Cá estamos nós de novo fazendo o que a Globo se recusa.
Ali estavam eles, estáticos.
Como foram parar ali? Não saberiam dizer nem se quisessem.
Kelvin já sentia a visão turva de tanto desejo acumulado, ele sempre ficava mais excitado quando envolvia perigo, e após ter enfrentado Irene pela manhã se sentia invencível.
Narrar novamente o que tinha acontecido, e como ele podia ser perigoso, enquanto fazia arminha com a mão e apontava para o seu peão tão a mercê de si jogado sobre o colchão, o fazia salivar de desejo.
Ramiro não acreditava que um ser tão pequeno e maioria das vezes tão iluminado, conseguia acender em si um fogo tão grande, ele definitivamente precisava se livrar daquelas roupas.
Seu pequetito estava todo imponente à sua frente, com uma blusa de tela transparente frescurenta demais pro seu gosto, sua vontade era de arranca-la num só puxão.
Kelvin falava de forma fina e sedutora, quase como um gato ronronando, já Ramiro, mantinha o tom grave, uma voz tão rouca que era capaz de desmontar facilmente qualquer um.
- Pode parar de falar...- O loiro pronuncia autoritário cheio de si.
- Parei...- Ramiro dá aquele seu sorriso canalha se deliciando com a visão que tinha levantando as mãos se rendendo.
- Parte pro ataque! - Kelvin o desafia.
- Partir pro ataque? Ocê cum essa brabeza toda me deu vontade d'eu fazê sabe o que?
- O que? - Pergunta numa falsa inocência.
E assim numa sequência de movimentos muito bem articulados pelo moreno, que puxou o menor com seu pé por trás e se levantou ao mesmo tempo para segura-lo em seus braços, os corpos se encontravam colados.
- Te dar uns apertão bem dado...
- É?
- Mai por debaixo da tua brusinha... assim...- Ramiro fala enquanto faz exatamente o que diz.
As mãos grandes e calejadas tomam seu lugar de direito na cintura do outro, agora já por baixo do tecido fino, Kelvin só precisou colocar a mão de Ramiro em sua cintura por baixo da blusa uma vez para que o outro tomasse aquilo como hábito e o fizesse sempre.
Já com o primeiro apertão as respirações se tornam descompassadas e o incômodo que a excitação estava causando se torna quase uma dor, precisavam urgentemente se livrar daquele aperto e lidar com aquilo.
Ramiro se pressiona contra o corpo do menor que agora tinha as mãos passeando por seu peitoral enquanto os olhos buscavam os seus, e quando seu baixo ventre encosta naquela barriga branquinha, um gemido baixo é ouvido vindo de ambos.
O pau do peão latejava contra o tanquinho de Kelvin, que podia senti-lo mesmo debaixo de muitas camadas de tecido.
O loiro também não estava diferente, tendo seu membro pressionado contra a coxa do moreno, ele sentia que podia gozar a qualquer instante se fizesse sequer um movimento no quadril.
E de novo se encontram na já tão conhecida situação, os rostos se aproximam, e quando as bocas estão quase à centímetros de se tocar e as respirações se misturam...
Ramiro solta Kelvin de repente e o loiro geme em frustração, mas ele não deixaria aquilo acontecer de novo, não dessa vez.
- Você não vai fazer isso comigo hoje.
- Kevin eu...
- Não! Sabe como eu fico toda vez que você quase me beija? Eu tô esperando tanto por isso que tô quase morrendo, toda vez eu fico excitado com esse teu corpo colando no meu!