sofro bulying por ser branca loira magra padrao

depressao no primeiro dia de aula

hoje era o tipo de manhã infeliz que faz voce querer morrer, tipo a minha vida era simplesmente horrível, eu acordei no meu apartamento chique de classe média da Avenida Paulista, cercada por muitos prédios e o barulho comum matinal de trânsito la fora nas ruas

Meu despertador tocou os efeitos sonoros do programa do ratinho, mais carregado que fila de trânsito na Marginal Tietê, e esse tipo de coisa era muito engraçado pra pensar, pq eu era da capital de sao paulo 

Eu fui logo me olhar no espelho, notando meu cabelo natural totalmente bem cuidado e longo, minha pele sem espinhas, e minha boca vermelha

"Sou tão feia e simples, aff", suspirei mt triste analisando meu look despojado com camiseta de time de futebol do corintians preto e minhas calças jeans novas azul escuro rasgado ent eu desci pra cozinha

Meus pais eram enguais modelos de comercial de margarina, taavam na cozinha preparando um café da manhã com pães, frutas e bolo, enquanto eles utilizavam luvas transparentes e passavam manteiga no pão com muita delicadeza, enquanto olhavam pra mim

e uma música pacífica de yoga tocava na cozinha

"Oii filha, estamos preparando um café da manhã com muito carinho pra vc" disse meu pai, que mais parecia um galã de novela das nove

Observei a minha mãe comer um graveto comum e uma salada de folhas de árvores. "Hmm, eu adoro ser vegana."

quando ela terminou de engolir, ela disse: "Espero que hoje voce tenha um dia muito bom hoje, e que tudo dê certo, eu amo você" Minha mãe me deu um sorriso 

"mãe pai vcs são tão tóxicos e abusivos, só queria ter um dia normal" murmurei para mim sentindo que meu dia ia ser horrível, pq eu não aguentava mais o relacionamento tóxico que eu tinha com meus pais

Eu revirei os olhos, mas antes que pudesse abrir a porta, minha mãe interveio
"Se cuida filha querida, porque hoje a noite vou jogar bingo com as tias do bairro. Se você não chegar em casa antes das quatro horas da manhã, gravida e toda fodida drogada bagunçada ta de castigo ok"

Cheguei na escola e me deparei com um exército de adolescentes esquisitos, cada um mais esquisio que o outro, passei por corredores que mais pareciam passarelas para desfiles de modas bizarros pq so tinha menina patricinha e salas de aula onde os professores se esforçavam para manter a sanidade diante de alunos que acreditavam ser filósofos da vida aos 16 anos de idade

aii ujm garoto mineiro se apresentou como Zé carlos dos Campos, com um sotaque arrastado que reforçava todos os estereótipos de Minas Gerais

"uai, sô cê tá bem ocê?", ele disse, e pude notar que no seu celular estava tocando uma música de sertanejo, enquanto ele comia pão de queijo

"sim claro que tô bem, né. Só querendo um ar livre pra completar o dia, já que em São Paulo o ar é mais poluido que pulmão de fumante"

imediatamente encontrei minha amiga chinesa, Mei Fang, com roupas tradicionais de epoca "你好! 你好吗?" ela disse, sem parar de sorrir

"Oi amiga como vai?" perguntei, enquanto eu sorria.

Mei continuou falando em chinês, e eu apenas sorria e acenava como se entendesse qualquer coisa que ela tinha a dizer.

Quando entrei na sala, escutei uma música pop coreana.

"Cara.. eu queria tanto comer um garoto coreano." Eu assumi pra mim mesma, enquanto observava uma garota assistir vídeos musicais de Kpop no celular dela

"那个拿着奶酪面包的矿工在哪里" - um garoto bonito asiático sorriu pra mim enquanto ele escrevia algo no caderno.

"Nhaw! Onichan!" Eu cumprimentei ele fazendo gestos fofos com a mão como se eu fosse um gatinho. Até porque, isso fazia parte da cultura asiática e eu sabia que isso era uma forma de respeito aos orientais.