Prólogo

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Oi! Tudo bem? É... eu me chamo Ayumi Oshima Kato, mas todos me chamam de apenas Ayumi. Eu possuo um pai com a família inteira Japonesa, viemos de Yokohama, que é uma cidade japonesa localizada no sul de Tóquio...

Bem, não me importa. Se ninguém há curiosidade em saber sobre o Japão, não sou eu quem deveria estar ensinando ao ponto de perder o meu tempo por aqui. Não, eu não estou sendo ignorante... ah! Deixa pra lá, estou apenas me apresentando mesmo.

A minha mãe é Europeia e por incrível que pareça, minha família escolheu manter apenas os meus nomes de descendência Japonesa. Eu não me pareço muito com minha mãe, sou idêntica ao meu pai, mas ele é um cara totalmente vazio, talvez eu nem devesse estar falando dele aqui. Tenho os pais divorciados e morando apenas com a minha mãe, ela caiu em depressão após o meu pai ter sido um cara super tóxico com ela e comigo, ele tinha um ciúmes doentio e era impossível decifrar.

Eu me sentia culpada por estar usando vestidos, mesmo que fosse as melhores vestimentas de meu guarda-roupa, ainda me sentia mal, por conta de que meu pai, Takashi, dizia que eu estava me abrindo para outros caras (se é que você me entende). Apesar de eu ter uma personalidade mais fechada para conhecer as pessoas. E o que me frustrava, era saber em que ele não me conhecia o suficiente, ele era ausente demais e por conta dele, notava a minha mãe presa naquela depressão terrível que ele mesmo causou. Ele nos proibia de nos arrumar, porque achava que outros caras poderiam se apaixonar por nós, e nós duas tivemos baixa autoestima por conta do nosso visual ser muito desleixado.

Da mesma forma, eu continuava a usar os meus colares de conchas como minha maior proteção e por me remeter ao mar. Quando eu tinha cinco anos de idade, sempre implorava para meu pai me levar para a praia, mas ele era um cara que contava mentiras demais e ninguém percebia isso... ansiosa eu ficava quando ele dizia que íamos dia 06 de janeiro e eu nunca me esquecerei dessa data. Eu contava os dias, mas ele, mentiu e eu o vi caindo nas drogas. Era um Japonês que jamais um ser humano poderia perceber o machismo, o rancor, o vício, as mentiras que ali haviam, mas ele era narcisista demais para se culpar por esse mal que tenha me causado, então, virei uma garota totalmente fechada e desconfiada pra tudo.

E depois que ele partiu de minha vida, ele ficou desnorteado por ter que sair da casa de minha mãe e voltou para o Japão. Será que ele está tratando Hana bem? Eu sinto um maior medo por isso. Ah! Eu esqueci de contar... sim, eu tenho uma irmã chamada Hana, mas ela tem autismo e não sabe lidar com mudanças bruscas de trocar de país. É complicado demais! Então ela disse que prefere ficar com os meus avós, que ficaram no Japão. Eu acho que o meu pai está lá até hoje, mas a minha pequena garotinha de apenas 3 anos de vida, cresceu e tem 10 anos de idade. Um dia, quero tirá-la de lá e viver pelo mundo com ela.

Mas minha história é longa demais, queridas pessoas. O meu pai me ensinou diversas coisas, antes de ter sido um verdadeiro canalha! Ele já me tornou uma pessoa muito manipulável, aprendendo com ele, me tornei a pessoa que manipula os outros. É, e eu não confio em ninguém nessa droga! Eu vivi caindo em ilusões constantes o tempo todo de que eu iria para a praia, que hoje, eu moro perto dela, apenas para sentir a brisa do vento e ler as minhas cartas em momentos estressantes.

Sobre as cartas? Pois é, tendo uma mãe completamente perdida pelo mundo, ela reencontrou com sua obsessão e paixão ao mesmo tempo. Como uma mulher ansiosa por saber das coisas, já que foi muito enganada pelo meu pai, ela procura sua paz em ter se tornado cigana. Ela sempre estava lendo cartas em seu quarto, mas ela nunca me deixava entrar e eu nunca entendia o que ela fazia. Ela me disse que eu era pequena demais para entender e que eu não deveria saber naquele tempo, com 8 anos, ela me explicou melhor sobre o que era. E em um certo dia, eu senti e escutei vozes sussurrando ao meu lado dizendo que a minha mãe sofreria um golpe de algum homem, talvez ele iria usar ela, ou embebedar a pobre moça, sendo inocente... e dito e feito! Ninguém acreditou em mim por ser pequena demais e ingênua, mas eles não sabem que as crianças sabem mais do que adultos?

Japonesa CiganaOnde histórias criam vida. Descubra agora