Capitulo 1

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O mar estava revolto quando o navio de Moby Dick se aproximou da ilha obscura, envolta em neblina. Os rumores sobre o monstro que habitava aquele lugar tinham chegado até ele, e sua curiosidade e senso de dever o impulsionaram a investigar. O capitão era um homem de poucas palavras, mas sua presença imponente falava mais alto do que qualquer discurso.Enquanto a tripulação se preparava para desembarcar, um dos marinheiros, conhecido por seu jeito irreverente, gritou:— Olha só, senhore Dick! O que vamos fazer com esse monstro? Ele vai nos fazer dormir como bebês!A irritação de Moby Dick era palpável. Ele se virou lentamente, seus olhos azuis como o oceano profundo fulminando o marinheiro. — Meu nome é Moby. Não sou "senhore Dick". O marinheiro engoliu em seco e desviou o olhar. Moby não tolerava desrespeito, e isso era uma regra clara a bordo de seu navio.Desembarcando na areia escura da ilha, Moby sentiu a tensão no ar. Sabia que o monstro adormecia qualquer um que se aproximasse. Ele precisava encontrar uma maneira de enfrentá-lo sem sucumbir ao seu poder hipnótico.Os membros da tripulação começaram a se dispersar, inquietos e nervosos. Moby os parou com um gesto firme da mão. — Fiquem juntos! Não se afastem!Eles concordaram em silêncio, mas a ansiedade crescia à medida que avançavam pela densa vegetação. Após horas de busca, ouviram um rugido profundo que fez a terra tremer sob seus pés.— É ele! — sussurrou um marinheiro.Moby manteve-se calmo. Sabia que precisava ser rápido e estratégico. Eles chegaram a uma clareira onde o monstro dormia, uma criatura colossal coberta de escamas brilhantes e olhos fechados como portões de ferro.Com um plano em mente, Moby retirou sua espada reluzente e olhou para os homens ao seu redor. — Precisamos distraí-lo. Um de vocês deve chamar sua atenção enquanto os outros se posicionam.Um dos marinheiros hesitou. — E se ele nos adormecer?Moby lançou um olhar penetrante para ele. — Se não fizermos nada, estaremos todos perdidos.Os homens concordaram com relutância e escolheram um voluntário corajoso para se aproximar do monstro enquanto os outros se escondiam atrás das árvores.Com um grito ousado, o marinheiro chamou a criatura. O monstro abriu os olhos lentamente; eles eram como poços profundos de sono eterno. Mas Moby estava pronto. Ele correu rapidamente em direção ao monstro antes que pudesse hipnotizar seu amigo.Ele usou sua força e habilidade para desferir golpes precisos na criatura, evitando os ataques enquanto se movia com agilidade impressionante. O som do metal contra as escamas ecoava pela clareira.A luta era feroz, mas Moby não cedeu. Ele sentiu a energia do mar dentro dele e canalizou essa força em cada golpe desferido.Finalmente, após uma batalha intensa, o monstro soltou um rugido ensurdecedor antes de cair inerte no chão, derrotado.Moby respirou fundo, olhando para seus homens que emergiam da vegetação com expressões de alívio e admiração.— Vamos embora desta ilha — disse ele com firmeza. — O mar nos espera.E assim, com o monstro derrotado e a honra restaurada, Moby Dick liderou sua tripulação de volta ao navio, deixando para trás não apenas uma ilha cheia de mistérios, mas também provando mais uma vez que sua força era igualada apenas por sua determinação implacável.

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