A descoberta do final? Ou o início de um?

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Antes dos guardas entrarem, comecei a ouvir vozes. Não sabia de onde estavam vindo e nem de quem eram. Os guardas tentaram abrir as portas e janelas de todos os jeitos, era evidente que mesmo com o nosso silêncio, eles sabiam que tinham alguém alí.
Depois de muito tentarem, eles conseguiram quebrar a porta, e foi aí que eu soube que as vozes que eu estava ouvindo... Eram deles. Eu conseguia ler as mentes deles, eu estava dentro das mentes deles. Mas como isso era possível? Então por instinto e como um vislumbre do passado eu fiz com que rapidamente todos eles pegassem suas armas e atirassem em si próprios.
Percebendo oque fiz, a Aurora se assusta. Mas não com os guardas, e sim comigo.
- Victoria, oque você fez?
A Aurora me pergunta assustada.
- Eu não sei Aurora, só senti que ia nos salvar e deixei esvair.
Respondo eu também extremamente assustada com oque acabei de fazer. A única coisa que consegui pensar foi em sair correndo dali. Mas pra onde eu iria agora? E a Aurora? Oque vamos fazer? Nesse momento, aparecem dois cavalos na porta. E dizem para mim que vão me tirar dali. Dizem que também eram amigos da Verena e que vão me ajudar, vão me levar para um outro lugar. Eu confio neles, e acredito que qualquer lugar será melhor que aqui, pelo menos nesse momento.
Então subimos nesses cavalos prontas para uma triste aventura. A caminho desse novo reino, velozes na galopada o cavalo da Aurora pasa por uma armadilha e cai em cima dela. Eu paro na hora e desço para ajudá-la, até perceber que ela caiu em cima de um pedaço de tronco que está transpassado na suas costas.
- Victória... Por favor, me ajude...
Ela diz sem forças. E eu vejo que ela está sangrando muito.
- Aurora se acalme por favor...
Eu digo, chorando muito e com medo de perder ele ou ela novamente. Tento usar os meus poderes, me esforço, tento pensar em algo para ajudá-la, mas simplesmente não acontece nada. Meus poderes não funcionam, e eu olho para a Aurora, só que ela já se foi. Ela não está mais lá, eu perdi novamente. E começo a gritar em cima do seu corpo ensanguentado.
Nesse instante eu sinto algo perfura o meu peito, e vejo uma espada. Olho para trás, tentar entender oque está acontecendo agora comigo também. E quando me viro, vejo o meu pai, ele que me deu um golpe de espada. Nesse instante minhas vistas se escurecem e caio no chão. E me sinto acordar de um longo sonho...
Percebi então que estava em uma sala branca, amarrada em uma cama. Nesse quarto tinha um quadro na parede que estava escrito: Ala dose 12 paciente perigoso. Então eu me lembro de tudo... Toda essa minha história que contei para vocês até aqui, não passou de um sonho bem longo após todos os sedativos que me deram. Pois estou presa em um hospital psiquiátrico há 5 anos.

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