surreal

62 7 0
                                    

Tinha tudo e mais um pouco.

Talvez só essa frase não explicasse como, ou quando ele se viu perdidamente apaixonado por aqueles olhos e aquele sorriso, aquela mistura de tudo, em alguém tão pequeno.

Era como se o universo parasse em só um lugar, e ali repousasse. O par de olhos azuis que traziam o brilho das safiras, o cabelo preto com a amenidade da noite, os lábios vermelhos e doces como morango, a pele branca com as nuvens e tão macias quanto.

O corpo como uma estrutura perfeita, cada detalhe. Como ele iria fazer um voto de casamento se, era incapaz de por tudo que o outro era em palavras ou em pronúncias.

Era tudo perfeito demais, incrível de mais, ao mesmo tempo que, maluco.

As brigas, o sexo e todo o resto era sempre tão....

Acordar com aquele ser do seu lado, sentir os dedos nos cabelos, arrumar sua camisa que estava com Takemichi, passar um chá pra curar a ressaca, ouvir ele flertar de forma boba sobre o efeito do seu toque sobre o corpo dele.

Segurar Takemichi contra a parede e devorar os lábios carnudos, senti- lo se derreter aos poucos e arranhar sua nuca e apertar seu braço, aquele desejo carnal de tê-lo mais uma vez ali mesmo.

Lembrar da cama como se fosse o próprio limbo, onde cometendo o doce pecado eles provam do pouco paraíso que podem ter.

Não importa o tempo que leve, sempre inesquecível, sempre.....

Eu te amo.

Sem se aproximar, sem presença, sem graça, sem pretexto, assunto, noção, tempo, palavras.

Como escrever que era Takemichi que coloria sua vida e que, nem mesmo se lembrava da vida antes de o conhecer.

Como teve outros relacionamentos?? Com Takemichi era tudo tão perfeito que simplesmente não conseguia se lembrar de alguém anterior a ele, desde suas reações na cama, em seus braços perdido no prazer até às caretas de manhã enquanto ainda resmungando acordava.

Eram daqueles pequenos momentos que ele falava.

Assim como às vezes que ele se recusava a deixar lhe ir trabalhar por querer ficar consigo, não que ele negasse, negar algo ao seu pequeno era impossível pós sexo.

Uma coisa, só isso, que ele poderia dizer, perante o altar ele poderia dizer apenas a verdade, como era fácil se apaixonar por Takemichi e como isso é perigoso.

Em cada foto espalhadas pela casa de ambos juntos, ou em cada rede social e celular, a felicidade era vista e notada sem rodeios.

Tinha certeza de que, do outro ele iria ouvir a frase que o influenciou ao pedido de casamento, o como era fácil partir, mas difícil se confiar a alguém.

Ahhhh aquela frase, tão sublime quanto quem a disse pra si.

A intensidade em cada olhar, beijo ou sei lá, qualquer coisa, a intensidade dentro do amor que sentiam era imensurável, inconfundível e indescritível, ali naquela sensação, ele tinha certeza de pertencer a algo, a alguém.

Ter pra onde ir e voltar.

Takemichi conseguia mexer com seu conceito lógico e o querer provar da mais diversas luxúrias.

Das misturas com uísque e tequila, das festas que iam juntos, dos hotéis e banheiro que já foderam, da intensidade de cada toque, olhar, gemido ou investida.

A resolução de problemas também era assim, eles realmente faziam muita merda juntos, mas a melhor era quando realmente fodam, mas pra valer, ao ponto de Takemichi não saber quem era, onde estava e o que estava acontecendo, onde ele próprio esquecia qualquer outro lugar e focava no seu lugar, no seu pequeno e frágil prazer.

No corpo que era tão menor que o seu e lhe aceitava tão bem, se encaixava tão bem, onde ele poderia ir fundo, provando do ápice de seu amor.

Noite em claro, derretendo sobre o tempo, o corpo, oração, meu acalento.

Morreria pela luxúria liberta de seu corpo, e que Deus o perdoe.

Surreal, isso definitivamente era o seu relacionamento....... A melhor declaração seria essa, pois essa é a verdade.

Surreal Onde histórias criam vida. Descubra agora