Apaixonada pelo Demônio 2

Capítulo 38 - Minha tão grande culpa

S/n - Minha culpa?!

Fiquei um tanto quanto surpresa que Ryu teve a coragem de dizer isso, como ele pode ser tão egoísta a ponto de sumir e ainda colocar a culpa  em mim? Sendo que quem sofreu no meio disso tudo foi eu

Ryu - E eu que sou egoísta? - ergue uma sobrancelha 

S/n - Não me venha com essa de que a culpa é minha! Você que foi embora porque quis! A culpa é toda sua!

Ryu - Você acha que eu fui embora atoa é?! Não se lembra do que aconteceu no topo daquele prédio aquele dia? Porque eu me lembro claramente!

S/n - É claro que sim! Você quase matou o Sukuna e o Itadori e depois foi embora sem mais nem menos!

Ryu - Fui por sua causa!

S/n - Que merda eu fiz pra você fazer isso então?!

Ryu - VOCÊ ESCOLHEU ELE!

Depois dessa frase eu paro por alguns instantes e decido ouvir o que ele tem a dizer... bom, sempre tem dois lados da história, eu sei o que aconteceu no meu, mas não faço ideia do que houve no dele

S/n - Como assim eu escolhi ele?

Ryus - Você sabe muito bem o que aconteceu aquela noite 

Ryu me olha sério, não digo mais nenhuma palavra deixando com que ele prosseguisse 

Ryu - Não fazia muito tempo que sua maldição de estimação tinha tentado te matar, você ainda estava assustada com ele e naquela noite ele te pegou em seu quarto e te levou pro topo daquele prédio pra vocês ficarem sozinhos

S/n - Pula logo pra parte que você diz ser culpa minha 

Ryu - Eu observei de longe desda hora que ele te pegou em seu quarto e segui vocês até o prédio 

Suspiro fundo e me sento em minha cama com os braços cruzados 

S/n - Não parece coisa que você deixaria acontecer sem interferir 

Ryu - Eu deixei vocês conversarem, eu sabia que se eu interferisse naquele momento você ia discutir bastante comigo, então ia deixar pra te abordar quando voltasse pro seu quarto 

S/n - Então por que seguir a gente? Era só ter esperado aqui mesmo 

Ryu - Porque eu senti seu medo 

S/n - Como assim?

Ryu - Eu senti seu medo quando ele veio até seu quarto e aumentava cada vez mais que ele se aproximava 

Fico observando seus olhos, ele realmente parecia estar sendo sincero quanto aquilo 

Ryu - Eu interferi a partir do momento que seu medo se transformou em pânico 

Quando eu tive o ataque de pânico...

Ryu - Mas depois de eu te ajudar, o que você fez? Preferiu seu quase assassino

 Flashback

S/n - Sukuna!

Ryu se aproxima mexendo lentamente suas enormes patas, ele abre suas asas e salta chegando mais rápido até nós, seu rosto fica a centímetros do meu, ele bufa e um ar quente sai de suas narinas em direção ao meu rosto

S/n - Ryu, eu sei que você tá aí

Olho no fundo de seus olhos e ele olha nos meus

S/n - Não adianta tentar me ignorar, você não é bom nisso

Ryu - Saia da frente, essa criatura patética merece morrer

S/n - Por que fala isso?

Ryu - Ele te feriu

S/n - Não, não feriu

Ryu - Feriu sim, posso sentir seus sentimentos humana - se senta

Um gelo passa pelo minha espinha, aquilo tudo era só porque eu estava baqueada com o que aconteceu?

S/n - Mas isso não é desculpa para querer matar ele

Ryu - Não é uma desculpa, é um motivo

Sukuna - Meu bem, sinto muito em interromper sua conversa ou sei lá o que é isso, mas preciso cicatrizar meus ferimentos

Ryu - Deveria deixá-lo morrer agonizando

Ryu se levanta e caminha em nossa volta, me agacho até Sukuna e seguro sua mão

S/n - O que você fez com ele? - olho para Ryu

Fim do flashback

Ryu - Você escolheu ficar ao lado dele e me colocar como o errado 

S/n - Mas vocês estava errado! Não deveria matá-lo 

Ryu - É claro que deveria! Ele tentou te matar! Eu estava te protegendo! E o que você fez?! 

Realmente, Ryu estava ali o tempo inteiro tentando me proteger e eu apenas atirei pedras nele por causa do que ele fez com Sukuna... mas mesmo assim ele estava errado

S/n - Mesmo assim, você não deveria ter feito o que fez 

Ryu - Eu deveria ter deixado ele te matar, isso sim 

S/n - Aí você morreria também e não teria como renascer em outra pessoa do clã, caso não se lembre eu sou a última aqui

Ryu - Melhor do que ter que continuar te aturando 

S/n - E você acha que é fácil pra mim te aturar?! 

Aponto o dedo para ele e Ryu mostra ficar com um certo nível de raiva 

S/n - Você desdo início sempre pensou em você mesmo e em matar tudo e todos a sua volta 

Ryu - Você é patética, até quando vai ser assim? 

Uma pontada de raiva começa a surgir em mim, cerro meus punhos e franzo minhas sobrancelhas 

Ryu - É por isso que você é fraca, você não se solta - me encara cerrando os olhos - Nunca vai atingir seu poder total... o meu na verdade, sem mim você não é nada 

S/n - E sem mim você não existe, então parece que somos iguais 

Ryu - Não me iguale a uma fracassada como você

S/n - Não fui eu que perdi uma luta e fui selada no corpo de alguém de um clã pro resto da eternidade 

Ryu - Eu posso muito bem te matar - aproxima - você sabe disso né? 

Seus olhos ficam vermelhos por completo, ele estava ficando mesmo irritado, mas eu não ia dar para trás só por causa disso 

S/n - Você não ousaria - deixo meu rosto a centímetros do dele 

Ryu me pega pelo pescoço e me levanta tirando meus pés do chão, podia ver um ódio ardente em seus olhos 

Ryu - Você é só uma mera humana, não me desafie 

Ele me joga em cima de minha cama, me viro e olho para ele 

Ryu - Eu vim até aqui pra ter uma conversa sensata com você, mostrar seus erros - se aproximando - e é assim que você age?! 

Ele sobe na cama e deixa seu rosto a centímetros do meu 

Ryu - Você não é diferente dos outros humanos como pensei, é só uma moribunda em busca de redenção pelo seu clã, mas adivinha? - sorri - Ninguém liga - fecha sua afeição novamente - Você luta por causas dizendo ser seus ideias, mas não passa de história pra boi dormir, você só quer saber do que é melhor pra você

S/n - Eu não-

Ryu - CALA A BOCA!! 

Chifres aparecem na cabeça de Ryu... ele estava se transformando? Ele respira fundo e aquilo desaparece 

Ryu - E pensar que eu creditei em você 

Ryu se levanta e passa pela janela sem me dar se quer uma chance de responder tudo aquilo