Um gato, uma aberração - Parte 2

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Cell não sabe realmente o que é pior, A Guerra ou Alcatraz, e ele achava que ser uma criança soldado/bucha de canhão era o pior que ele conseguiria chegar, mas aparentemente não já que o diretor da prisão parece ter um prazer doentio em torturar seus prisioneiros e é ainda pior com os poucos híbridos da prisão.

Ele guarda sua forma felina como uma carta na manga para alguma tentativa de fuga, por mais minúscula que sua esperança seja atualmente.

Cell assiste os guardas passando pela janela minúscula de sua cela permanente na solitária, antes que um se aproxime da sua com uma bandeja de comida nas mãos.

“O que você pensa que está fazendo” A figura do diretor surge em frente a porta de sua cela parando o movimento do guarda,“Senhor?” O guarda pergunta olhando para o diretor assustado, “Não precisa dar comida para ele” O homem diz com um tom de desdém como se falasse com uma criança, “M-mas, senhor o prisioneiro não come a dias” o guarda explica receoso para o homem.

“Ora, mas que engraçado, eu não vejo nenhum prisioneiro na cela” O diretor fala olhando para a cela seu tom quase saindo como uma risada, fazendo até mesmo o guarda recuar.

“Eu só vejo um animal imundo” O olhar do homem é frio e arrepia involuntariamente a cauda de Cell, suas orelhas pressionadas contra sua cabeça com sua irritação. “E nós temos que alimentar apenas os prisioneiros não os animais” O diretor diz com um sorriso sádico e batendo a porta da cela, deixando o gato no escuro.

Cell sabia que esse ciclo se repetiria por algum tempo se ele não fizesse nada a respeito, já que o abuso e negligência por parte do diretor e dos guardas de alto escalão contra híbridos se mostrou algo comum.

Ele ainda se lembra do dia em que acordou no meio da noite e assistiu a forma desdenhosa com que uma dupla de guardas arrastava o corpo seco e meio apodrecido de um híbrido de pássaro para o necrotério. ele apesar de negar ainda tem pesadelos com os olhos vazios e desesperados que o corpo tinha e com as penas que caem do que sobrou de suas asas formando um caminho macabro.

Cell temeu acabar como a ave, apenas mais um híbrido que morreu pelas mãos vis desta prisão abandonada por deus.

Então ele se esforça para conseguir o único trabalho que ele sabe que o garantirá alguma forma de conseguir pelo menos um pouco de comida, e consegue contra todas as possibilidades um trabalho na cozinha da prisão.

Claro, Cell sabe que os guardas estão apenas esperando o menor deslize para que ele seja novamente jogado às traças e deixado para apodrecer. Ele tem certeza que o próprio diretor está focando todas as câmeras possíveis nele.

O gato pode sentir como os pelos de sua nuca estão constantemente arrepiados, e isso faz com que ele sinta ainda mais ódio do diretor por fazer suas orelhas doerem ainda mais do que o normal por baixo de seus óculos de tanto que as mesmas se apertam contra seu crânio.

Com o problema de comida solucionado agora faltava resolver o problema ligado aos outros prisioneiros que o viam como presa fácil por conta de suas partes felinas sensíveis e o óbvio “Privilégio” que eram liberados pelos guardas para que ele e os outros prisioneiros híbridos virassem saco de pancadas, ou fossem forçados a ceder seus corpos como prostitutas da prisão,

Oh Cell sabe que ele já esteve no fundo do poço diversas vezes, mas ele se recusa a ir tão baixo para se degradar assim então com alguns meses de esforço e uma quantidade razoável de ameaças maníacas e violentas graças a ele ter acesso fácil a uma faca.

Cell consegue impor o respeito necessário para se manter alto e temido na hierarquia da prisão e criar sua própria facção que o mesmo chama de Rayquaza.

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⏰ Última atualização: Nov 27, 2023 ⏰

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Kitty Cellbit ataca (Aceitando Pedidos)Onde histórias criam vida. Descubra agora