a última espera

148 11 6
                                    

Avisos: esse é provavelmente o Luciano mais OOC(fora do personagem) que já fiz, mas tem motivo eu juro

Essa história foi inspirada no arco de fontaine de genshin impact

Recomendação de música para o capítulo: La vaguelatte - genshin impact

~°•°~°•°~°•°~°•°~°•°~°•°~°•°~°•°~°•°~°•°~°•

Desde que se entende por gente, ele sempre amou histórias - principalmente - os romances, o príncipe salvando a princesa, os inimigos se tornando amantes, o casal que surge em meio ao caos, as declarações, os momentos fofos, a primeira vez com a pessoa que ama, tudo isso fazia seu estômago embrulhar de forma boa e sua mente imaginar como seria sua alma gêmea.

Mas é claro que desde que seus chefes souberam disso falaram para ele esconder isso, porque os outros poderiam tratá-lo com fraco ou alguém que não merece respeito. Começou a trabalhar nesse personagem que o mundo deveria ver como “Brasil” desde que Don Pedro II assumiu o poder com o golpe da maioridade.

É claro, esse não era o único motivo, ele era frágil, facilmente subjugado, uma baixa alto confiança, era um fracasso completo para um símbolo nacional. Ele queria melhorar, se tornar útil e como um bom menino, se entregou a missão que lhe deram.

Foi um trabalho árduo de mais de 100 anos para aprimorar sua máscara para o exterior, não havia mais rachaduras, nem relevos, estava perfeito no papel do que todos esperavam dele.

Mas logo descobriu que mentir para fora não era suficiente, tinha que fingir para dentro também, então criou oque chamou de “Brasil interior” e “Brasil exterior”.

O exterior sendo o extremo da sua caracterização e mentira, e o interior a versão mais leve de se aguentar no dia a dia. Mas você deve se perguntar; “ e a versão sem nada disso?” Bom, essa versão era guardada para quando ele estava sozinho em seu quarto, onde ele poderia ser só luciano e nada mais.

Só Luciano, um rapaz que gosta de conhecer pessoas, que é desastrado, sensível, meio chorão, determinado e inseguro.

Era cansativo sim, mas já fazia isso a 183 anos, oque era mais um dia?

A única coisa que o salvava de enlouquecer era que ele ainda mantinha aquela ideia infantil de que iria conhecer sua alma gêmea e que ela o amaria mesmo com seus defeitos e que poderia pelo menos uma pessoa a quem poderia contar, mas é claro que passaram anos e essa pessoa não apareceu.

Tentava contornar a escuridão que crescia em seu peito toda vez que pensava nisso - como - “ isso é uma emoção humana, talvez só funcione com eles, por terem vidas curtas”.

É

Tinha que ser isso
Só podia ser isso…

Mas ficava cada dia mais difícil seguir com esse pensamento quando ouvia as histórias de que Afonso e Yao tinham um caso, e tinham até filho, Arthur e Francis com seu relacionamento ambíguo de séculos, Ivan e Alfred, entre outros. Tentava e tentava muito convencer-se que isso só era algo passageiro, mas parecia ficar mais claro e evidente que não era.

Pensava “porque eu?” “ oque tem de errado comigo?” “porque todo mundo vai embora?”

Ele se lembra de quando Uruguai ainda era cisplatina, estavam no castelo imperial, ele estava lá para resolver uns assuntos e ir embora, mas choveu, Luciano pediu para ele ficar. Chegou a noite, estava um clima agradável, mas o indígena olhou para as íris azul mar do menor, se perdeu neles - tão lindos - queria ver mais de perto, estavam tão perto que suas respirações se misturavam - foi quando aconteceu - seu primeiro beijo, os lábios de Sebastian eram tão macios e ele beijava tão bem, ele sorriu, deixando o moreno envergonhado, eles adormeceram virados um para o outro.

A Máscara Onde histórias criam vida. Descubra agora