Capítulo 32

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Carol pov.

Fiquei esperando Alexia falar alguma coisa, ela estava com os olhos vermelhos me olhando, me aproximei dela e vi, negativo, me senti a pior pessoa, Alexia estava tão feliz durante esses dias

Flashback on

- Amor – olhei para ela tocando na minha barriga – você acha que vai ser menino ou menina?

- Não sei, mas algo me diz que será uma menina

- Eu imagino um menino, loirinho com os mesmos olhos que você, eu estou tão ansiosa para começar a comprar as roupinhas, montar o quarto, te ver com um barrigão – a encerei – que foi?

- Só de você falar em barrigão minhas costas já gritam, ai de você que faça cara feia quando eu reclamar de dores ou estiver com os pés inchados

- Você vai ser a grávida mais linda do mundo e eu vou te mimar – falou se aproximando – vou te fazer massagem, dar banho e muito carinho

- Vou pedir para meus advogados montarem um documento com tudo isso, ai de você não fazer isso – falei dando um beijo – é o teu filho aqui dentro

- Agora é MEU filho – gargalhamos e passamos o dia planejando

Flashback off

Sentei no sofá que tinha no quarto, coloquei as mãos no rosto e a apoiei, senti minhas lágrimas caindo, sabíamos do risco de não dar certo na primeira, mas uma coisa é na teoria e outra é na prática. Senti que decepcionei a Alexia e ela estava muito animada

- Amor? – ela sentou ao meu lado e me puxou para deitar no peito dela – isso não é sua culpa, sabíamos que poderia aconteceu, vamos tentar de novo, ok?

- E se não ser certo de novo?

- Vamos tentando até dar, eu estou com você ok?

[...]

Depois desse dia esperamos um pouco e tentamos de novo mais 2x e não deu certo, eu estava mentalmente esgotada e a Alexia também não estava muito bem, esse tempo foi de 1 ano, começamos a nos afastar, ela treinava mais que o normal e eu comecei a fazer alguns plantões no hospital das minhas mães para não ir para casa, elas e a Laura tentavam fazer eu me sentir melhor, mas estava me sentindo incapaz, eu fui tão dura com a Alexia sobre ter filhos e eu não consigo dar um filho para ela. Era uma sexta feira e eu cheguei em casa e ela estava sentada no sofá olhando algum jogo

- Precisamos conversar – falei vendo ela pausar – eu quero me separar – ela me encarou sem entender

- O que? Porque?

- Alexia nos afastamos, eu não consigo te olhar direito, me sinto o ser humano mais inútil por não ter conseguido engravidar e eu queria tanto, você queria tanto também. Tentamos mais de 1x e vimos que não consigo engravidar, semana passada eu fiquei destruída quando vi que não conseguimos de novo, eu não aguento mais Alexia, eu preciso de um tempo para mim – ela me abraçou

- Eu estou com você, senti que você se afastou, respeitei o seu tempo, não quis pressionar e podemos passar por isso juntas, podemos adotar, barriga de aluguel, existem outras soluções, mas não me deixa

- Eu preciso disso, vai ser o melhor para nós duas, precisamos organizar nossa cabeça – levantei – Eu vou viajar, eu pedi uma licença para o Barcelona e quando eu voltar eu vou pedir minha demissão

- Você não pode fazer isso, é a melhor médica, Carol você não pode me deixar assim

- Alexia, é a minha decisão, talvez eu esteja sendo egoísta? Sim! Mas eu preciso disso, só eu sei o quanto estou machucada por não ser capaz de te dar um filho, mas eu preciso

Um amor espanholOnde histórias criam vida. Descubra agora