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Veja bem o que eu vou lhe contar, uma história sobre um médico qualquer, que não possui intenção nenhuma de viver.

Que foi afastado de seu trabalho contra sua vontade para se recuperar de um acidente trágico que ocorrerá em sua vida, voltava para casa com seus pensamentos a mil, pensamentos que martelavam sua cabeça a ponto de chegar doer, o médico pensava constantemente, "e se...", por mais que odiasse aquela ideia era como se seus pensamentos fossem seu pior inimigo, cogitando sempre tal ato em cada hora, minuto, segundo de sua vida, mas bem ali, bem ali, próximo de sua casa encontra um propósito para continuar, nem que seja apenas por aquela noite.

Encontra alguém, que também é um qualquer, um qualquer sozinho, assim como o médico, mas um qualquer Ferido que precisava de ajuda, hoseok precisava ajudar, queria ajudar, afinal, mesmo afastado temporariamente de seu emprego ele ainda era um médico e não poderia deixar aquele homem ferido, correu até ele na esperança de que ainda estivesse vivo, o garoto estava sentado na calçada encostado em uma árvore com a mão pressionando um ferimento em sua barriga que de longe já aparentava ser grave, de perto estava pior ainda.

Hoseok Perguntou se precisava de ajuda, mesmo sendo óbvio que sim, tinha que perguntar, não podia ser invasivo. O garoto negava dizendo que não precisava de ajuda de um estranho, mas era nítido que não estava bem.

-Me deixe ajudá-lo garoto – disse hoseok

-Sai fora – respondeu o mesmo

-Qual é, olha seu ferimento, eu posso te ajudar, pelo menos estancar o sangramento.

-Já disse que não.

-Que teimosia sua hein moleque, mas você quem sabe, quer que eu te ajude e não faça perguntas, ou quer ficar aqui sangrando até morrer? A escolha é sua.

-Babaca, eu disse que estou be... - antes de conseguir terminar o garoto cospe seu próprio sangue e desmaia no chão logo em seguida.

-Garoto idiota – disse, suspirando alto, pegando-o em seguida para levá-lo até a sua casa, mesmo o garoto dizendo que não queria a ajuda de hoseok, ele não poderia deixar ele ali naquelas circunstâncias, estava sozinho num lugar onde não tinha ninguém naquela hora da noite, provavelmente encontrariam ele morto pela manhã.

Hoseok não teve outra escolha a não ser levar o garoto para sua própria casa, sabia que era perigoso, ele era um estranho e pela gravidade de seus ferimentos parecia que estava fugindo de alguém, alguém com quem com certeza hoseok se arrependeria de cruzar caminho no futuro.

Chegou em casa e abriu a porta com muito esforço, pois o garoto não era nem um pouco leve, e aparentava ter o mesmo tamanho que hoseok, ou até alguns centímetros a mais, colocou o mesmo na cama em seu quarto, seus ferimentos eram graves, havia levado duas facadas no abdômen, e estava cheio de hematomas no rosto, e pelo corpo todo, e havia um corte superficial no braço, tudo o que hoseok pôde ver de imediato.

Os ferimentos na barriga eram mais graves, ele precisava urgente de uma transfusão de sangue, mas ir ao hospital estava fora de cogitação, hoseok sabia que o garoto fugiria assim que acordasse em um quarto de hospital, e isso resultaria em sua morte, já havia visto garotos como ele, garotos extremamente machucados, fugindo de algo ou alguém, hoseok sabia lidar com pessoas assim, já estava acostumado, e algo em sua cabeça dizia a hoseok para cuidar daquele garoto, e tinha um jeito, hoseok poderia fazer a transfusão de sangue para o garoto com o seu próprio, afinal o sangue de hoseok é O-, mas tem um problema , o sangue do garoto pode não ser compatível e isso dificultaria e muito as coisas, mas hoseok pensou ser um risco a se correr, afinal o garoto queria morrer ficando ali sozinho, ou era o que o médico achava.

Hoseok tinha tudo o que precisava em casa, pegou as coisas que precisava para tratá-lo num quartinho, e levou a maleta para o quarto onde o garoto estava, ele dormia, mas na verdade estava morrendo lentamente, seu corpo perdia sangue em uma rapidez assustadora, hoseok arrastou uma poltrona para o lado da cama, colocou uma agulha em seu próprio braço e tentou tirar o máximo de sangue que conseguiu e colocou numa bolsa sanguínea, não foi muito, pois não tinha tempo suficiente, não esperou a bolsa se encher por completo, tirou a agulha de seu braço e pressionou o local com um pedaço de algodão, pegou a bolsa sanguínea e procurou a veia do garoto em seu braço, inseriu a agulha e fez a transfusão de sangue, hoseok esperava de verdade que aquela transfusão desse certo, que o corpo do garoto aceitasse seu sangue, se não, ele teria sérios problemas em explicar esse garoto morto em sua cama para a polícia.

My Dear Broken Angel | vhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora