𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐨 |• 𝐑𝐞𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨

9 1 0
                                    

Amellyan Klaen

25 de outubro. 6:30 Am

Os raios do sol começaram a surgir através da janela da cozinha, fazendo com que o ambiente ficasse mais claro. O cheiro de fritura era nítido e o ranger estridente da panela causava um leve incomodo. Então um ovo mexido para o café da manhã estava pronto.

Me assentei em uma de quatro cadeiras da cozinha pensativa enquanto cutucava alguns pedaços do ovo estilhaçado. Faltava pouco pra em fim melhorar minhas abilidades na música em uma nova escola.

Devido as melhores condições de vida, consegui mudar para outra instituição aqui em Leipzig. Pra uma que de preferência tem aulas de música.

Não havia mais ovos no prato, agora ele se encontrava vazio. Me levantei e o deixei na pia junto de outros pratos sujos.

Fui até meu quarto e troquei meu roupão pelo uniforme escolar, que tinha a sua parte superior como uma camiseta social branca com uma gravata vermelha, enquanto a parte de baixo tinha como uma saia rodada com tons azuis.

Antes mesmo de tomar café, eu já tinha tomado um banho, então apenas me vesti.

Prontamente peguei uma escova e passei apressadamente pelos meus cabelos seguindo para a saída. Peguei minha mochila pendurada no cabideiro de bolsa e sai fechando a porta.

— Haha! A pequena Amy ficaria orgulha de mim. Estudando e trabalhando, como ela sempre quis! — Falei cínica enquanto descia às escadas o mais rápido possível.

Parei ao ver que já estava do lado de fora do prédio e aguardei inquieta a chegada do ônibus e aparecia no final da rua.

— Achei que tinha me atrasado, pelo visto ainda são 6:55. Bem na hora!

Ele parou em minha frente e as portas se abriram, subi alguns degraus e vi um corredor de adolescentes desconhecidos sentados. Fudeu

Só tinha mais um lugar, ao lado de uma menina com cabelos um pouco encaracolados. Era a única opção.

— Bom... — Suspirei indo até a segunda fileira a esquerda. — Posso me sentar com você?

— Anh? — Respondeu antecipada com o seu rosto um pouco franzido. — Ah assim, pode! — Ela sorriu amigável.

— É nova na escola? — Perguntou sendo direta.

— Sim! A propósito, me chamo Amellyan. — Sorri em retribuição estendendo minha mão a ela

— Ah, que nome lindo! E eu me chamo Gardennya, mas pode me chamar de Garden. — Riu levando sua mão até a minha.

— Nossa! Que nome maravilhoso, eu amei! — Curiosa, decidi tirar uma dúvida. — Olha não é querendo ser uma stalker e tals. Mas, qual é a sua primeira aula?

A garota deu algumas gargalhadas que chamaram um pouco de atenção e disse.
— Você se parece tanto comigo. Se eu não me engano... É música! Se quiser posso te apresentar a escola depois dessa aula.

Que sorte do caralho...

Meus lábios logo alagaram-se em um sorriso ao ouvir aquilo. Imediatamente falei entusiasmada.
— É sério! Não posso acreditar, você também toca algum instrumento? A minha primeira aula é a de música também. — Disse sabendo que nem precisaria de resposta, mas eu estava curiosa para saber qual era aquele instrumento.

— Sim, eu toco piano! Hahah só pode ser obra do destino unindo duas artistas, não acha? Mas a final... E você? O que toca?

Nossa um piano! O pessoal dessa escola é realmente rico.

— Ah eu toco guitarra... Mas — Fui incapaz terminar, pois Gardennya tomou a fala.

— Tá brincadeira né!? Me ensina? Sabia que só tem um único guitarrista nessa aula? Te juro, ele é lindo, parece até um sonho lúcido. E o irmão, ai só de pensar. — Ela me fez vários questionamentos e em seguida sorriu
enquanto olhava a janela vendo a rua em movimento.

Pelo visto, eles também adoram fazer perguntas, rs.

Um tempo se passou e a conversa foi fluindo cada vez mais, também descobri que o tal guitarrista da sala é admirado por todas às meninas da escola. Meu Deus!

Enquanto conversamos sobre as regras da instituição, o ônibus foi perdendo cada vez mais a sua força. Ele parou em frente a uma grande escola, parecia até uma universidade.

Ela era gigante, muito maior que a minha antiga. Me pergunto como consegui pagar a mensalidade disso.

Levantamos e rapidamente ela agarrou minhas mãos e saiu correndo em meio aquele tanto de adolescentes que se assemelhavam a zumbis, e eu só conseguia rir com toca aquela situação.

— Meu Deus! Eles não tem sangue fluindo não, são todos anêmicos? — Questionei rindo com preocupação.

— Nada! Só não tomaram café hoje, como todos os outros dias. — Ela riu e continuamos correndo até enfim chegarmos a sala de música.

Haviam algumas pessoas sentadas, outras conversando, e algumas mexendo em seus instrumentos.

Garden se pôs em minha frente e começou a me explicar coisas sobre a sala.
— Olha que legal! A escola tem seus próprios instrumentos, então você não precisa desgastar a sua guitarra trazendo pra cá. Facilita muito pra mim também, já que não tem como trazer um piano todos os dias pro colégio.

Enquanto ela explicava percebi um pouco de longe uma guitarra pendurada em uma parede branca a direita. Ela se destacava por ser preta e estava perfeitamente centralizada.

— Olha que guitarra linda! — Apontei a guitarra e me aproximei aos poucos e vi pelo seu braço que era uma Gibson. Meus olhos se arregalaram. — Caralho! — Levantei a ponta de meus pés levemente e agarrei a guitarra com cuidado. — Eu nunca trisquei em uma guitarra assim. Essa mesmo, é mais cara que minha casa. — Afirmei a olhando encantada, olhando para cada canto seu.

Ao lado havia um banco, me sentei para não me dar dores nas costas, já que uma guitarra de uns 5kg estava na minha mão. Ajustei a afinação e deslizei a ponta de meus dedos pelas suas cordas.

— Que som incrível ela faz! Imagina se estivesse em um amplificador? — Ditei curiosa. Pouco tempo se passou e logo duas pessoas extremamente idênticas entraram. Mas uma, era familiar demais.

Me lembrei! Era exatamente quem eu pensava ser.

— Céus! É o cara do meu sonho... Era um sonho!? — Disse baixo o suficiente, saindo como um pensamento que escapuliu de minha boca contra a minha vontade. Mas  Gardennya me ouviu e olhou confusa, como se estive tentando decifrar minhas falas. — O que é? Por que tá me olhando?

— É ele! O guitarrista que eu te falei, e o do lado é o seu irmão. Ele canta. O Bill... — Ela olhava para eles junto a mim com um olhar doce, assim como as suas falas que antes os descreveram.

Por que as meninas estão olhando pra eles de uma forma tão dócil?

Ambos olhavam para todos o cantos daquela sala minuciosamente, até as suas atenções serem tomadas em nossa direção.

O de dreads me encarou tão profundamente e com os olhos cerrados, enquanto o de cabelos espetados me olhou confuso. Aqueles olhos pareciam uma hipótese intensa

O que será que eu fiz? Tem algo em mim? Será que o guitarrista me reconheceu e aquilo não foi um sonho? Ahhh! Minha cabeça está em confusão!

_________________________________

𝐍𝐨𝐭𝐚 𝐝𝐚 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐫𝐚

Segundo capítulo aqui pra
vocês! Espero muito que vocês
Tenham gostado desse reencontro. Bom, será que ele reconheceu a garota?

Enfim, a aparição dos nossos outros dois protagonistas me deixou empolgada!

Tchau tchau gatitos e gatitas!

Não esqueçam de de deixar a estrelinha pra ajudar a autora e comentar pra ajudar na criatividade.🌟

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 23, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Solos Soam Ao Meu Favor - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora