranho, na verdade era muito confortável. Não era preciso assuntos banais porque só a companhia uma da outra já nos fazia bem. Mas eu era muito curiosa.

-Vai Mali. Diz onde estamos indo...por favor.

-Calma pequena não estamos longe.

-Você já disse isso a um bom tempo atrás. - Fiz

hiquinho para tentar chantagear como Luisa disse que eu fizesse caso quisesse alguma coisa dela.

-Não faz essa carinha pequena. Sabe que é golpe baixo.

Ela esticou a mão e fez carinho em minha bochecha e eu fechei os olhos para aproveitar as sensações que seu toque me causava e então quando ela iria afastar sua mão eu segurei colocando-a em meu colo entrelaçando nossos dedos, ela sorriu olhando a estrada a nossa frente.

-Olha, eu disse que não ia demorar. Nós chegamos.

Olhei para frente quando o carro parou e minha boca abriu...era lindo. Marília saiu do carro e abriu a porta para mim estendendo a mão e eu segurei sem tirar os olhos da vista em minha frente.

-Eu sempre venho aqui para pensar. -Marília quebra o silêncio me levando pela mão até a frente do carro. — Esse penhasco é meu lugar secreto porque quase ninguém conhece. Eu o descobri por acaso e desde então venho aqui,é lindo, não é?E como....

-É lindo. Nossa mali....eu nunca tinha visto nada assim. Ela sorriu apertando minha mão.

-Espera um pouco aqui.

Marília me deixou ainda admirando as luzes da cidade transformada em pontinhos brilhantes que se fundia com o céu totalmente estrelado, e correu para atrás do carro trazendo de lá um lençol vermelho, uma cesta e uma coberta.

Ela estendeu o lençol no chão quase na beirada do penhasco, e pediu que eu me sentasse e tirou algumas coisas para comer e beber, e colocou uma música baixinha no carro que tinha as portas abertas e os faróis baixos para iluminar um pouco, mas ela acendeu duas velas entre as comidas a nossa frente tornando todo o momento o mais perfeito e lindo possível.