CAPÍTULO_6

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- acordei sentindo um peso sobre mim e lembro que dormir com a Beatriz, tento sair sem acordar ela mas falho a mesma me puxa de volta pra cama.

Bia: fica mais um pouquinho aqui princesa- diz me abraçando

S/n: eu preciso me trocar pro treino e você também- digo saindo do abraço dela- pego minha roupa, do um selinho nela e saiu do quarto, mas antes de fechar a porta aviso que mais tarde devolvo a camisa dela, bia responde dizendo que posso ficar.

- fecho a porta e vou indo em direção ao quarto que divido com lelê, torço pra que ela ainda esteja dormindo, abro a porta bem devagar mas lelê já está acordada, digo um bom dia mas ela parece não ter ouvido, vou até a mala pega uma roupa e vou tomar banho, quando saio lelê já não está mais no quarto então desço para tomar café, vou em direção a mesa onde está meu pai e alguns membros da comissão técnica.

Arthur: bom dia, posso saber onde a senhorita estava ontem a noite – diz com cara de poucos amigos.

S/n: bom dia pai, eu fui em um barzinho com as meninas- digo vejo ele fecha a cara mais ainda

Arthur: como você vai ser uma boa líder se ao invés de tentar manter as atletas na linha você vai junto- diz zangado – olha em volta a maioria parece está cansada, como vão ir bem no treino assim.

S/n: desculpa, mas a culpa não é minha elas foi por vontade própria – digo e já faço cara de choro- odeio ser chorona.

Arthur: tá certo você não tem nada haver mesmo, desculpa filha – fala parecendo tá arrependido de descontar a raiva em mim

S/n: tudo bem, eu estou sem fome então já vou indo pro campo – digo cabisbaixa já que nunca meu pai falou daquela maneira comigo.

- vou em direção ao campo de treinamento e vejo lelê dando voltas correndo, fico observando ela por um tempo e então resolvo aproveita o momento pra falar sobre o tal beijo de ontem.

S/n: ei lelê, podemos conversar?

Lelê: sobre o que?- diz me olhando com uma cara de quem não queria papo

S/n: sobre aquele beijo- digo com vergonha
Lelê: foi só um beijo, não tem o que falar – fala e sinto a voz dela falhar

S/n: mas parece que pra você não foi só um beijo – digo e ela fica um tempo me olhando

Lelê: realmente não foi, eu gosto de você mas parece que você gosta de outra pessoa né – diz forçando um sorriso

S/n: não sei dizer se eu gosto ou não, tá muito cedo pra dizer alguma coisa.

Lelê: mas vocês dormiram juntas, você não volto pro quarto depois – diz me encarando

S/n: sim, dormimos mas foi só isso não rolou nada demais.

Lelê: relaxa, você não me deve satisfação- diz sorrindo- eu até gosto de você mas quero te ver feliz mesmo que seja com outra pessoa

S/n: obrigada lelê – digo sorrindo e puxando ela pra um abraço

Bia: desculpa atrapalha o casal aí, mas o Arthur cancelou o treino de hoje vir avisa- diz com a cara mais amarrada que o normal

S/n: porque?
Bia: pelo o que sei ele vai da uma palestra.
Lelê: ei bia, antes que você pensa besteira já vou avisando que era só um abraço tá- diz sem graça

Bia: o que vocês estavam fazendo não me interessa- diz e seu semblante não nega que ela está brava- só vir dá o aviso 

S/n: okay, obrigada.

Lelê: então acho melhor nós ir né – diz e vai saindo deixando eu e bia sozinha

Bia: você não sabe quem quer né – diz debochando
S/n: eu sei muito bem- digo e tento abraçar ela mas a mesma desvia

Bia: eu não vou estragar minha amizade com a lelê, então é bom você deixar eu e ela em paz- diz saindo

-  resolvo não ir pra palestra depois vejo o assunto com meu pai, fico pensando no que a bia me falou e realmente é melhor me afastar das duas elas tem uma amizade a muito tempo e esse rolo todo pode prejudicar isso. Volto pro quarto e arrumo minha mala e vou em direção ao quarto do meu pai, bato e por sorte ele já tinha terminado a palestra, ele abre a porta e eu puxo a mala pra dentro.

Arthur: o que foi bebê, não quer mais dividir o quarto com a Letícia?

S/n: eu quero ir embora pai- digo chorando
Arthur: mas por que?- pergunta preocupado- alguém te falou ou fez alguma coisa?

S/n: não, eu só quero ir embora- digo tentando parar de chorar

Arthur: faz assim espera só até o amistoso e depois eu deixo você embora, tá bom?- diz me abraçando

S/n: tá bom, mas eu fico aqui no quarto com o senhor – digo me soltando do abraço e olhando pra ele

Arthur: tá bom, mas para de chorar- diz sorrindo
S/n: eu te amo pai- digo o abraçando de volta

Arthur: também te amo, mas posso saber o motivo de você não aparecer na palestra.

S/n: então eu acho que você não vai gostar muito do que tá acontecendo- digo sentando na cama e meu pai senta ao lado- explico tudo o que aconteceu.

Arthur: caramba filha, como você se apaixona assim tão rápido- diz rindo – mas então você tá divida entre as duas?

S/n: na verdade não, pela lelê e só amizade já pela zaneratto eu não sei bem o que é- digo e me jogo de costa na cama.

Arthur: aí aí meu amor, você tem que descobrir logo e tentar conversar com ela- diz passando a mão na minha cabeça.

S/n: e você não fica bravo com isso?

Arthur: não, porque eu estaria?- diz me olhando com um sorriso- é super normal isso.

S/n: obrigada pai.

Arthur: por nada meu amor, agora eu vou descer pra comer alguma- diz levantando – você vem?

S/n: não, estou sem fome.

Arthur: mas você nem comeu nada

S/n: verdade, trás alguma coisa pra mim?

Arthur: tá bom

- meu pai sai do quarto e eu fico mexendo na minhas redes sociais, vejo uma mensagem de lelê perguntando pra onde eu tinha indo apenas digo que vou ficar com meu pai e desligo o celular pra não receber mais mensagens, viro pro lado e tento dormir, estava cansada então pego no sono rápido..

A filha do treinador Onde histórias criam vida. Descubra agora