*Pov Kirishima*
Era exatamente o que eu esperava: um apartamento barato para estudantes sem dinheiro e uma cena bem familiar. Fui atingido por uma pequena onda de nostalgia quando entramos naquele lugar apertado. Os dois "sofás" eram apenas colchões velhos no chão, cobertos com lençóis manchados. A televisão ficava em cima de uma tábua equilibrada entre duas caixas de madeira. Na cozinha, uma horda de estudantes hipsters barbados cercavam um barril de cerveja, e haviam uma variedade de garrafas de bebidas baratas pela metade no balcão.
Mas pena expressão no rosto de Bakugou, qualquer um poderia pensar que tínhamos acabado de entrar no céu. Ao meu lado, ele deu um pulinho e agarrou a minha mão.
- Estou tão feliz por você ter vindo comigo!
- Falando sério, você já esteve em uma festa antes? - eu perguntei.
- Uma vez - ele admitiu, puxando-me para o meio da confusão. - Na faculdade. Bebi quatro doses de Bacardi e vomitei no sapato de um cara. Até hoje não sei como voltei pra casa.A imagem fez meu estômago embrulhar. Soltei uma pequena risada com o comentário que o loiro fez.
Bakugou me apresentou para um grupo de pessoas, a maioria homens. Tinha um Kaminari, um Sero, um Todoroki e acho que um Deku, ou algo assim. Um deles entregou um coquetel feito com um saque de ameixa que estava na moda e água com gás. Eu sabia que Bakugou não era de beber muito, e senti meu instinto protetor me dominar.
- Você não prefere tomar algo não alcoólico? - eu perguntei, alto o bastante para os outros ouvirem.
Eles esperaram sua resposta, mas ele tomou um gole e soltou um assovio.
- Isso é bom. Caramba! - aparentemente, ele gostou. - Apenas não me deixe passar de um - ele sussurrou para mim, encostando-se ao meu lado. - Ou não serei responsável pelos meus atos.
Oh merda. Com essa única frase, ele conseguiu destruir meu plano de agir como um irmão mais velho protetor no resto da noite.
Bakugou bebeu seu coquetel mais rápido do que eu esperava. Um rubor se espalhou em seu rosto e seu sorriso parecia não acabar mais. Ele me olhou nos olhos, e eu podia ver sua felicidade como uma aura ao seu redor. Deus, ele é lindo, eu pensei, desejando que estivéssemos a sós em meu apartamento assistindo a um filme. Fiz uma anotação mental para fazer isso acontecer algum dia. Olhei ao redor da sala e percebi que a festa estava bem mais cheia agora. A cozinha estava cada vez mais lotada. Outra estudante se juntou ao nosso círculo no meio de uma conversa sobre os professores mais malucos do departamento.
Ela se apresentou para mim e se enfiou a minha direita, entre Kaminari e eu. À minha esquerda, eu podia sentir Bakugou observando minha reação. Eu me senti meio travado, enxergando a mim mesmo através dos olhos dele. Bakugou estava certo quando disse que eu sempre notava as mulheres, mas embora essa garota fosse bonita, ela não me causava nada, principalmente com ele por perto.
Encontrei os olhos de Bakugou e devolvi um olhar bravo. Ele riu e disse apenas movimentando os lábios:
- Eu conheço você.
- Não, não conhece - eu murmurei. E merda, não aguentei e disse: - Você ainda tem muito o que aprender.Ele ficou olhando para mim por vários e pesados segundos. Eu podia ver a pulsação em seu pescoço, a maneira como seu peito subia e descia com a respiração que acelerava. Ele olhou para baixo, colocou a mão no meu braço e correu a ponta dos dedos sobre a minha tatuagem. Juntos, deixamos o grupo para trás, compartilhando um sorrisinho secreto. Merda, esse garoto faz eu me sentir transtornado.
- As vezes você acha que eu não vejo...
- O que você viu? - Fiquei alguns segundos encarando seus olhos apenas esperando uma resposta.Bakugou jogou a cabeça para trás, soltando uma risada debochada, com certeza uma das minhas risadas favoritas. Ele subiu a cabeça novamente, começando a abrir um sorriso. Com um olhar suspenso em minha boca, Bakugou me puxou para fora da cozinha, com aquele pequeno sorriso no rosto que a fazia parecer uma diabinha.
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Mais que melhores amigos - Kiribaku +18
Любовные романыIa ser capítulo único, mas ficou grande de mais, então vou dividir em duas partes