𝐴𝑡𝑒́ 𝑄𝑢𝑒 𝐶ℎ𝑒𝑔𝑢𝑒 𝑎𝑜 𝐹𝑖𝑚

1- Desarmado

Decididamente, eu queria saber por onde começar. Saber como confessar, expressar com belas palavras tudo o que eu sinto, mas acho que a sinceridade será melhor.
Meu nome é Dylan, um nome que meus pais dizem que é chique mesmo sendo pobres. Tenho uns 24 anos da ultima vez que vi. Moro sozinho e tenho uma boa cota de amigos, na qual só quatro são íntimos. Arthur, Gustavo, Elisa e... Julie Georgia. Eu só tinha 16 anos quando conheci Julie, quando ela esteve comigo num momento em que eu não tinha ninguém. Engraçado pensar que ela entrou sem avisar na minha vida. Não me ache lerdo ou um tapado, mas demorei 5 anos para concluir que estava definitivamente apaixonado por ela. Então, começamos com o momento que eu descobri.
Estávamos num parque. Eu, Julie,e Gustavo. Os dois discutindo como sempre.
- Não e não- Ela repetia
- Pense comigo, dinheiro trás felicidade sim!
Esqueci de dizer que eles gostam de começar o mais vasto tipo de assunto.
- De que adianta todo dinheiro do mundo se você pode ter uma doença sem cura?
Eu e o Gustavo nos olhamos e dissemos juntos.
- Vou ser doente com dinheiro.
Ela estava prestes a questionar quando.
-Tinha que ser preta
Nós três começamos a rir, pois nós todos somos negros. Por favor pessoal, aqui só Há piadas.
- VOCÊ que é preto Gus, eu não. -falei
Ela balançou a cabeça movimentando os cachos volumosos.
-Ah não, comecem com essa brincadeirinha de vocês agora não!
- A pia tá cheia de louça...
Julie deu um tapa nele, enquanto eu ria. Ela se virou para mim com aquele olhar marcante .
- Que bonito Dylan, quer um tapa também?
Nunca a deixem saber,mas eu não me importava em apanhar para ela.
Era engraçado, porque não doía.
- Não, mas ele tá certo MULHER.
Então, com essa simples palavra desencadeei uma gargalhada na garota. Ela entendia que o que fazíamos era piada, provocação demonstrando carinho.
Julie se incluiu enquanto ria ,se apoiando em mim.
Eu estava rindo junto quando cometi o erro de olhá-la. Seus olhinhos estavam fechados, a boca aberta num riso divertido o rosto vívido e brilhante.
Nesse momento, o calor que seu rosto transparecia foi para o meu.
Senti meu coração mais forte, mais pesado e minha respiração congelada.
Julie abriu os olhos com um sorriso perfeito no rosto e olhou direito para mim. Seus olhos nos meus como se fosse a primeira vez que nos víssemos.
Essa sensação foi aconchegante, calorenta e prazerosa, e não sei explicar direito.
Só sei que na hora eu percebi que a queria ver assim, vê-la de perto, ser mais próximo do que eu já era, tê-la comigo para sempre me sentir feliz com seu riso. E..
Como um nenê eu corei naquela hora e desviei o olhar sentindo tudo isso em três segundinhos.
Desarmado eu a olhei e desde então, meus olhos eram dela.

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. AVISO: PIADAS MACHISTA E RACISTAS ELES SÓ FAZEM COM OS ÍNTIMOS, NÃO LEVEM PARA OUTROS LADOS