O Moretti ficou com ciúmes de você!

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“O amor é um furacão
Surge no coração
Sem ter licença pra entrar...”-Amar É, Roupa Nova...

-Você quase acertou o meu filho!!!!-Breno se intromete e pega o pequeno Felipe.

-Eu acho muito bom essa mulher deixar a Guida em paz, Breno! Ela pode não ter ninguém da família dela por aqui! Mas ela tem á mim!-Bianca aponta o dedo na cara de Breno.

-Tudo isso é desespero de perder o meu amigo? O seu amor pelo Arthur é tão grande, que você aceita virar a defensora número 1 da mulher que quase ferrou o psicológico dele? Você se esqueceu que ela TRAIU o Arthur estando grávida da filha dele?! Ela trouxe os filhos do amante dela pra dentro de casa, usou as crianças pra se aproximar dele, e quem se deu mal nessa história foi o Arthur! Que perdeu a mulher e a filha...-Breno diz sarcástico.

-Nossa, logo você falando de traição, Breno? Logo você, que foi enganado, gastou rios de dinheiro e no fim das contas, descobriu que a santa da sua namorada tinha te passado pra trás? Você não tá aí, com o menino no colo?! Eu não sei por qual motivo vocês insistem em criar uma rivalidade entre mim e a Guida! Eu nunca tive nada contra ela, você sabe disso! E também não cabe á você julgar a minha relação com ela, já que você foi se atracar justo com quem, né?! Você sabia que ela PERDEU a guarda das crianças por maus tratos?! E mesmo assim, a Natália confia cegamente em mandar o filho de vocês pra outro país na companhia dela? Mas, é muita irresponsabilidade numa pessoa só...Bom, eu preciso levar a Guida pra casa, o Moretti deve estar preocupado...Guida, vem..-Bianca ampara a morena e as duas vão embora após passarem pelo caixa.

-Obrigada...-Foi a única coisa dita por Guida assim que as duas entraram no carro.

-Não precisa me agradecer... Só se acalma, por favor. Eu vou parar em algum lugar pra comprar uma água pra você...Fica tranquila, eu tô aqui. Eu não vou deixar essa mulher estragar a sua vida outra vez...-Bianca abraça Guida.

-Não, eu só quero ir pra casa, ficar com o meu marido, com as crianças...Mas, mesmo assim, obrigada... Você já me ajuda muito!-Guida sorri sem mostrar os dentes.

-Guida, eu acho que eu já tenho abertura o suficiente pra te perguntar isso: Por que você nunca fala sobre o seu pai? Eu sei, a sua mãe morreu no parto daquela cobra, mas, do seu pai eu nunca vi você falar...-Bianca arqueia as sobrancelhas.

-Eu perdi o contato total com o meu pai quando eu tinha 17 anos, que foi quando a minha mãe descobriu que ele estava traindo ela, a Leonor nasceu, ela morreu no parto...E eu tive que fazer tudo sozinha... Acredita que ele não apareceu nem pra fazer o registro? Eu tive que me virar em mil pra fazer tudo, todas as burocracias, etc... Graças a Deus, a gente sempre foi bem de vida, então, eu contratei uma babá pra cuidar da Leonor, pra que eu pudesse estudar...E desde então, a gente nunca mais se falou...-Guida suspira fundo.

-Então o mau-caratismo dela é de família? Meu Deus...Mas, se o seu pai aparecesse assim, do nada, você estaria disposta a ouvir o que ele tem á dizer?!-Bianca sorri para a amiga.

-Talvez...Se ele ainda estiver vivo, é a única referência de família que eu tenho, além daquela cobra, claro. Não é possível que depois de quase 30 anos, ele não tenha uma explicação decente pra ter sumido no mundo e deixado duas filhas pra trás, sendo uma delas recém-nascida...Por que isso agora?-Guida olha sem entender.

-Nada, é que você nunca tocou no assunto, nem com o Arthur, eu fiquei curiosa...Uma pena que o seu pai não esteja presente pra acompanhar a vida dos netos...A minha mãe fez um tratamento em Miami pra ficar grávida, e eu fui criada pelo marido dela, que ela conheceu quando eu tinha 5 meses... E quando eu completei 17 anos, eu conheci o Arthur durante um passeio com algumas amigas na Disney...E aí, nós começamos a namorar, viemos morar no apartamento dele no Rio....Eu acho que a gente se precipitou um pouco, sabia? Eu acabei me tornando uma pessoa extremamente possessiva, achava que podia fazer o que eu quisesse com o Arthur, enfim...-Bianca sorri sem mostrar os dentes.

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