1: Noite De São João

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   Era mês de junho e a lua estava cheia, no povoado vizinho comemoravam a noite de São João. De longe se ouvia a algazarra das pessoas na festa junina. Na encosta de um pequeno morro dentro de uma pequena casa de taipa coberta de palha, Ana e sua mãe discutiam. Ana queria saber o porque de sua mãe e seu pai ter trancado a sua irmã Maria dentro do quarto, sua mãe não queria lhe dizer o porquê. Então ana foi perguntar a seu pai que estava deitado numa rede embaixo de um pé de manga, o homem de mau humor ameaçou bate_la se ela não lhe deixasse em paz e não parece de fazer perguntas, a menina entristecida saiu cabisbaixa e foi se sentar na frente da porta do quarto da irmã, encostou a cabeça na porta e chamou a outra, a jovem chorava e soluçava dentro do quarto, aos berros implorava para que os pais a deixassem sair, lágrimas escorriam pelo rosto de Ana, na cozinha aflita sua mãe resmungava com seu pai que olhava o relógio enquanto colocava a mãos na cabeça em gesto de desespero.

___ ja e quase meia noite mulher, que faremos?

  A mulher nada dizia apenas começou a chorar desesperada com as mãos no rosto,e Ana sem entender absolutamente nada pelo fato de ser so uma pobre criança de 10 anos assistia a cena ainda mais assustada, começou a chorar pois não sabia a quem recorrer; o homem vendo_a no chão a pegou pela mão dizendo para ela não ter medo que iria ficar tudo bem.

___ venha pra cá e fique aqui perto da tua mãe e não saia.

O homem muito apressado saiu, pegou o seu cavalo e começou a preparar a sela, a mulher apareceu na porta junto da menina que chorumingava.

___ o senhor vai embora pai?...vai abandonar nois?

__O homem nada disse, apenas pegou em sua mão ea colocou em cima do cavalo, ela sem entender chorava mais ainda dizendo que não queria ir, sua mãe com carinho tentava acalma_la dizendo que era para seu bem, passava as mãos em seu longos cabelos castanhos enquanto lhe bemzia.

___ que Deus te acompanhe minha filha, não chore mais não, vai ficar tudo bem;  logo a gente vai se encontrar no caminho, vamo cuidar da tua irmã.

  A menina um pouco mais calma e ingenuamente iludida com suas palavras acentiu com a cabeça, seu pai também se despediu e em seguida com um chicote acertou o cavalo que saiu em galope eufórico em direção a estrada de terra no breu da meia noite. A fraca luz da lua era a unica que clareava a visão do cavalo que corria veloz sem parar como se se soubesse do que estava fugindo. Ana segurava firme o cabresto do animal sem desviar os olhos da estrada mesmo sem enchergar quase nada, já avia se passado um longo tempo e a cada galope a menina podia ouvir cada vez mais perto a algazarra que ainda rolava na festa junina do povoado próximo, perto de uma encruzilhada a menina avistou outros dois cavalos que vinham ligeiro, e em cima de cada animal um menino que aparentavam ter sua idade pela estatura que tinham, ambas as expressões dos seus rostos carregavam surpresa e horror, não olhavam para ela mas sim para o que vinha atrás dela, ana sem entender olhou para trás e nada viu, deu um chute de leve no cavalo que apressou o galope ea essa altura os dois meninos já avia sumido na escuridão enquanto Ana continuava a seguir sem rumo com o coração batendo acelerado a ponto de sair pela boca entreaberta, o suor frio escorria pelo seu rosto expressivo de medo, mas adiante avistou um outro menino correndo desesperado gritando pedindo socorro, a menina horrorizada abraçou o cavalo com todas as suas forças e fechou os olhos e começou a chorar convulsivamente, ainda ouvia os gritos de desespero do menino que se aproximava cada vez mais, derepente o cavalo parou com brutalidade quase a derrubando, abriu os olhos e viu que o menino estava parado na frente do cavalo. Ainda chorando desesperado pediu-lhe ajuda, a menina não convencida mas sim horrívelmente assustada negou a ajuda e pediu para que saísse da sua frente,enquanto batia com os pés no cavalo para que o animal prosseguisse o caminho mas era em vão o animal continuava imóvel, o menino já de joelhos implorava piedosamente, afirmando ter caído do seu cavalo e se perdido do grupo de amigos que ja aviam de estar longe e não poderia mais alcança_los. Ana como era uma criança de bom caráter e mesmo assustada se compadeceu do tal ato e já agoniada para seguir o caminho o ajudou, o mesmo subiu na garupa do cavalo que imediatamente seguiu o caminho no galope eufórico de antes, rapidamente ana começou a se  sentir mal, do nada veio um cansaço, começou a suar frio e a sentir ânsias de vômito, um cheiro forte de carniça começou a acender atrás de si, a menina mesmo tonta ergueu a cabeça com muito esforço e olhou para trás, o menino avia desaparecido e dado lugar a uma figura horrenda, uma cabeça enorme e sem cabelos, tinha dentes como de um cachorro, apenas dois buracos davam lugar para os olhos que não existiam, o corpo gelido era cadavérico e com longos braços compridos que abraçavam ana com força enfiando as garras afiadas em sua pele, com tanta força que lhe faltava o ar, a menina agonizando de dor pelo aperto se esperneava em cima do cavalo que se sacudia e dava coices tentando se livrar do peso sobre seu corpo, o cavalo sabia que não era mais so a menina que ele carregava, foram longos minutos de dor e sofrimento para a pobre Ana que já desfalecida pendeu de cima do cavalo e caiu batendo a cabeça numa pedra, ali ela deu o seu último suspiro de dor enquanto o cavalo seguiu sozinho um caminho sem rumo na escuridão da noite de São João.

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