Videogames e Fogos de Artifício • DAHMO

Capítulo Único

- Você é péssima nesse jogo.

- É claro que eu sou péssima quando você está roubando!

- Eu não tô roubando!

- Aham, claro que vou acreditar em uma ladrona.

- Então escolhe outro e eu vou te amassar nele também.

- Você quer apostar?

- Se eu ganhar você vai fazer o que eu quiser por uma semana Momo.

- E se eu ganhar você vai fazer o que eu quiser por uma semana Dahyun.

O apertar de mãos foi trocado e um novo jogo escolhido, no fim tivemos uma Momo com braços cruzados e uma Dahyun gargalhando no sofá.

- Já cansou?!

- Ok, ok...ah, amanhã eu te mando mensagem sobre o que vamos fazer, não se atrase perdedora.

Então a porta se fechou e Momo suspirou se jogando no sofá, seria uma semana tortuosa.

No primeiro dia Dahyun fez momo carregar todas as sacolas de compras que ela fez no shopping, foi um saco para Momo. Mas no fim do dia, a coreana deixou metade delas como presente para a japonesa.

Passamos para o segundo e Momo estava em um aquário vendo peixes de forma fascinada, sua distração era tanta que não percebeu que ainda segurava a mão da coreana desde que chegaram no lugar nem mesmo os olhares e suspiros que ela soltava enquanto Momo tagarelava sobre os peixes.

O terceiro chegou de supetão como uma ventania, Dahyun estava fazendo alguns projetos para a faculdade de culinária e precisava de uma cabaia. Bem, não foi ruim para Momo porque a coreana era uma ótima cozinheira, ela até tentou ajudar, mas a mulher era ciumenta como o capeta pela sua cozinha.

No quarto dia elas saíram para beber para comemorar a novo emprego de Momo, nesse dia o primeiro beijo delas aconteceu. Foi doce e alcoólico, definitivamente algo que ambas lembraria por muito tempo.

O quinto chegou como uma tempestade, nesse dia elas descobriram que palavras machucam tanto quando tapas. Inseguranças são traiçoeiras e somos ignorantes demais para entender nossos corações.

Então chegamos ao sexto dia, elas não se viram nesse dia e decidiram que iriam ignorar completamente uma à outra. Quem precisa dela mesmo? Não importava o quanto o coração brigasse, o orgulho havia fechado completamente as portas.

Por fim chagamos no sétimo e último dia.

O parque vazio refletia apenas a lua, o vento frio fez com quem elas colocassem as mãos dentro do bolso do casaco.

O que havia levado elas para o lugar onde se conheceram pela primeira vez?

Destino?

Coração?

O encontro de olhares, o suspiro surpreso e o desviar envergonhado.

Mais um passo para frente.

- Me desculpe.

Uma risada sem graça, a sintonia deixava tudo mais calmo.

- Fui idiota, eu...deveria ter contado como me sentia ao invés de te machucar assim.

- Como você se sente?

Mais um passo para frente.

- Eu amo você.

Um sorriso bonito e um rosto corado.

- Eu também fui idiota, me perdoe por tudo o que eu falei.

Mais um passo e agora estavam perto o suficiente para verem o brilho do olhar da outra.

- Eu também amo você.

Um suspiro aliviado junto de um olhar apaixonado.

- Posso beijar você?

- Deve.

Então fogos de artificio explodiram por todo lugar, era tudo doce e explosivo como as bombas coloridas no céu. No fim da noite mais uma semana se iniciava com novos dias de encontros, beijos, apostas e videogames.