capítulo 01| lana🧬

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Em um mundo onde seres místicos são impossíveis e inexistentes -na visão dos humanos- eu nasci, filha de um humano e uma "criatura desconhecida". Meu pai nunca me disse como é a minha mãe ou oque ela é, ele provavelmente tem medo de que eu seja algo parecido com ela ou até pior.

Ele sempre evitou me falar sobre ela, toda vez que eu tocava no assunto ele mudava drasticamente o rumo da conversa para algum tema aleatório, tinha vezes que ele se estressava e começava a jogar as coisas no chão, na parede e em qualquer lugar menos em mim. Meu pai nunca me bateu ou levantou a mão pra mim, ele só brigava, me colocava de castigo e me deixava sem celular -uma coisa que eu acho extremamente inútil porque eu tenho um notebook- para me "punir".

Ele tentou se relacionar com algumas mulheres ao longo dos anos, mas nenhuma delas ia com a minha cara ou era muito arrogante e dissimulada. Exceto a nossa vizinha, a senhorita Marta, ela é um doce de pessoa, sempre tratou ele e a mim super bem. Eu sempre disse ao meu pai que ela é a pessoa certa pra ele, mas ela insiste em dizer que a minha mãe "sempre será o seu amor" e que no dia que a encontrar iria resolver tudo com ela e seriam "felizes para sempre"

Eu sinceramente não acredito nisso, ele tem que seguir em frente e não se apegar ao passado, uma mulher que só fez merda na vida dele e na minha, que me abandonou e abandonou a ele. Aquela mulher deixou ele, um homem jovem e inexperiente pra cuidar de uma bebê sozinho. Por sorte ele sempre teve a ajuda das duas senhoras que moram ao lado, eu amo muito elas, a duas são como minhas avós postiças, tenho muito carinho e gratidão por elas.

Atualmente eu tenho 17 anos, trabalho, estudo no segundo ano da escola e nas horas vagas eu treino junto com o meu melhor amigo -Adryan- ele sabe do meu segredo e me ajuda a melhorar na luta, porque segundo ele, eu posso ser atacada a qualquer momento por alguma coisa -pura bobagem da mente dele, mas até que eu gosto de saber defesa pessoal, artes marcias e outros tipos de luta- não que não fosse possível isso, claro que sempre tem aquela chance de acontecer.

Eu sou uma das melhores alunas das classe, não querendo me gabar, tenho notas maravilhosas e sou queridinha dos professores e funcionários de lá. Só não estou em primeiro lugar por causa da outra "querida" que se acha melhor do que todo mundo e sempre puxa o saco do diretor -literalmente- o pai dela não sabe sobre isso, ele só "banca a escola", se ele soubesse do caso da filha perfeitinha -ana- com o diretor, a escola se afundaria pois é praticamente bancada pelo pai daquela putinha.

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Neste exato momento eu estou na escola "ignorando" a tudo e a todos. Hoje meu humor tá péssimo, com cólicas e tpm, ainda por cima, pra piorar, aquela puta da Ana não calou a merda da boca por um segundo sequer desde que chegou. Até o professor não tá mais aguentado a voz insuportável daquela vadia, ele não pode fazer nada sobre o assunto, mas eu por outro lado...

- Escuta aqui, dá pra você calar a merda da sua boca por um instante?! - falo quase gritando me levantando da mesa apoiada nela.

- Como é que é?! - a loira diz se virando e levando pra mim - repete, acho que eu não ouvi direito - fala com a voz insuportavelmente sinica.

- Tá surda por acaso?! Faltou o dinheiro pra comprar cotonete? - falo no mesmo tom só q debochada, já estava sem paciência alguma.

- Com quem você acha que tá falando garota?! - só de continuar ouvindo ela dá até uma vontade de vomitar.

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