Diário de intercâmbio #37

241 16 0
                                    

Aonde você mostra seus talentos a ele.
_________________________
                                          _____________

Hoje eu chamei o Miguel, para vir na minha casa. Chamei ele pois me lembrei que ele não sabe que eu sou multi-instrumentista, pois da primeira vez que ele me perguntou se eu tocava alguma coisa eu disse que não, pois não éramos próximos.

Logo ouço batidas na porta do meu quarto, mando que a pessoa entre e vejo que é o Miguel. Dou um abraço no mesmo que retribui.

- Minha hermosaaa, estava com saudade ! - Dou risada pois nós vimos ontem.

- Vem tenho uma coisa para te mostrar !

- Aé? O que é ? - ele vê o violão e o teclado. - Teclado ! Eu toco ! Você comprou ?

- Não, eu sei tocar des de os seis anos.

- Achei que não tocasse nem um instrumento..

- É que quando você me perguntou, nós não éramos tão próximos e eu achei que não deveria te contar.

- Ah ata. Eu quero te ouvir tocar !

- Claro ! Qual instrumento e qual música ?

- Steal my girl, violão.

- Adoro essa música !!!!!

- Eu sei - Ele ri.

Começo fazendo o primeiro acorde que é quarta corda e na quinta, fico neste acorde por um tempo, fazendo movimentos com a mão esquerda ⬇️⬇️⬆️⬆️⬇️. Depois troco de acorde.

- AHHH, ficou tão legal ! - Rio da sua reação.- Faz com o teclado !?

- Faço!

Posiciono meu dedo no"d" tocando duas vezes logo passando para o "c".

[...]

- Não, Miguel ! É na outra corda !

- Ah tá ! - Ele coloca o dedo na corda certa. Estou tentando ensinar violão para o Miguel, eu achei que seria fácil por ele tocar guitarra, porém estava enganada. - Me cansei disso ! - Dou risada.

- O que vamos fazer agora ?

- Te beijar ! - Rio e o Miguel me dá um selinho rápido.- Te amo.

- Eu também te amo. - Sorrimos e logo ele inicia um beijo lento e chei de amor, amo esse garoto !

- E o livro ?

- Qual dos ?

- " Um de nós está mentindo".

- Ah sim ! O que que tem ele ?

- Vamos ler agora... por favor - Miguel faz um biquinho fofo, que eu não resisto e acabo aceitando.

- Tá bom! Vem deita aqui que eu vou pegar o livro. - Ele faz o que eu mando e eu vou buscar o livro é depois volto. Me deito ao seu lado, ele segura minha cintura -"Minha cabeça começa a doer em poucos minutos. É ridículo, eu acho, mas não consigo me lembrar da última vez que escrevi qualquer coisa a mão. Para piorar, estou usando a mão direita, que nunca parece natural, embora eu já faça isso há muitos anos. Meu pai insistiu que eu aprendesse a escrever com a mão direita no segundo ano depois de me ver no campo de beisebol. Seu braço esquerdo vale ouro, disse ele. Não desperdice com porcarias que não valem a pena.O que vêm a ser qualquer coisa que não seja jogar beisebol, na opinião dele. Foi quando meu pai começou a me chamar de Cooperstown, como o famoso jogador de beisebol. Nada como colocar um peso desses num menino de 8 anos. Simon mete a mão dentro da mochila e vasculha tudo, abrindo cada divisória. Ele a coloca no colo e olha o interior. — Onde diabos está minha garrafa d'água? — Sem conversa, Sr. Kelleher — avisa o Sr. Avery sem erguer os olhos. — Eu sei, mas minha garrafa d'água... sumiu. E estou com sede. O Sr. Avery aponta para a pia no fundo da sala, com a bancada cheia de recipientes e tubos de ensaio. — Vá beber água. Em silêncio. Simon se levanta, pega um copo da pilha na bancada e o enche de água da torneira. Ele volta para o lugar e coloca o copo na mesa, mas parece distraído com a escrita metódica de Nate. — Cara — diz Simon ao chutar com o tênis o pé da mesa de Nate —, falando sério, você colocou aqueles telefones nas nossas mochilas pra zoar com a gente? Agora o Sr. Avery ergue os olhos e franze a testa. — Eu disse em silêncio, Sr. Kelleher. Nate se reclina e cruza os braços. — Por que eu faria isso? Simon dá de ombros. — Por que você faz qualquer coisa? Pra você ter companhia na treta do dia? — Mais uma palavra da parte de qualquer um de vocês e vai ter detenção amanhã — alerta o Sr. Avery. Simon abre a boca mesmo assim, mas, antes que consiga falar, surge o som de pneus guinchando e depois a colisão entre dois carros. Addy contém um gritinho de susto, e me seguro na mesa, como se alguém tivesse acabado de se chocar comigo pelas costas. Nate, que parece contente com a interrupção, é o primeiro a ficar de pé e ir à janela. — Quem bate o carro no estacionamento do colégio? Bronwyn olha para o Sr. Avery, como se estivesse pedindo permissão, e, quando ele se levanta da mesa, ela também corre para janela. Addy segue Bronwyn, e finalmente saio da minha carteira. Melhor ver o que está acontecendo. Eu me apoio no peitoril para espiar lá fora, e Simon surge ao meu lado com uma risada debochada ao ver a cena abaixo. Dois carros, um vermelho velho e um cinza genérico, estão enfiados um no outro em um ângulo reto. Todos olhamos fixamente em silêncio até o Sr. Avery soltar um suspiro exasperado. — Melhor eu verificar se alguém se machucou. — Ele passa os olhos por todos nós e para em Bronwyn, a mais responsável do grupo. — Srta. Rojas, mantenha esta sala sob controle até eu voltar. — Ok — responde Bronwyn, que lança um olhar nervoso para Nate. Nós permanecemos na janela, vendo a cena lá embaixo, mas, antes que o Sr. Avery ou outro professor apareça fora do colégio, ambos os carros dão partida e saem do estacionamento. — Bem, isso foi sem graça — diz Simon."

-

-

-

Desculpa pelo capítulo curto. Beijos !

- Ana clara

Diário de intercâmbio | Miguel Mora Onde histórias criam vida. Descubra agora