Dia de Folga

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— Eu… eu quero tentar.

A atenção de Bakugou imediatamente se redirecionou para seu companheiro no meio da sala com uma expressão reprimida de determinação, ele conhecia muito bem aquela expressão de que Izuku estava inseguro, porém que não iria desistir facilmente e isso costumava ser uma pedra no sapato de Bakugou se ele não cedesse logo.

Os olhos vermelhos analisaram Izuku de cima a baixo, aquela convicção permaneceu intacta no rosto dele.

— Você tem certeza? — Katsuki proferiu baixo depois de um longo momento de silêncio.

— Tenho. Eu quero tentar, Kacchan. Hoje.

Bakugou suspirou passando a mão pela nuca e cabelos, depois fechou o jornal sem chances de continuar a lê-lo.

— Venha aqui.

Izuku deu um caminhar rígido e se sentou ereto no sofá.

— Não fique tão nervoso — brincou Katsuki colocando a mão na nuca de seu companheiro e fazendo carícia com os dedos.

O aroma de caramelo e canela foi liberando ondas calmantes que relaxaram Izuku aos poucos conforme as inspiradas longas e profundas absorviam o cheiro de seu companheiro.

— Desculpe. Eu só… — Bakugou o incentivou com um delongado "hm?". — Quero fazer isso funcionar.

— Nós vamos com calma — garantiu se aproximando do pescoço do outro para cheirá-lo.

Izuku deu acesso inclinando a cabeça para o lado expondo mais o pescoço, permitindo a Bakugou depositar singelos e amorosos beijos na pele sardenta. Ele deslizou o nariz por toda a extensão até encontrar a glândula de cheiro, inalando o aroma almíscar de hortelãs e capim limão, a língua escapou da boca para pegar o gosto dela, recebendo um baixo grunhido de aviso que Izuku rapidamente reprimiu.

Dando um apenas um olhar cuidadoso, Bakugou continuou com os beijos enquanto discretamente colocava uma das mãos na cintura do outro alfa com a outra fazendo carícias em suas costas. O alfa de Izuku pareceu relaxar perdendo a defesa e se entregando aos toques.

A boca de Bakugou subiu com três beijinhos no pescoço de Midoriya para se encontrar com a boca dele num beijo casto, mas não menos cheio de amor. As mãos de Izuku agarraram os bíceps de seu companheiro buscando apoio para começar a acariciá-lo também, passeando com as mãos e apertando seus músculos fortes.

Izuku suspirou no beijo fazendo eles se separarem apenas para ajeitarem a posição no sofá antes de voltarem a juntar os lábios num beijo mais exigente. As línguas dançavam dentro e fora da boca enquanto as mãos corriam soltas pelos seus corpos, apertando, massageando, provando a carne. Ninguém soube quem ou quando começou, no entanto em determinado momento ambos estavam ronronando satisfeitos, perdidos no calor e toque um do outro.

As carícias acaloradas pararam bruscamente quando Katsuki tentou uma ação ousada de enfiar a mão por baixo da camisa de Izuku para sentir seu peitoral, Izuku rosnou audivelmente mostrando as presas para seu companheiro e não parou até que ele recusasse. Segundos depois d'ele recuperar a consciência, ficou igual a um cachorro abandonado.

— Desculpe… desculpe… — pediu solenemente, quase chateado.

— Ei — chamou Bakugou —, não, não ouse fazer essa cara.

— Meu alfa ainda não parece estar de acordo com isso. — Apesar de querer soar descontraído, o tom saiu mais machucado do que pretendia.

— Você quer tentar em outra posição?

Izuku balançou a cabeça.

— Não, eu quero assim.

Querendo confirmar o pensamento, ele envolveu seus braços em volta do pescoço de Katsuki não o deixando se afastar.

Alfas Também [One-Shot]Onde histórias criam vida. Descubra agora