Sinners

capítulo 2 - atualmente



— Amber, se você não parar eu juro que jogo você dentro dessa piscina agora mesmo — digo entre risadas ecoando pela área de lazer da casa da minha irmã, após ela querer fazer guerra de cosquinhas.

Claramente, eu perdi.

— Você não faria isso com sua irmãzinha mais velha, bobona.

— Ah não? — ameaço.

Em um piscar, puxo o braço de Amber enquanto tombo meu corpo para trás para cairmos juntas na piscina. A água fria atinge meu corpo em cheio, mas não me incomodo. O sol desta cidade está escaldante e minha irmã propôs um banho de piscina em família com direito a churrasco.

Estamos eu, meu namorado, minha irmã e meu cunhado.

— Eu vou te matar, Danika — minha irmã grita no meio de risadas enquanto joga água no meu rosto.

— Eu te avisei, bruxa — a chamo pelo apelido carinhoso que dei a ela quando tinha 6 anos.

— Meninas, venham comer. A carne e o pão de alho estão prontos — ouço a voz de Dominic.

Eu e minha irmã paramos de brincar de guerra de água e saímos da piscina, indo ao encontro da comida pronta e o cheiro está divino. Dominic sempre fora um ótimo churrasqueiro.

— Amor — ouço Amber chamar. — Isto está magnífico, igual a você. — Bajula.

— Obrigado amor. — Responde Dominic, enquanto observo as maçãs de seu rosto ficarem vermelhas enquanto Amber dá um beijo em seu rosto em agradecimento.

Pego um prato de vidro para colocar minha comida, começando por arroz, um pão de alho, alguns molhos e finalmente as carnes preparadas pelas mãos do meu cunhado. Aproveito e abro uma cerveja que estava dentro do freezer para ajudar a comida descer.

Amber está com Dominic. Ao procurar minha irmã, a vejo com um de seus braços entrelaçados ao redor do pescoço do moreno e despojando beijos apaixonados por toda sua bochecha. Dominic apenas coloca uma de suas mãos no braço na esposa e retribui com um sorriso fraco no rosto.

Desvio meu olhar ao perceber que o encontrei com o dele, buscando rapidamente uma cadeira próxima para me acomodar enquanto saboreio a primeira garfada da refeição. Meus pensamentos mergulham em uma década atrás, lembrando os momentos em que Dominic frequentava a casa dos meus pais e preparava churrasco para mim, acompanhado do irresistível pão de alho, meu favorito. Boas memórias que estão exatamente onde devem estar; no passado.

Sinto uma mão gélida pousar no meu ombro e meu corpo se sobressalta com o susto, me despertando de meus pensamentos felizes. Olho para o outro lado e vejo uma mão segurando uma cerveja. Reconheço aquele braço instantaneamente. É Leonardo, meu namorado.

— Oi, gata. Trouxe isso para você

—Obrigada, Leo. Mas já estou com uma bebida. Mas deixarei aqui para quando acabar, não precisar pegar outra. — Envio-lhe uma piscadela.

— Vamos dar um mergulho? — pergunta.

— Pode ir, irei terminar de comer.

— Ok, gata. — Seus lábios tocam em minha bochecha, depositando assim um beijo.

Namoro com Leo há apenas cinco meses. Ele é um cliente do escritório Morton, onde atualmente trabalho. Nos conhecemos por meio de alguns encontros casuais, e, após alguns momentos compartilhados, ele tomou a iniciativa e me pediu em namoro, e bom, aceitei. Não sou exatamente apaixonada por ele, muito menos penso que será com ele que construirei uma família, entrarei na igreja...mas ele é um bom homem e faz de tudo por mim, então me contendo com isso.