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"há uma chama surgindo em meu coração, está tomando conta de mim e me tirando da escuridão"- Adele, Rolling in the deep

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"há uma chama surgindo em meu coração, está tomando conta de mim e me tirando da escuridão"
- Adele, Rolling in the deep

A chuva desabava calmamente do céu noturno, escorrendo pela enorme escadaria do pavilhão como uma cachoeira cristalina, desaguando no laguinho coberto por musgo, onde os sapos e os vaga-lumes se escondiam sob as folhas dos aguapés, logo abaixo da passarela de concreto aos pés da escada.

O vento dançava preguiçosamente por entre as lanternas amarelas penduradas na varanda, provocando um choque suave entre elas vez ou outra, preenchendo a noite fria com o som metálico que se misturava ao gotejar abafado da tempestade.

Os guardas noturnos, usando seus uniformes vermelhos com um enorme pássaro dourado bordado nas costas - o símbolo da família que serviam -, moviam-se como sombras fantasmagóricas sob a luz difusa das lanternas em suas armaduras. Os olhos treinados, no entanto, não notaram uma silhueta que espreitava discretamente entre as árvores, como uma ave de rapina observando os ratos, passando completamente despercebida.

O invasor se escondeu atrás de um gigantesco pinheiro, não muito distante da residência principal, onde sabia que estavam guardados os artefatos mais valiosos da família de magos mais antiga do mundo. Eles vinham liderando o clã Hwanghae e protegendo o sul desde os primórdios, enquanto colecionavam uma variedade de itens mágicos de vários níveis.

Lembrando disso, um brilho eufórico tomou os olhos do homem oculto pela penumbra e os lábios se curvaram em um sorriso malicioso, enquanto observava um guarda entrando na residência e saindo um tempo depois.

Tudo que precisava era de uma pequena brecha.

- Mestre... - A vozinha trêmula de seu discípulo mal conseguiu se sobressair ao estrondo da tempestade. - Tem certeza de que é realmente... aqui?

Ele rapidamente desviou o olhar da varanda, deixando de lado o roubo por um instante, e fixou os olhos no jovem, com uma sobrancelha arqueada. Seu cabelo mal cortado, em formato de cuia, estava ensopado, assim como suas roupas, e, por algum motivo, o menino vigiava ao redor com certa apreensão, da mesma forma que fazia quando mentia para seu mestre e sabia que seria descoberto em breve.

- A bússola aponta para cá.

- Mas... Hwanghae... - Direcionou sua visão ao mestre como se quisesse contar algo importante, mas preferiu morder a língua e finalmente calar a boca para evitar problemas.

No entanto, ele sabia muito bem o que seu discípulo tolo queria dizer com aquilo:

Hwanghae era um dos clãs de magos mais proeminentes do Vale das Borboletas e, no momento... Bom, estavam à procura de um item que havia sido roubado. Pessoas tão abastadas teriam motivos para roubar quando possuem tudo o que querem ao seu dispor? Isso não fazia sentido na cabeça ingênua de seu aprendiz, e era compreensível.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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